[desenvolvimento] Tervat surgindo

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

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[desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Emil em 05 Fev 2011, 18:46

Olá, amigos.

Há umas duas semanas eu e Madruga jogamos umas ideias no caldeirão sobre Tervat e outras áreas das Terras Sagradas, e uma das coisas que saiu foi um pouco da história da região. Eu não acho que história seja o tipo de informação mais relevante para os jogadores, mas eu acho uma ferramenta importante se bem usada pelos desenvolvedores. Então com as ideias que eu e o Madruga discutimos, e algumas outras que já estão espalhadas pelo fórum, eu escrevi o texto que segue. Fiquei em dúvida entre colocar aqui, como desenvolvimento, ou na seção de contos, pra chamar atenção pras Terras Sagradas. Por ora coloco aqui, porque quero que este texto seja parte do desenvolvimento e até do metaplot do cenário, aliado a algumas outras coisas que precisam sair do papel. Óbvio, aguardo comentários e principalmente críticas de todos vocês.

Um abraço,
Emil.


História dos povos de Tervat e Chemkrë


É impossível pensar nos Fnugsata ou nos Privodnaha sem pensar na floresta, e quando a primeira árvore de Avkhass brotou, com o tronco emergiram do solo os últimos, e com as raízes se refugiaram nas profundezas os primeiros. Com os humanos, é completamente diferente. Ninguém sabe de onde os humanos originalmente são, e parece que eles estão sempre indo para um outro lugar. Estudar sua origem pode ser extremamente frustrante, uma vez que quando se descobre o ponto anterior de sua jornada, invariavelmente nota-se que eles só estavam lá porque vieram de um outro lugar. Mas este não é um estudo sobre o Lugar Inicial¹; é apenas um relato da formação dos povos de Tervat e Chemkrë, baseado em pergaminhos encontrados nas bibliotecas de X em Tervat, Nitsakrocou em Chemkrë, e Grande Observatório de Irashir em Daguna.

Os humanos habitam as terras hoje chamadas Tervat desde tempos imemoriais. Talvez um dia descobriremos que os humanos não possuem um, mais vários Lugares Iniciais, porque eles eram um tanto quanto diferente dos humanos que conhecemos hoje: os humanos que viviam ali haviam desbotado. Sua pele era demasiado clara, e alguns haviam perdido a característica coloração escura do cabelo. Ele se tornara amarelo, fino e quebradiço. Seus olhos eram extremamente claros, e doíam muito nos dias em que o sol brilha mais forte na abóboda. Não é de se estranhar, portanto, que quando os então forasteiros chegaram com sua pele queimada, cabelos escuros, grossos e fortes, e sua compleição mais forte, não tiveram problemas em se estabelecer junto aos antigos moradores da região. Ou seja, a população humana morena que hoje habita as áreas de Tervat, Chemkrë e Daguna foi a última a chegar a este continente.

Tudo indica que esses humanos vieram do sul, de além-mar. Talvez eles dominassem artes de navegação agora perdidas, ou talvez o mar bravio, como muitos de nós, tenha se encantado com a persistência e a teimosia dos humanos, e cessado momentaneamente suas correntes, aplainado temporariamente suas pedras, para que, como prêmio pelas diversas tentativas, eles o cruzassem e encontrassem sua Terra Prometida.

Sim, os antepassados dos Tervatianos vieram para estas terras em busca de uma Terra Prometida da qual suas lendas contavam. Claro, hoje eles não sabem mais disso, mas se encontrassem os textos que suas próprias bibliotecas escondem, rapidamente poriam-se a reconstruir navios que os levassem de volta às terras perdidas ao sul, achando que a Terra Prometida da lenda só poderia ser aquela da qual seus antepassados migraram. Todos sabemos, os humanos são um povo muito inquieto e volúvel.

Esse povo mais escuro ocupou primeiro as áreas costeiras do sul de onde hoje é Tervat e talvez do oeste da atual Chemkrë, e travou os primeiros contatos com a população antiga, em sua maioria pacíficos, a partir dali. A nova morada não era exatamente a Terra Prometida, em que o néctar do Uno chovia diariamente dos céus, mas as terras eram bastante férteis, e os novos habitantes não tiveram muito trabalho em domá-la para fazer nascer os alimentos que eles preferiam². A partir dali também, por meio da miscigenação, eles foram devolvendo a cor que faltava ao continente. O chão pedregoso do leste fez com que esses humanos se desenvolvessem em direção ao norte, e muitos encararam aquele solo que se recusava a se submeter à sua vontade como uma pista do verdadeiro desafio a ser superado para alcançar a Terra Prometida. Mas a escassez inicial de recursos, e a preocupação primordial em sobreviver fizeram com que a a empreitada fosse postergada em muitos anos e algumas gerações.

O primeiro excedente de recursos aconteceu em XXXX. Um grande grupo foi destacado com a missão exclusiva de se firmar no leste. Várias comunidades, que doravante chamaremos de proto-tervatianas, ofereceram voluntários para a arriscada empresa. Os proto-tervatianos contavam com um bom contingente e uma boa organização, mas a Vontade da Natureza reservava a expansão tervatiana para um outro momento. Só isso explica a série de catástrofes que se seguiu. A principal delas foi um inverno fora de hora, com grandes nevascas, que acabaram com várias colheitas das comunidades proto-tervatianas, e dizimaram os grandes líderes da expedição. Os sobreviventes ficaram isolados após cruzar uma rota de migração de homens lagarto. Chamaremos esses sobreviventes isolados de proto-chemkri.

A partir daí, as comunidades cresceram de maneira bastante diferente. Do lado dos proto-tervatianos, durante muito tempo a principal preocupação foi recuperar-se dos danos causados pelo rigoroso inverno fora de época. Mais algumas gerações e passaram até que as colheitas se normalizassem, e os primeiros conflitos com povos do norte – que em nada se assemelham a atual Liga dos Povos do Norte – e aos proto-tervatianos tiveram que começar a se organizar e militarizar para resistir. Em alguns anos as comunidades proto-tervatianos dariam origem ao império guerreiro de Tervat. A paixão daquele povo moreno não poderia ficar contida apenas na defesa do seu território, e agora que oeste do continente estava pintado novamente em cores fortes, a Vontade da Natureza permitiu que Tervat crescesse para todos os lados. A busca pela Terra Prometida provavelmente se tornou a expansão pela Terra Prometida, e logo depois a Terra Prometida deu lugar a outras buscas mais ao gosto guerreiro e expansionista, até ser esquecida por completo.

Do lado dos proto-chemkri, a opção pela sobrevivência fez com que o contato com os povos que habitavam as terras pedregosas tive quer pacífico, ou pelo menos neutro. Os proto-chemkri aos poucos se misturaram às populações da planície. Algumas comunidades se integraram aos nômades do oriente, enquanto outras travaram contato com os povos da floresta, e aprenderam o respeito à Vontade da Natureza com os Privodnaha e as artes ocultas com os Fnugsata. Não é a toa que, apesar de viver num solo muito mais hostil, os chemkri atuais conseguem plantar para si e ainda pagar tributos à Tervat. Além disso, com os grandes conflitos que começavam a ocorrer no oriente distante, um certo influxo de populações conseguiu chegar até o território dos proto-chemkri, que, acostumados às adversidades, e solidários com os que passavam por dificuldades semelhantes.

Durante muito tempo, o contato entre Tervat e proto-Chemkrë restringiu-se a exploração esporádica de rotas comerciais por parte de Tervat, e ocasionais contatos de missões religiosas partindo tanto de um lado quanto de outro. Em nenhum lugar falava-se ainda da Terra Prometida, e muito menos sabia-se da expedição que originara as comunidades proto-chemkri. Finalmente, em XXXX, Tervat invadiu os territórios proto-chemkri, e, como nós sabemos, a situação permaneceu assim até XXXX, ano da fundação do reino de Chemkrë. Há vasta literatura sobre os anos da ocupação, as revoltas Naotsof, e os acordos que possibilitaram a elevação de Chemkrë de província a nação amiga de Tervat, além daquilo que é de conhecimento livre e corriqueiro, e mesmo o populacho mais distraído comenta nas mesas das tavernas.

Nem tervatianos nem chemkri estão minimamente cientes de sua origem comum, e não parecem se importar de não saber. Os humanos não são muito cônscios de seu passado, e preferem que assim seja. Soubessem sobre si tanto quanto nós sabemos, porque a nós foi dado conhecer o mundo através da Vontade da Natureza, saberiam que as terras ao sul não são devaneios de uma mente tresloucada, mas sua própria origem está atrelada a elas. Infelizmente, eles preferem abrir mão daquilo que é certo, e abraças as fantasias ébrias dos vunyas dagunares, os mesmos que crêem poder manter uma relação de igual para igual com a sabedoria dos povos d'A Grande Floresta. Talvez, para nós, seja melhor assim. Deixemos que eles ignorem a si mesmos e nos subestimem. Avkhass já deitou suas raízes por cima de reinos muito mais longevos.
_______
1. Infelizmente, ao passo que cada vez menos o jovem Privodna ouve falar do Lugar Inicial, o ponto a partir do qual os humanos surgiram, mais entre nós se espalha a mortiça crença dagunar de que os a origem dos humanos é a vontade do Uno de mover-se. Assim, só quando o fiel volta ao Uno após sua última encarnação é que ele pode compreender a origem-movimento dos humanos. É preciso reconhecer uma certa criatividade inútil nesta fabulação – os vunyas tem um gosto pitoresco pela contação de estórias. Mas é salutar que se frise: a origem-movimento não passa de uma bela mas ingênua lenda engendrada pela mente de um vunya, baseada em contos de sua vã religião. O único estudo sério possível da origem humana é o da busca do Lugar Inicial.

2. Os humanos chamam trocar as benesses que a terra dá pelas que eles escolhem plantar ao custo do desgaste do solo de agricultura.


Vadna Menengar, estudioso Privodna radicado em Chemkrë.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor oculto em 07 Fev 2011, 12:11

Sinceramente não sei se é o sono ou se narrativa ficou meio difícil, mas do pouco que entendi isso é um relato sobre algo mais que pode haver além Terras Sagradas e que isso teria originado Tervat?
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Emil em 07 Fev 2011, 18:08

É você que está com sono! :haha:

Mas é isso mesmo, o básico você pegou. Agora me diga porque a narrativa ficou pesada, onde eu tenho que mudar.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor oculto em 07 Fev 2011, 18:51

Acho que pra mim foi aquele monte de tervat-chemkre-proto-tervat-proto-chemkre. Foi e voltou tantas vezes com o termo que fiquei meio perdido, mas como eu tava com aquele sono de depois do almoço provavelmente eu não estava conseguindo processar o texto também.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Léderon em 07 Fev 2011, 20:13

O modo de pensar dos privodnaha (pelo menos do que escreveu esse texto) é bem legal, quanto a isso de Lugar Inicial. Mostra que cada cultura/raça tem uma visão diferente do começo das coisas. Enquanto eu estou fazendo um guia-resumo para TSag, pensei em separar todas elas em três grandes grupos que teriam ideais parecidos: os Povos dos Homens (humanos, manhul e haruum), as Famílias da Terra (gailel, privodnaha e fnugsata) e as Raças Mestiças (vunyas, kaftar e ha-nagashi). A maneira como seu estudioso escreve me lembrou uma ideia que eu tive, e que agora não sei se me veio apenas depois de ler seu texto: as Famílias da Terra existiriam apenas nas Terras Sagradas – que descrevemos até agora – sendo, por assim dizer, os “donos originais” desse continente. Seria o Lugar Inicial deles, enquanto as demais raças teriam vindo de fora.

Emil escreveu:Os humanos habitam as terras hoje chamadas Tervat desde tempos imemoriais. Talvez um dia descobriremos que os humanos não possuem um, mais vários Lugares Iniciais, porque eles eram um tanto quanto diferente dos humanos que conhecemos hoje: os humanos que viviam ali haviam desbotado. Sua pele era demasiado clara, e alguns haviam perdido a característica coloração escura do cabelo. Ele se tornara amarelo, fino e quebradiço. Seus olhos eram extremamente claros, e doíam muito nos dias em que o sol brilha mais forte na abóboda. Não é de se estranhar, portanto, que quando os então forasteiros chegaram com sua pele queimada, cabelos escuros, grossos e fortes, e sua compleição mais forte, não tiveram problemas em se estabelecer junto aos antigos moradores da região. Ou seja, a população humana morena que hoje habita as áreas de Tervat, Chemkrë e Daguna foi a última a chegar a este continente.


Isso é lindo e antieuropeu. XD Morenões chegaram e se deram melhor que os branquelos originais das terras quentes. Novamente, aqui, o modo de descrever é bem característico do que eu imagino para um historiador ideal das Terras Sagradas: alguém das famílias da terra. Ainda que talvez um gailel se encaixasse melhor no papel, já que eles vivem centenas de anos. :haha:
O povo de Pehelnaur também seria dessa leva de recém-chegados?

Ah, Emi, como você pediu dicas de como melhorar o texto em si, em alguns pontos é bom tomar cuidado com a repetição de “Terra Prometida”. *grammar nazi*

Outra coisa, não relacionada a estilo: acho que é necessário dar um destaque maior a Avkhass no meio dessa história. A floresta devia ser bem maior em eras passadas, e não só influenciaria os proto-chemkri, como também muito do povo proto-tervatiano.

Emil escreveu:Durante muito tempo, o contato entre Tervat e proto-Chemkrë restringiu-se a exploração esporádica de rotas comerciais por parte de Tervat, e ocasionais contatos de missões religiosas partindo tanto de um lado quanto de outro. Em nenhum lugar falava-se ainda da Terra Prometida, e muito menos sabia-se da expedição que originara as comunidades proto-chemkri. Finalmente, em XXXX, Tervat invadiu os territórios proto-chemkri, e, como nós sabemos, a situação permaneceu assim até XXXX, ano da fundação do reino de Chemkrë. Há vasta literatura sobre os anos da ocupação, as revoltas Naotsof, e os acordos que possibilitaram a elevação de Chemkrë de província a nação amiga de Tervat, além daquilo que é de conhecimento livre e corriqueiro, e mesmo o populacho mais distraído comenta nas mesas das tavernas.


Eu adorei esse trecho, de verdade. Primeiro porque me deixou muito curioso sobre tudo que Tervat enfiou no passado de Chemkrë; a situação da ocupação tervatiana e as influências que ela teve, não só para os chemkri, mas para todo o Oriente, por meio da religião. Segundo porque o parágrafo ficou lindo, mesmo. :haha:

Emil escreveu:Nem tervatianos nem chemkri estão minimamente cientes de sua origem comum, e não parecem se importar de não saber. Os humanos não são muito cônscios de seu passado, e preferem que assim seja. Soubessem sobre si tanto quanto nós sabemos, porque a nós foi dado conhecer o mundo através da Vontade da Natureza, saberiam que as terras ao sul não são devaneios de uma mente tresloucada, mas sua própria origem está atrelada a elas. Infelizmente, eles preferem abrir mão daquilo que é certo, e abraças as fantasias ébrias dos vunyas dagunares, os mesmos que crêem poder manter uma relação de igual para igual com a sabedoria dos povos d'A Grande Floresta. Talvez, para nós, seja melhor assim. Deixemos que eles ignorem a si mesmos e nos subestimem. Avkhass já deitou suas raízes por cima de reinos muito mais longevos.

Vadna Menengar, estudioso Privodna radicado em Chemkrë.


Concluindo, a falta de conhecimento sobre a ramificação da raça ocidental é algo MUITO interessante, especialmente quando é fato sabido por outras raças que se preocupam mais com a terra onde vivem. Aliás, o modo como o Menengar escreve dá muitas pistas sobre um possível reino antigo existente em Avkhass (ou pelo menos foi a impressão que eu tive).

Por fim, como Presidente Autoproclamado do Departamento de Frufru das Terras Sagradas, NECESSITO dizer que é hora de fazermos um catálogo (para uso interno) de todos os nomes de estudiosos que citarmos. Assim, eles podem ter bem mais de um texto, e o mesmo ter vários trechos diferentes citados em partes sobre muitas coisas.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Youkai X em 07 Fev 2011, 21:35

É bom enfim ver tervat nascendo por aqui, o tão falado império que quase nunca é realmente mostrado, enfim ganhando contornos.

Os textos sobre a teoria dos Tervatianos vindos do além-mar e de feições mais fortes e pele morena são interessantes, mas tem o risco de quebrar minhas idéias iniciais sobre os troncos lingüísticos, especialmente o ocidental (nada realmente grave, dá pra ser editado em uma conversa simples), e também me pegou de surpresa, pois eu realmente pensava no povo de Tervat como brancos europeus parecidos com romanos/gregos/turcos. Com tais riscos de má interpretações, não é melhor fazer com os povos humanos de Terras Sagradas em conjunto com os troncos lingüísticos uma lista dos reinos e povos nativos e encaixá-los em caucasianos, negróides e mongolóides (com os devidos sub-tipos e com tais denominações servindo puramente para o off e para orientar potenciais ilustradores a não desenhar um tervatiano loiro de olhos azuis e cara européia ou com cara de chinês ou desenhar um sreoakn negão ou coisas do tipo).

A teoria do Léderon sobre as categorizações das raças foi algo que gostei, mas como seria quanto aos povos maculados?

Eu tinha falado pro madruga por MSN que os tervatianos imigrantes poderiam ser de algum povo irmão ou primo do povo de Sakya, que veio de algum arquipélago ao sul que ainda não tenha aparecido no mapa ou até mesmo de terras já submersas há milhares de anos.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Seth em 07 Fev 2011, 21:47

Essa classificação proposta pelo Youkai, pra mim, é desnecessária. Basta uma descrição de tipo físico, em minha opinião.


Gentes, eu proponho o seguinte. Vamos criar uma espécie de tópico de "reunião de pauta" onde todo mundo coloque na mesa o que pensa sobre a coisa da história, origens comuns, essas coisas. As diferenças tão começando a me assustar, francamente. E olha que eu mal cheguei (pode ser por isso, por outro lado =P). Não obstante, acho a idéia válida.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Madrüga em 08 Fev 2011, 10:21

Pra ser sincero, eu sempre imaginei TODO MUNDO das Terras Sagradas meio moreno/árabe. Tirando Neerghul e Hyenhu, que imaginava mais mongóis/chineses.




Off:

Madrüga escreveu:Eu gostei muito disso, deu um ar tolkeniano sem apelar para elfos e anões (e isso num bom sentido, um bom ar tolkeniano).

Claro, parece as coisas do TOLKEN.

Eu não podia deixar passar. ._.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Seth em 08 Fev 2011, 18:23

Respondendo a uma pergunta feita no post deletado: o que me assusta é que, por vezes, especialmente quanto a diversas regiões ou raças, a origem deles não parecem muito claras. De onde, como e quando vieram, e, o mais importante, como isso influencia no cenário. Pegando o gancho, outro dia tive uma extensa conversa com o Youkai (sempre ele) e o Lanzi sobre Ciwe, origem, problemas, todas essas questões. (em tempo, será postado em breve). Ajudou saber o que ele pensava a respeito, bem como quais os problemas que ele via em Ciwe, e na relação com Kawi'ole. A impressão que eu tenho, as vezes - e, como eu disse, pode ser por culpa dos meus períodos fora - é que isso não está muito claro, e todo mundo meio que amarra essas questões - a das origens, digamos, comuns de Sreok e Sakya.

Ou, se quiserem, questões como o mundo espiritual, como essa "trama"(mal, mas consigo pensar nele como uma espécie de lençol por cima do mundo) se espalha por T.Sagr. Nesse sentido, também, a origem dos deuses, por exemplo. Ou, um exemplo mais concreto, é a mácula e os efeitos na água: o Youkai colocou uma idéia show, mas que se não ficasse claro que a água meio que isola, geraria problemas em Phaak.

Digo tudo isso não como crítica a ninguém em particular, ao projeto, nem nada, mas no sentido que acho que é um bom momento pra colocar essas cartas na mesa. Penso que, tendo isso, e com uma visão mais de panorama da coisa, poderemos quem sabe poupar não apenas tempo, mas também problemas a frente. Sem falar que torna o cenário mais integrado dentro dele mesmo.

Enfim: que acham da idéia?

Em tempo: Não esqueci de postar, só quero ruminar algumas coisas antes.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Madrüga em 08 Fev 2011, 23:54

Seth escreveu:Respondendo a uma pergunta feita no post deletado: o que me assusta é que, por vezes, especialmente quanto a diversas regiões ou raças, a origem deles não parecem muito claras. De onde, como e quando vieram, e, o mais importante, como isso influencia no cenário. Pegando o gancho, outro dia tive uma extensa conversa com o Youkai (sempre ele) e o Lanzi sobre Ciwe, origem, problemas, todas essas questões. (em tempo, será postado em breve). Ajudou saber o que ele pensava a respeito, bem como quais os problemas que ele via em Ciwe, e na relação com Kawi'ole. A impressão que eu tenho, as vezes - e, como eu disse, pode ser por culpa dos meus períodos fora - é que isso não está muito claro, e todo mundo meio que amarra essas questões - a das origens, digamos, comuns de Sreok e Sakya.


Então, mas não entendi a sua dúvida. Sério. Sua dúvida é sobre a origem do seu povo e do Youkai? Vocês é que resolvem isso.

Seth escreveu:Ou, se quiserem, questões como o mundo espiritual, como essa "trama"(mal, mas consigo pensar nele como uma espécie de lençol por cima do mundo) se espalha por T.Sagr. Nesse sentido, também, a origem dos deuses, por exemplo. Ou, um exemplo mais concreto, é a mácula e os efeitos na água: o Youkai colocou uma idéia show, mas que se não ficasse claro que a água meio que isola, geraria problemas em Phaak.


Bom, mas o mundo espiritual não tem origem. E a incerteza sobre os deuses também é um dos pilares do cenário, ninguém pode confirmar os deuses.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Emil em 09 Fev 2011, 15:21

Léderon escreveu:O modo de pensar dos privodnaha (pelo menos do que escreveu esse texto) é bem legal, quanto a isso de Lugar Inicial. Mostra que cada cultura/raça tem uma visão diferente do começo das coisas. Enquanto eu estou fazendo um guia-resumo para TSag, pensei em separar todas elas em três grandes grupos que teriam ideais parecidos: os Povos dos Homens (humanos, manhul e haruum), as Famílias da Terra (gailel, privodnaha e fnugsata) e as Raças Mestiças (vunyas, kaftar e ha-nagashi). A maneira como seu estudioso escreve me lembrou uma ideia que eu tive, e que agora não sei se me veio apenas depois de ler seu texto: as Famílias da Terra existiriam apenas nas Terras Sagradas – que descrevemos até agora – sendo, por assim dizer, os “donos originais” desse continente. Seria o Lugar Inicial deles, enquanto as demais raças teriam vindo de fora.


Hehehe, a ideia do Lugar Inicial eu tive enquanto escrevia o texto, encaixei ali meio de improviso. Tentei imaginar como um povo-planta encararia questões de origem, e deu no que deu. Claro, pra mim, não é muito importante o que é verdade e o que não é, mas como cada povo encara suas origens e as origens dos outros povos, e, quem sabe, abrir um espaço pra usar isso em jogo. Volto a isso logo mais.

Léderon escreveu:O povo de Pehelnaur também seria dessa leva de recém-chegados?


Boa pergunta. Talvez eles sejam mais aparentados das populações humanas originais de Chemkrë e Daguna.

Léderon escreveu:Ah, Emi, como você pediu dicas de como melhorar o texto em si, em alguns pontos é bom tomar cuidado com a repetição de “Terra Prometida”. *grammar nazi*

Outra coisa, não relacionada a estilo: acho que é necessário dar um destaque maior a Avkhass no meio dessa história. A floresta devia ser bem maior em eras passadas, e não só influenciaria os proto-chemkri, como também muito do povo proto-tervatiano.


Dica aceita, vou começar a remover as repetições. E talvez eu crie um outro documento pra falar sobre Avkhass. Aliás, quem são os principais responsáveis pela floresta? Precismos bater um plá. Inclusive pra falar das possibilidades perdidas/escondidas lá no meio.

Léderon escreveu:Por fim, como Presidente Autoproclamado do Departamento de Frufru das Terras Sagradas, NECESSITO dizer que é hora de fazermos um catálogo (para uso interno) de todos os nomes de estudiosos que citarmos. Assim, eles podem ter bem mais de um texto, e o mesmo ter vários trechos diferentes citados em partes sobre muitas coisas.


Sim, eu quero escrever outros textos de Menengar, tenho até um continho sobre ele na cabeça. E também quero que esses textos possam ajudar inclusive mover o plot do cenário.

Youkai X escreveu:Os textos sobre a teoria dos Tervatianos vindos do além-mar e de feições mais fortes e pele morena são interessantes, mas tem o risco de quebrar minhas idéias iniciais sobre os troncos lingüísticos, especialmente o ocidental (nada realmente grave, dá pra ser editado em uma conversa simples)


Não precisa mudar nada, Fab4. Eu ainda não coloquei as datas, mas eu quero que essa chegada seja um negócio muito antigo, antigo o suficiente pra ter um monte de informação errada e duvidosa neste documento. Os troncos lingüísticos continuam os mesmos. Pensa assim: existia o idioma Ocidental, que entrou em contato com o idioma do povo que chegou depois. Houve contatos, misturas, línguas francas, empréstimos, com uma população muito maior que morava no continente, e uma menor que chegou depois. A língua que se fala hoje em Tervat tem a base da língua que se falava antigamente no ocidente, sintaxe parecida, com algumas adaptações morfológicas advindas da língua estrangeira. E tá tudo certo.

Youkai X escreveu:e também me pegou de surpresa, pois eu realmente pensava no povo de Tervat como brancos europeus parecidos com romanos/gregos/turcos.


Sim, eles são parecidos com os Turcos, e a população ali em torno do mediterrâneo. Essa classificação "caucasiano, negroide, mongoloide" (além de meio racista) é um negócio muito moderno. Cê vai em Shakespeare por exemplo, e pega o Othelo. Ele é chamado de negro às vezes, e modernamente, o papel quase invariavelmente é dado a atores negros. Mas ele também é chamado de mouro (porra, o título da peça é Otelo, o Mouro de Veneza), e mouro são tipo as populações do Oriente Médio que invadiram a Península Ibérica, de pele bronzeada e cabelos geralmente escuros. Mas até século XVII os termos eram todos intercambiáveis: Mouro, Negro, Indiano... Na real, o esquema é que Othelo podia ser de qualquer lugar e ter qualquer cor, desde que fora de Veneza. Bastava ser um cara bronzeado e moreno. (Ou nem tanto... em uma das comédias, cujo nome me escapa agora, o termo negro é usado como ofensa a uma personagem que provalmente tem a pele branca e cabelo preto) Portanto...

Youkai X escreveu:Com tais riscos de má interpretações, não é melhor fazer com os povos humanos de Terras Sagradas em conjunto com os troncos lingüísticos uma lista dos reinos e povos nativos e encaixá-los em caucasianos, negróides e mongolóides


Não, de boa.

Seth, mal, mas também não entendi muito bem sua dúvida.

No mais, galeres, obrigado pela retroalimentação, e desculpem se eu não respondi tudo. Sentindo falta, cobrem que eu dou atenção ao que faltou ou foi ignorado.
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Re: [desenvolvimento] Tervat surgindo

Mensagempor Madrüga em 16 Ago 2011, 10:52

Estou querendo retomar esse tópico há algum tempo, visto que cada vez mais o oriente está ficando pronto. Acho que contextualizar o ocidente e criar suas regiões e problemas agora pode ir virando um foco também.

Então vou citar o Fabian de muuuuuito tempo atrás:

Youkai escreveu:Os textos sobre a teoria dos Tervatianos vindos do além-mar e de feições mais fortes e pele morena são interessantes, mas tem o risco de quebrar minhas idéias iniciais sobre os troncos lingüísticos, especialmente o ocidental (nada realmente grave, dá pra ser editado em uma conversa simples), e também me pegou de surpresa, pois eu realmente pensava no povo de Tervat como brancos europeus parecidos com romanos/gregos/turcos. Com tais riscos de má interpretações, não é melhor fazer com os povos humanos de Terras Sagradas em conjunto com os troncos lingüísticos uma lista dos reinos e povos nativos e encaixá-los em caucasianos, negróides e mongolóides.


Acho que pensei nisso na época, mas só agora caiu essa ficha: velho, então você quer dizer que as características da raça influenciam no idioma? The fuck? Então os idiomas e troncos linguísticos mudam se a galera agora é morena?
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Madrüga
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