Sampaio escreveu:Onde os Fracos Não Têm Vez :cowboy: :cowboy: :cowboy: :cowboy:
Vou resumir BASTANTE minha crítica, tanto para que leiam (:P ) como para que eu não denuncie demais do filme.
O filme conta a história de um homem que acha uma maleta de dinhero no deserto, em meio a um massacre e, devido a esse dinheiro, passa a ser persegudo por uma gangue de mexicanos e um assassino profissional.
A premissa é bem simples e na verdade a história do filme como um todo, inclusive seu desenrolar, tb. Mas não são esses seus principais atrativos.
Pra começar é um filme brilhantemente atuado. Javier Barden enche a tela cmo Anton, o assassin profissional. É chocante vê-lo neste papel pouco depois de te-lo visto em um personagem análogo, em "O Amor Nos Tempos do Cólera". Barden está intenso, e ainda assim sempre calmo e concentrado. Ele toma um enorme cuidado com as pausas e tempo das falas, com entoação, com postura e expressões faciais. Sua primeira aparição na tela aliás, é o único mmento aonde poderemos ver uma feição mais exagerada em Barden. Grande trabalho do ator que, auxiliado pelo excelente rteiro (conforme comentarei depois) trnam seu personagem milimetricamente amendrotador.
Outro que está bem é Tommy Lee Jones que, a meu ver, até ano passado nunca tinha feito uma atuação realmente boa. E, após sua excelente performace em "No vale das Sombras" (na minha opinião ainda sua melhor atuação), ele trás mais esse bom trabalho. Uma atuação muito realista, vivamente sofrida e introspectiva, e adequada para seu papel.
O roteiro é excelente, enchendo de detalhes interesantissimos uma história tão simples. As falas são muito bem escritas e frequentemente fogem do que estamos acostumados a ver em Hollywood. Em diversos momentos lembram um misto de filme de Leone, com diálogos de Tarkoviski misturado com Scorcese. Enfim, difícil dizer, só assistindo. Os diálogos tb não são exageradamente impactantes, mas precisos no que propõe, e inteligentes.
A parte técnica está bem, sem louvores excessivos. A direção está excelente, permitindo e facilitando o trabalho dos atores. O diretor respeita o tempo do filme e não se preocupa em injetar adrenalina em jorros a cada segundo no espectador, nem em força-lo a se emocionar. os planos são razoavelmente simples, com algumas ousadias de câmeras laterias e abertas. Grande direção.
Todos os louros tb ao final, perfeito, do filme O que é muito raro.
Mas não é um filme 5 estrelas. Pq, bem da verdade, o filme falha em trazer a tona um sentimento genuíno ou uma constatação impactante. Sua história é simples. É uma história simples, com um desenvolvimento perfeito, mas não ultrapassa barreiras ou faz com que levemos o filme conosco por algum tempo.
É um excelente filme, MUITÍSSIMO recomendado, mas não uma obra-prima como muitos dizem por aí.
Eu sei que é citar algo de muitos meses atrás, mas minha avaliação do filme é
Onde os fracos não têm vez:


Sério, preciso até conversar com o Sampaio (fora do fórum) para entender o porquê dessa avaliação.
O filme é desnecessariamente longo: muitas cenas são inúteis e não acrescentam nada na narrativa. Ironias fracas e muitos "ex machina" (como a batida de carro), fora algumas coisas inverossímeis e tolas (como o gatilho da ação, que foi o protagonista VOLTAR ao deserto de noite para levar água a um traficante que ele nunca viu na vida) e outras inexplicáveis (de onde surgiram aqueles mexicanos atrás da sogra e esposa do protagonista). O roteiro poderia ser mnelhor; não li o livro, mas talvez ele faça mais sentido (embora digam que foi uma adaptação bastante fiel).
Sério, esse filme não é grande coisa nem como proposta ou discussão ou inovação. É um tipo de "hype viral": algum crítico burro ficou com medo de o filme ser muito mais inteligente que ele mesmo e resolveu louvá-lo para não confessar a vergonha, e o mundo foi na roda. Sério, são dois irmãos dirigindo, eles deveriam ter percebido que o filme está cheio de gordura a ser retirada. Um poderia alertar o outro, coisa que não acontece quando estamos sozinhos.
Atuação e parte técnica estão bem (em minha opinião de leigo). Javier Bardem está simplesmente horripilante e, embora não mereça ser comparado a Hannibal Lecter (a crítica quer juntar coisas demais às vezes), é um dos vilões mais sanguinários e implacáveis que já vi. Tommy Lee Jones, coitado, atua bem mas dá o azar de pegar a grande maioria das cenas desnecessárias do filme. Woody Harrelson aparece pouco mas tem uma atuação sólida. Kelly MacDonald também aparece pouco, mas convence (e continua apaixonante). O trabalho lingüístico dos atores também é bom, na parte de vocabulário e sotaque.
Sério, ainda bem que não paguei para ver e nem vi no cinema. Teria saído com esse prejuízo na cabeça.