Elara,
Veja, eu me considero bastante conservadora. Mas isso não se reflete nos meus versos. =)
Risos, opostos? Não não... Nada mais transgressivo do que usar a norma para fins transgressivos, principalmente quando essa norma já é per si condenada

Moço audacioso, se for pra melhorar, tudo bem. Se for só para acrescentar dificuldade e títulos de esmero, discordo.
Eu acredito no conceito antropológico da Aura das artes, da singularidade da produção artística. Arte é pura festa o esmero dela não precisa de um propósito específico como "melhorar". Todo o trabalho de singularizar a obra ajuda, ao meu ver, em torná-la única e preciosa. Afinal o que poucos sabem fazer vale mais, tal qual diamante vale mais que grafite (apesar de ambos serem compostos de exatamente a mesma coisa)
E quem disse que os estudos não continuaram?
Bom, se quiser procurar outro nome para você, procure. Mas creio que todos aqui o consideram, também, poeta. E nomear-se diferente poderia ser considerado até presunçoso.
Eu digo que não continuaram, ao menos não na intensidade das outras artes, estudo aqui do lado da Letras... Sabe quantas matérias básicas se dedicam a poesia? Apenas uma, Teoria da Literatura II sabe quantas eletivas? Não enchem uma mão e mesmo assim não é estudo estético é apenas uma questão de outra forma de literatura. Estilística, Retórica, Versificação etc etc etc não tem espaço mais na academia...
Risos, e qual o mal de ser considerado presunçoso? Lembra-se do meu soneto "A minha vaidade como Poeta"?
Continuo acreditando que é o que falta a poesia, presunção, vaidade, capricho e esmero. Foi banalizada, perdeu sua aura de singularidade. Há aqui quem considere cada ser como poeta... Ah, eu mudo de denominação quando o Creu chegar a poesia e for legitimada.
Tybert,
Se a poesia se bastar em simplesmente contar palavras/estrofes/sílabas, escolher palavras num repertório repetitivo/já experimentado ao extremo e apenas repetir ad infinitum o que já existe há séculos, eu chamaria de algoritmo mal-feito.
Ai que está o ponto da questão, não se conta essas coisas atoa, talvez não saiba mas há um fundamento estético nesses "algoritmo" Fundamentos que facilitam se acertar e refinar a sonoridade e ritmo de seus versos. É um modo extremamente eficiente, conforme você se aprofunda nessas "regras" mais e mais domina a linguagem, o ritmo e sonoridade.
O uso do metro lhe força além disso a esforçar-se em construções singulares e inovadoras, afinal tens um espaço curto para passar sua ideia, aprender a se virar naquele trecho é uma tarefa que exige criatividade e inovação constantes.
Pretendo em breve passar aqui um texto a respeito. Quando publicar talvez lhe esclareça mais os meus motivos para ser arcaico e quem sabe até não lhe sirva para algo?