Cara sério que você acha que educar as pessoas a saberem que determinada cultura não é terrorista é algo de relativa pouca importância?
Sério mesmo que tu acha que TODO MUNDO acha que ser árabe == ser terrorista?
Francamente, isso é subestimar a inteligência do país como um todo (que não é gigante mas, deuses, existe).
Não apoio a forma como a lei foi construída. Mas deveria ter uma forma de propagar tolerância cultural, sim. Isso é um problema seríssimo, e deve ser encarado como tal.
Intolerância cultural >>>>>>> "achar que árabe é terrorista".
Isso é um problema maior. Acontece que o projeto de lei se restringe a uma parcela do problema e não o problema como um todo.
Mas em resumo, o que eu quero dizer é isso:
Iuri escreveu:Pra fazer as pessoas pararem de pensar que nem todo árabe é terrorista não é necessário nenhuma mudança no curriculo do ensino médio. Se toda vez que alguma ignorancia compartilhada se mostrar presente o curriculo for refeito para mostrar que aquilo não é verdade, em poucos anos o ensino médio vai se tornar uma faculdade de antropologia.
Preconceito contra esse povo existe, é claro, existe preconceito contra tudo porque é impossível que todo mundo conheça tudo de tudo, mas daí querer mudar o currículo do ensino médio por achar que as pessoas acreditam que todo árabe é terrorista, pra mim, é demais.
Estudar outras culturas, dando uma pincelada no mundo afora, sempre foi uma das atribuições das matérias de Estudos Sociais, no caso, principalmente a História, onde eu, pessoalmente, cheguei a ver Islamismo, árabes, etc... Não muito, mas o suficiente para não achar que todo árabe é terrorista.
Então não é questão de "empurrar problema pra debaixo do tapete", é uma questão de objetividade. Ainda mais que, resolvendo alguns problemas outros do ensino (como a questão de Direitos e Deveres e cidadania geral) já reduziríamos sensivelmente o problema do "todo árabe é terrorista".
Num sistema curricular carregado por natureza, modificá-lo só para resolver uma pequena faceta de um problema maior é, para mim, um tiro no pé.