Odarân - A Terra da ÁguaRegime: Cratocracia
Regente: Karun Ciran
Características Gerais:A região de Odarân começou a ser habitada há centenas de anos quando sábios xamãs vislumbraram a grande catástrofe que foi a queda de uma estrela. Oito tribos bárbaras passaram a existir naquela fria região. Foi Odar Ciran quem, séculos depois da queda da estrela, promoveu uma sangrenta batalha entre as tribos, onde ele conquistou pela força a união que criou o grande império, Odarân.
Odarân hoje é uma nação dominada pela rusticidade de leis selvagens, pouco compreendidas pelas nações civilizadas. A lei no império é simples e basicamente tudo se resolve em confrontos, fatais ou não, sendo duelos ou entre grupos, onde o vencedor está com a razão. Os crimes são julgados pelo imperador, cuja sentença normalmente é o dobro do mal que o réu tenha feito a outrem.
Mesmo unificadas, cinco das oito tribos hoje ainda são conhecidas por suas casas, mas apenas quatro delas ainda existem efetivamente: Os Ciranianos, os Maubucos, os Craamos e os Nuareks. Das quatro outras casas, hoje extintas, apenas os Lakâmios são recordados, pois estes eram os melhores artesãos entre as tribos e grandes amigos dos Nuareks.
Odarân é um reino que sobrevive basicamente da pesca, pois o grande rio Oozu, que desce dos penhascos ao sul, cruza todo seu território. Ele se divide em tantos braços, ribeiras, riachos e regatos que é praticamente impossível atravessar a terra odarana sem precisar transpor alguns destes. A terra dos Nuareks é a mais agredida pelas águas e grande parte fica submersa por vários meses. Estas terras são conhecidas também como a bacia de Lakam, pois os lakâmios eram seus antigos habitantes.
Odarân possui apenas uma única grande cidade fortificada no centro do reino, a Cidadela de Odar. Nesta cidade, habitada principalmente por ciranianos e maubucos, se ergue o grande palácio onde o imperador atual, Karun Ciran, reina com a ira do fogo em seus olhos. As demais terras do reino são formadas por centenas de pequenas comunidades, basicamente formadas de craamos nas tundras do leste, ciranianos e maubucos nas terras centrais e nuareks pelos limites do norte e oeste.
Existem apenas duas maneiras de um odarano ascender como imperador; desafiando o imperador atual ou vencendo o grande confronto das casas.
Um odarano apenas poderá desafiar o imperador caso traga ao palácio a cabeça de um gigante morto por ele mesmo e a atire aos pés do imperador. O combate é iniciado imediatamente e a vitória é concedida apenas com a morte de um dos combatentes, onde o vitorioso passa a ser ou continua sendo o imperador de Odarân.
O Confronto das Casas se dá quando o imperador não falece em um desafio, então as quatro casas enviam seus melhores combatentes que se digladiam até que apenas um sobreviva.
Religiões:Odarân é cercada pela misticidade do mundo espiritual, sob a visão de seus xamãs. A cidade construída na milenar cratera da estrela sedia uma forte crença astrológica e astronômica. As manifestações mediúnicas de xamãs poderosos são respeitadas, cabendo apenas ao grande líder do império decidir se serão ou não aplicadas.
Instituições, Organizações, Guildas e etc.:O poder em Odarân é dividido em quatro clãs ativos:
- Ciranianos: descendentes diretos de Odar Ciran, cujos guerreiros apreciam a versatilidade do escudo e da espada. Desde a fundação de Odarân apenas cirianos e maubucos dividiram o poder no reino. O atual líder da família, e regrante do império, Karun Ciran, detém grande inimizade com a casa Craam quando, no início de sua regência, se viu obrigado a abandoná-los em um confronto contra Kaftars. Por mais que os craamos tenham vencido a batalha a atitude de Karun foi vista como grande traição entre o povo das tundras;
- Maubucos: homens de grande estatura cujo escudo representa uma grande clava e ossos partidos. São grandes aliados da casa Ciran e costumam ser conselheiros e líderes dos exércitos do império. É comum a união entre membros de ambos os clãs, tanto que é costumeira a confusão para se identificar quando se está falando com um ciriano ou um maubuco até que ele anuncie a que clã pertence. Notadamente, os mais altos e musculosos membros da casa não são confundidos neste caso, devido à discrepância física entre os “sangues puros”;
- Craamos: áágeis, esbeltos e cruéis, o povo craam é a principal ameaça a casa Ciran no domínio de Odarân. Os craamos sempre foram invejosos do poder que Odar Ciran deixou para sua família e desde o início do império eles artimanham meios de subir ao poder. Após a última batalha contra Kaftars, os laços entre as famílias se distanciaram ainda mais. Boatos dizem que os craamos estão manipulando energias profanas das tundras maculadas e fazendo pactos com inimigos do império. A julgar pelo histórico da família Craam, Karun mantém os olhos bem abertos para as tundras do oeste sobre tais boatos;
- Nuareks: adoradores da água, eles permanecem afastados de seus próximos, mantendo vivo seu elo com as forças naturais de sua região. Os Nuareks são os mais pacíficos entre os clãs que compõe o império, mas respeitam e obedecem as leis praticadas por todos. Eles são muito respeitados pela sua habilidade com a pesca, que abastece toda a Cidadela de Odar. A casa Nuarek é conhecida por ter sido a primeira a vislumbrar a queda da estrela há mais de mil anos. Seus xamãs foram os primeiros a peregrinar para a região e adquiriram sabedoria além de qualquer outro em sua época. Eles possuem fortes laços com uma pequena comunidade Galiel que vive em suas fronteiras e deles aprenderam como invocar espíritos elementais para lutarem a seu lado em dias de necessidade;
- Lakâmios: artesões e curtidores, há mais de cem anos não são conhecidos descendentes vivos desta casa, mas as visões dos xamãs apontam que o próximo imperador surgirá da penumbra da terra, entre os povos esquecidos;
- Demais casas: As três outras casas nunca foram registradas em nenhum cômputo de Odarân. Provavelmente foram extintas na grande batalha de Odar ou nos conflitos que se seguiram. Mesmo os mais velhos dos sábios atuais sabem apenas que elas existiram, mas seus nomes ficaram perdidos no labirinto do tempo.
Principais áreas e cidades:Cidadela de Odar: Esta grande cidade murada foi fundada no marco inicial que levou Odar Ciran a unificar as tribos e é a responsável por manter toda a ordem no império. Seus muros englobam toda a circunferência da cratera (cerca de 4km de diâmetro), com excessão da região oeste que foi invadida pelas tundras e se tornou um ponto de constante vigília. A cidade possui cerca de trinta mil habitantes de diferentes raças e casas, mas sendo a maioria ciranianos e maubucos. Por duas vezes o imperador atual foi desafiado, vencendo os combates, ambos contra craamos. A cidade possui uma guarda de elite formada pelos melhores combatentes das duas casas majoritárias, possuindo fidelidade cega ao imperador.
- O Platô do Sol e da Lua: Esta construção rochosa (semelhante ao stonehenge) se destaca de dentro da cidade e pode ser vista de muito além, devido a altura que se encontra em relação ao nível do muro. É neste local de meditação e observação, limitado por um longo abismo que se dirige ao fundo da cratera, que os xamãs odaranos, principalmente nuareks, manifestam suas visões e rituais.
- A Grande Casa: A morada do grande líder odarano e salão de confrontos e debates. Em seus arredores uma grande área existe para que as leis odaranas sejam aplicadas, tanto no caso de disputas quanto a execução de sentenças impostas.
- A Forja: Após uma longa descida pelas bordas da cratera é chegada essa construção feita na rocha. A Forja é um local fortemente defendido, mais mesmo que a Grande Casa ou o Platô, justamente devido ser um local onde armas de metal estelar são manufaturadas por exímios armeiros maubucos. Poucos são os que podem adentrar este local e menos ainda aqueles que portam uma arma confeccionada aqui.
- A Mina: Após a forja, seguindo pela mesma trilha, ela termina na entrada de uma grande caverna pouco trabalha. É neste local onde escravos capturados de outros povos mineram os veios do metal estelar e também é onde vivem, sem nunca mais sair ou voltar às suas origens.
Bacia de Lakam: Dizem que nestas terras submersas, a nordeste da cidadela, os espíritos naturais sussurram e conversam com todos os habitantes. Os xamãs nuareks costumam invocar inúmeros rituais onde eles dão forma a estes espíritos, transformando-os em elementais que se erguem para defender a terra. Nesta terra também existem tribos nômades de Galiels, que convivem pacificamente com os Nuareks.
Tundras Craam: A leste da cidadela, a terra dos craamos é a região mais hostil de toda Odarân. Um misto de misticismo e selvageria cruel permeia toda a floresta gélida, onde os murmúrios dos mortos podem ser ouvidos pelos viajantes imprudentes que tentam cruzar seu território. Habitando o alto das árvores, os craamos perseguem os invasores de suas terras até que possam alvejá-los com azagaias envenenadas.
Áreas selvagens e/ou despovoadas:Planícies do Sul: Embora existam pequenos aglomerados nômades em Odarân, elas não formam uma população consistente. A maioria habita este ermo que muda de paisagem a cada estação. Aqui várias bandeiras e pequenos fortes defendem a região do avanço dos inimigos do império e foi nesta terra de geografia peculiar que por duas vezes os odaranos espulsaram grandes invasões de Neerghul.
Ganchos para Aventuras:- A Traição de Craam: É fato que a casa Craam não tolera a liderança dos cirianos em Odar. Existem boatos de uma união entre o povo das tundras com Neerghul, aparentemente para que eles possam atravessar as tundras e atacar a Cidadela de Odar na única região onde suas defesas são frágeis.
- O Desafio do Imperador: Qualquer um pode se tornar imperador em Odarân. Basta cumprir os requisitos para desafiar o imperador atual e vencê-lo em combate individual. É comum se jogar a cabeça de um Kaamur nos pés do imperador para desafiá-lo, mas qualquer outro requisito de mesma proporção pode ser aceito. O imperador não pode negar o desafio e apenas um deve sobreviver ao duelo.
- O Avanço da Tundra: É sabido pelos xamãs que uma grande proporção das tundras a oeste estão possuídas pela mácula. A cidadela foi construida para defender um solo sagrado que agora se vê ameaçado pelo constante avanço das tundras. Nas áreas onde já existem o duelo entre ambas as forças, estranhos efeitos começaram a surgir, imapctando principalmente em animais e plantas da região.