Moderador: Moderadores
Eberron repete inúmeras vezes que o patriotismo é o ponto mais importante de qualquer personagem. Todas as nações estiveram em guerra por cem anos, e o tratado foi assinado a dois. Você não fica amiguinho de repente de quem estava te jurando de morte a dois anos atrás. Tanto é que o conceito clássico "um personagem do grupo de cada país" não é incentivado em Eberron.
Religiosamente, a questão complica mais, porque a principal religião de Khorvaire (Hoste Soberana) é adepta de absorver todos os cultos menores como faces diferentes dos nove ou dos seis (os nove deuses da civilização e os seis deuses da selvageria). Aquele deus menor dos sahuagins? É uma face do Devorador. A deusa da agricultura kobold? É Arawen se mostrando de forma mais familiar. E por aí vai.
As outras duas religiões primárias do continente são mais complicadas. O Sangue de Vol acredita no ateísmo (é mais complicado que isso, mas resume razoavelmente bem), e a Chama Prateada é um dos poucos "deuses" existentes (o outro é a Corte Imortal dos elfos de Aerenal) e que pode ser vislumbrado pessoalmente, apesar de seus sinais não serem tão claros.
Enfim, não é aquela coisa linda de "você é servo de Thor, eu sou servo de Loki, e juntos armamos altas confusões com uma turminha da pesada".
Silva escreveu:Madruga: é de fato plausível pensar que um único pidgin ou creole tenha dominado um super-continente inteiro do tamanho aproximado da afro-eurásia ?
Pode facilitar, mas acho que o poder militar ainda é muito mais capaz e muito mais eficaz do que o mágico, em termos práticos. Especialmente porque o poder militar se conquista através de recursos, riquezas e números - coisas em que a classe dominante supera, numa soma geral, as classes subordinadas -, enquanto o poder mágico não tem desses requerimentos.O poderio mágico também poderia facilitar a escravização de outros povos, a manutenção da ordem (invocar criaturas contra multidões furiosas, jogar uma bola de fogo naqueles camponeses revoltosos), a vigilância de lugares antes inacessíveis (magias e rituais de divinação)... ou seja, se uma classe dominante detivesse segredos mágicos, ela seria quase onipresente, praticamente invencível e tenderia a perpetuar a si mesma com assustadora facilidade.
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