Eu ia deixar para responder mais sobre esse comentário depois de analisar melhor os dados linkados pelo Barlin. Queria ver o quão verdadeiro é esse comentário de que nosso dinheiro vai "todo" lá pra cima. Só comentando meus resultados parciais antes de responder o VA: considerando que o fator x = dinheiro destinado ao estado / dinheiro destinado aos municipios de tal estado seja um bom indicador de "favorecimento" para o estado (ja que o dinheiro destinado aos municipios é mais ou menos proporcional ao numero de habitantes do mesmo), o estado mais beneficiado é de longe Acre (x = 4,04) seguido de Amapá (3,95) e Roraima (2,16). Para efeitos comparativos, São Paulo, Rio de Janeiro e minha terra tem, respectivamente 0,58; 0,95 e 0,59 . Os valores correspondentes aos tres menores (tirando DF, que tem x = 0,2) são Minas Gerais (0,49) seguida de São Paulo e Goias (ambos 0,58). Depois viria o RS. Ou seja, é norte-nordeste nos top five e sul-sudeste nos bottom five.
Sobre o meu comentário VA, eu estava contra-atacando o Madrüga com o mesmo nível de ignorancia dele, se não deu para notar (inclusive usei a mesma estrutura desse post dele, para deixar bem claro meu intento). Lembrando o que ele disse:
O Iuri está se mostrando muito esterótipo de boyzinho do sul/sudeste. Que vá morar em outro país ou proclame a república do Sul, para não ter que ajudar os outros brasileiros. Ninguém se mobiliza para porra nenhuma, tipo doar grana para as vítimas das chuvas no nordeste (para citar um caso recente) e ainda querem sonegar ajuda através de um imposto que mal se vê, morando numa das regiões com menos problemas do Brasil?
Como se o fato de eu morar em uma região com menos problemas economicos foi resultado do governo ter aplicado mais dinheiro de impostos aqui do que lá em cima, ou que eu estivesse apenas procurando desculpa para sonegar impostos.
VA escreveu:Ah, claro, porque para resolvermos algum problema, devemos deixar de nos preocupar com os problemas mais próximos.
Esqueci que na verdade era o contrario: para resolvermos os problemas mais próximos que temos que esquecer dos que estão mais distantes. Ou sobre os quais possamos botar outras pessoas como responsáveis, não? Ou será que simplesmente seja natural querer simplesmente resolver os problemas mais próximos em detrimento dos mais urgentes?
Afinal, não há nada que me ligue mais a nordestinos (ou qualquer outra pessoa de qualquer lugar do Brasil) do que a africanos (ou qualquer pessoa de qualquer canto do mundo). A única diferença é que contribuindo através dos impostos estamos nos certificando que a pessoa que administrará este dinheiro para ajudar as tais pessoas será alguém escolhido por nós, enquanto que contribuir com uma ONG é algo sobre o qual não podemos influenciar muito.