Moderador: Moderadores

FreeSample escreveu:Montliard escreveu:Por mim: Monarquia + parlamento, voto apenas para proprietários de imóveis maiores de 35 anos com diploma universitário. E o imóvel deveria ter uma metragem minima, nada de proprietário de conjugado decidindo o destino de um país.
É só pra elite branca votar, é?





Montliard escreveu:Salvadora do mundo não, não quero salvar o mundo. Na verdade repudio muito essa idéia de que a classe média possui a missão de conduzir os pobres à luz. Quero coisas para mim e minha família, quero minha ascenção. O único interesse da classe média deve ser ascender socialmente. Mas eu me sinto esmagado pela massa que vota no cara que dá gás pra eles com meu imposto. Eu tenho que, contra a minha vontade, sustentar um cara que nao paga IPTU, nao paga água, não paga internet banda larga e não paga TV a Cabo (ou paga 10 reais pra ter o que eu tenho que pagar mais de 50, bem mais). E esse cara ainda por cima tem tanto poder político quanto eu. Até mais, considerando seus numeros sempre crescentes.

Tybert escreveu:É por mentes pequenas como as que o Montillard critica e a própria dele, é que sempre o país vai ser um puteiro. Não existe bem do país, existe só o próprio traseiro.
tenho que, contra a minha vontade, sustentar um cara que nao paga IPTU, nao paga água, não paga internet banda larga e não paga TV a Cabo (ou paga 10 reais pra ter o que eu tenho que pagar mais de 50, bem mais).







Mas isso é uma insanidade. Vocês estão propondo que um grupo restrito de pessoas forme o Estado? Que apenas um grupo tenha o status de cidadão? Isso é ridículo. As chances de um regime desse gênero decair em um regime econômico de servidão são gigantescas. Outro ponto: E o que vocês vão fazer no momento que a massa desejar o direito de voto? Quando eles começarem a protestar? Que eles organizarem guerrilhas e greves, o que farão? Vão mandar matar todos? Sim, mas vocês precisam daquela massa. Aquela mulher que é babá dos seus filhos, que vive com o marido num quarto com seis metros quadrados pode decidir que você é o culpado disso. Ela pode começar a matar a vocês, a seu filho. Enfim: O que vocês propõe não resolve coisa alguma. Ela simplesmente vai causar um tal furor que um dia a casa cai. E vocês serão os primeiros executados. Vocês e eu, que sou contra essa droga de regime, mas sou classe média.
No que caímos em outra questão. Você disse que a classe média se “importa com o desenvolvimento da nação”. E o que é isso? E se eu entender diferente de você o que esse desenvolvimento da nação? Hoje, se eu discordar, tenho o pleno direito de usar dos instrumentos necessários para fazer valer a minha vontade, inclusive a representação. E isso eu não me vejo fazendo no seu regime oligárquico.
Para os seus iguais votarem... Putz, que coisa ótima. E se eu, Estado, decidir que você é inútil? Que a sua empresa é um entrave ao bem da nação? Em suma, na democracia eu, Estado, não posso, em regra, com toda a força do meu poder de imperium ordenar que você feche suas portas, por mais que queira. Você tem direitos a luz da lei, e mesmo que eu (Estado) faça alguma barbaridade, você terá quem o defenda:a lei e os seus representantes.
Em síntese: A Democracia oferece chances muitos maiores do que outros regimes políticos de haver imparcialidade. Porque não dizer, de uma justiça. De uma igualdade, não igualdade formal, na letra fria da lei, mas uma igualdade de fato.
Você se queixou dos impostos. Bem, o princípio da igualdade explica isso. Desde a época do filósofos da Grécia antiga há um princípio essencial: É preciso tratar desiguadamente os desiguais na medida que se desigualam. Ou seja: Você paga mais impostos porque você pode, têm condições, pagar mais. Em troca você pode, E deve cobrar dos seus representantes que este dinheiro seja bem aplicado. Seja aplicado na criação de educação de qualidade, saúde de qualidade, infra-estrutura urbana, segurança. Não gosta? Mande que seu representante atue nesse sentido. Eleja um que o faça. Por mais que você a odeie, a democracia te permite isso. O seu Estado não permite nada disso. Quem quiser que engula.
A questão, então, não é a democracia. Não é culpa desse regime que as coisas estejam no pé em que estão. A culpa é da própria circunstância histórica em que nós estamos envolvidos. Durante séculos os brasileiros nunca tiveram o poder de votar. O voto era de cabresto, com o revólver apontado, depois o voto não tinha valor perante o poder dos ditadores. Depois disso, nós tivemos excrescências como um regime de voto no congresso nacional, sem legitimidade. Parlamentares biônicos.

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