por Assumar em 14 Dez 2010, 09:36
Vou fazer meus comentários sobre a máfia.
Antes de mais nada, foi a melhor das máfias por mim narradas. Ficou bem organizada e os jogadores participaram bastante.
A primeira noite foi uma noite de excelentes jogadas com Maurício de cara encontrando um mafioso e sendo recrutado, Thor investigando a Noara e descobrindo que ela era a policial, Sacckura observando o Frost e especulando que o Joshua seria o recrutador do culto, Mog recrutando a Lina para a maçonaria (não sabia que eram namorados).
Aliás, sobre a Maçonaria, ela só recrutava os integrantes da Inconfidência Mineira e seus membros não podiam ser recrutados pelo culto.
Sacckura e Iuri foram bem participativos nas mensagens noturnas pedindo e recebendo mercês do Rei.
Aliás, a idéia das mercês era a mesma que eu já praticava nas outras máfias: valorizar a interpretação e a participação. Embora trazendo a avaliação subjetiva do narrador, o que pode ser problemático, a finalidade é prestigiar os jogadores que fazem o jogo andar. O Iuri e seus comparsas, assim como muitos cidadãos, fizeram o possível para ganhar benesses do rei.
Ao mesmo tempo, essa brincadeira servia para mostrar como eram, de fato, as relações com a Coroa. Realmente, o rei era o grande orquestrador de um poder simbólico através do qual ele conseguia negociar as redes clientelares que mantinham a lealdade dos súditos.
A morte do Mog revelou o Iuri e aí a cidade começou a virar o jogo, mesmo perdendo o policial.
Sacckura descobriu Darin e Thor e a máfia esqueceu de agir em uma das noites. A dupla Lina/Sacckura facilitou a ação da cidade. Para que elas pudessem continuar agindo, foi essencial a ação de dois jogadores: atimas, médica, e, principalmente, XuuH, pois ele roubou cargas de vários personagens e passou-as ora para uma, ora para a outra, permitindo uma “sobrevida” dos seus poderes.
O culto teve azar já que o Joshua foi em dois jogadores que eram imunes ao recrutamento. Se o culto tivesse mais dois recrutados, possivelmente venceria o jogo.
Uma mecânica nova foi impedir o policial de investigar cultistas e criar um novo “role”, o Inquisidor, que investiga apenas cultistas. Ficou legal no contexto dessa máfia.
Enfim, foi um jogo muito participativo e empolgante. Fiquei satisfeito de ter narrado uma máfia assim e espero continuar a melhorar nas minhas narrações.
Como, de praxe, um prêmio ao melhor jogador. Vocês escolhem. Abraços e até a próxima!
“A instrução não torna o homem melhor, e sim mais eficaz. O homem instruído, se seu coração é mal concebido, se ele transborda ódio, será ainda mais malfeitor.” (Jacques Sémelin)