Faces da Morte do Dragão. [8ª Face]

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Re: Faces da Morte do Dragão. [5ª Face]

Mensagempor Arnok em 16 Mai 2011, 23:56

Desculpa a demora em continuar, estava viajando e vou tentar revisar os textos com mais rigor, estou deixando passar muita coisa boba (preciso aumentar o tempo entre a escrita e a revisão) o que quer dizer um tempo maior para postar as continuações... tenham paciencia comigo :laugh:
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Re: Faces da Morte do Dragão. [6ª Face]

Mensagempor Lady Draconnasti em 17 Mai 2011, 00:41

Estamos aguardando então

Só achei que o mensageiro não devia dizer tão abertamente (ou assim me pareceu) que um Devorador de Reinos estava por vir como desafio. Pelo menos não dentro da taverna.
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Re: Faces da Morte do Dragão. [6ª Face]

Mensagempor Arnok em 28 Mai 2011, 23:59

7ª Face: Fúria.

A entrada finalmente se revelou a sua frente. Foi uma longa e triste jornada, mas finalmente havia atingido o templo sagrado. Entrou com muita cautela e se viu em um grande salão subterrâneo, logo percebeu que não era uma sala, mas o corredor de passagem. Seu corpo tremeu ao perceber o quão absurdo era aquilo, sua casa caberia apenas naquele corredor, e sempre a achou grande.

Um medo genuíno, diferente de tudo o que já havia sentido tomou conta do seu corpo quando percebeu que parte da parede se moveu. Uma criatura imensa, com a pele formada de rochas começou a se mover, como se esticasse os músculos e duas chamas surgiram em dois buracos no meio delas, eram buracos profundos e abaixo deles a rocha se partia e um som rouco e cavernoso ecoou.

- Não é seu lugar. Vá.

Finalmente reconheceu a forma daquelas rochas, não era uma parede que se partia, mas um gigantesco ser, cuja forma lembrava vagamente um dragão, que se revelava. Não foi capaz de falar coisa alguma, o pavor era grande, não podia acreditar que havia uma criatura assim, tão grande, tão diferente, tão inconcebível...

- Criatura? Como ousa chamá-lo de criatura?

Outra figura, dessa vez parecia com um dragão, só que não era capaz de ver escama alguma, parecia ter uma pele transparente como vidro e a parte interna do corpo era claramente visível. Podia ver um cérebro, um coração, alguns órgãos que não tinha idéia do que seriam, e um líquido branco pastoso e com certo brilho metálico passando por todo o corpo dele.

- Como? Eu não falei... Quem... Quem...

O que parecia um dragão de pedra pareceu olhar para o que parecia um dragão de vidro e depois de um tempo, o que parecia ter escamas de vidro e era bem menor que o outro, mas mesmo assim bem maior que sua mãe morta, disse:

- Criança, seus desejos mais secretos soam como gritos para mim. Esse é o templo dos dragões, um lugar para o descanso dos que ficaram velhos demais, poderosos demais ou, simplesmente, se entediaram com o mundo dos mortais e aguardam uma era melhor e mais interessante. Não é o lugar para um ser tão jovem como você.

- Mas meu pai, meu pai está aqui... Preciso falar com meu pai.

- Sua mãe morreu, não é algo muito agradável, mas acontece. Se toda hora em que um de nós morresse outro buscasse vingança, o mundo não suportaria nossa fúria e nosso poder. Como eu disse, somos antigos demais e poderosos demais para essa era.

-Não, você não entende! Minha mão foi... Meu pai precisa...

-Eu entendo perfeitamente o que está acontecendo. E... Vejo que um deles usava uma espada diferente... Não pode ser... SPARTHIUM SOLIUNTIOR SHAKIART. Essas palavras retumbaram por toda a entrada, quebrando o silencio que reinava naquele lugar, foi só então que percebeu que aquele dragão não havia pronunciado palavra alguma até esse momento. Sua boca não havia se movido e as palavras que deveriam soar animadoras ( afinal, esse era o nome do dragão que viera encontrar- seu pai) tinham certo tom de urgência que não combinava em nada com aquele dragão nem com aquele lugar.

Pouco tempo depois, um grande dragão com escamas quase negras chegou onde estavam e foi só ai que realmente percebeu porque aquelas paredes eram tão grandes. Tinha esperança de que seu pai ficasse feliz ou furioso, mas não houve qualquer alteração enquanto relatou pacientemente tudo o que havia acontecido.

- E me perturbaram por isso?

- Mas, pai...

- Não, não foi por isso que te chamei. Vi, na mente dessa criança, a batalha e algo merece sua atenção. Um deles empunhava a Dendragon.

- Impossível.

- Eu vi. Isso explica como puderam vencer a batalha.

Seu corpo se contraiu, seus músculos desfizeram-se, sua respiração parou. Seu pai saiu do templo cheio de raiva e quando viu a fúria naqueles olhos, quando viu que ele deixou de tentar tornar sua presença agradável, deu-se conta do quão terrível era aquele dragão e seu corpo simplesmente não suportou. Se seu pai não tivesse ido embora, provavelmente não teria suportado mais tempo e teria morrido. Olhou para os outros dragões e, só então, percebeu que eles estavam tornando sua presença agradável para que suportasse aquele lugar. Olhou para o arco a sua frente marcando a entrada do templo, deu meia volta e fugiu com o corpo trêmulo.
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Re: Faces da Morte do Dragão. [7ª Face]

Mensagempor Arnok em 25 Jul 2011, 21:02

8ª Face: Devorador de Reinos.

Um homem com vestes adornadas por jóias, vários anéis nos dedos e cabelos negros bem aparados estava sentado, comendo uma maçã. Uma jovem estava ajoelhada ao seu lado, com vestes simples e limpas, segurando a bandeja com as frutas e desviando os olhos daquele homem. Lembrava-se da outra serva que o olhou e provocou um acesso de fúria, só desejava que ele não recebesse uma noticia ruim enquanto fosse ela a servi-lo e seu coração parou ao ver aquele homem entrando e segurou a respiração.

Foi homem com longos cabelos brancos e vestes azuis que entrava e chamou toda a atenção para si. O homem que estava sentado deixou o resto da maçã cair, uma pequena serva apressou-se para recolhê-la, e olhou firmemente para aquele que entrava, trocaram olhares e o visitante fez uma reverência e falou.

- Meu rei, o senhor desejava ver-me?

- Sim Samilio. Fiz conforme sua visão determinou e os quatro estão agora naquele forte, mas pelo relato dos meus homens, eles não aparentam ser mais poderosos que meus comandantes, tão pouco se comparam a meus generais.

- Realmente tendes razão.

- Então por que me fez convocá-los e prometer-lhes grandes recompensas quando poderia ter enviado meus soldados e acabar com isso?

- Seria impossível, seu exercito seria destruído.

- Não entendo.

- Um dos que o senhor chamou possui uma arma mística, que minha visão revelou ser chamada de Dendragon. Ela foi criada há mais de mil anos, quando havia uma guerra de proporções absurdas e os dragões eram nossos aliados contra criaturas cujo nome foi esquecido, nem mesmo os magos menos temerosos se arriscaram a registrá-los. Nessa guerra alguns dragões se uniram aos maiores magos que já pisaram nessa terra e juntos criaram algumas armas, com poderes tão grandes que depois da guerra poderiam tornar um único homem tão forte quanto um exército e essa é uma delas.

“Essa espada foi passada de um rei para seu filho e para o filho deste que, pouco sabendo sobre a guerra, uma vez que deveria ser esquecida, dominou os poderes da espada e descobriu que, com ela, se tornaria o maior matador de dragões da história e seguiu por esse caminho. Não sabia ele que a espada que empunhava fora forjada com o dente de um poderoso dragão, uma jóia sagrada e magias ancestrais cujos nomes se perderam na história. O fato principal é que o dente era de um dragão que ficou furioso ao descobrir que uma arma que os ajudara na guerra agora era usada para matar os seus.

Ele foi até o príncipe, mas não foram capazes de se entender e nenhum foi capaz de derrotar o outro. Este foi o primeiro dragão a sobreviver a uma peleja contra o príncipe, e o príncipe, enquanto empunhasse a espada não poderia ser morto pelo dragão. Eles tiveram, então, tal impasse e como o dragão não podia acabar com o príncipe diretamente, decidiu atacar as cidades e vilas do seu reino e os reinos aliado. Nenhum dos reinos atacados foi capaz de conter a fúria do dragão e, por fim, depois de perder quase tudo, o príncipe propôs um acordo no qual ele abriria mão da espada, deixando-a descansar sob um rio de lava e em troca o dragão não atacaria mais seu povo.

Quando fecharam o acordo, a espada foi atirada, pelo príncipe, dentro de um vulcão e em troca disso o dragão não mais foi visto por qualquer um, até que, em minhas visões, percebi que ele despertaria e precisaria encontrar a espada, do contrário nada seria capaz de conter sua fúria contra nós, por isso é necessário que eles estejam lá quando ele chegar.”

- Então, apenas aquele que possuir tal espada poderá derrotar o dragão, mas como ela foi retirada do interior de um vulcão? E por que não foi consumida pelo magma fervente?

- É um mistério como tal espada foi resgatada do seu leito flamejante, mas suspeito que a forjaram com o dente de um dragão de fogo, sendo assim, nenhum calor seria capaz de afetá-la, pelo contrário... Acredito que a espada tenha ficado mais forte com esse longo descanso, mas não, não acredito que os guerreiros que te indiquei sejam capazes de vencer essa peleja.

- Como assim? Por acaso está me fazendo de tolo? Com uma mão desferiu, sem perceber, um tapa com as costas da mão contra o rosto da moça ao seu lado que foi arremessada ao chão, espalhando as frutas por todo o salão e se apressou a tentar recolher as frutas, enquanto o nariz quebrado sangrava.

- De modo algum eu ousaria nem mesmo pensar em tal coisa, meu rei. Eles não serão heróis para derrotar nosso inimigo, mas acredito que o Dragão, ao recuperar sua arma, retorne para seu leito e volte a dormir. Assim, eles serão como sacrifícios para que essa besta nos deixe em paz. Do contrário, vosso exercito poderia sofrer grandes baixas enfrentando tal besta.

- E se estiveres errado? E realmente acredita que um dragão possa ameaçar todo o meu exército?

- Meu rei, não duvido em nada da sabedoria do vosso julgamento e por isso acredito que perceberá que, embora vosso exército possa vencer qualquer besta esse dragão ancestral poderia devastar parte da sua força e isso poderia deixar vosso reino desprotegido caso algum inimigo ousasse atacá-lo. Peço que considere as possíveis perdas... Os seus homens mais importantes deixarão o forte antes da batalha e, caso o dragão continue vindo, vosso exército ainda poderá enfrentá-lo. Eu gostaria de aproveitar essa audiência e pedir permissão para uma curta viagem, meu rei...
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Re: Faces da Morte do Dragão. [8ª Face]

Mensagempor Lady Draconnasti em 26 Jul 2011, 14:50

Tirando a repetição de palavras, que deixou o texto meio chatinho de se ler... Ok, deixa ver se eu entendi: Os "heróis" são buchas-de-canhão e o dragão ancestral é o pai daquele filhotinho dessesperado? E que o dragão acordou sem mais nem menos, pra atacar vilas sem razão aparente (pelo menos não foi dito pq todo esse receio no retorno da coisa grande)?
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