Então tu concordas comigo que dizer que os investigadores fizeram isso não é atacar o RPG, correto?
Não é tão simples assim. A imprensa tem a obrigação de ser crítica, no sentido de que ela deve
refletir sobre aquilo que divulga. Primeiramente, deveriam procurar saber o que é esse tal de RPG que foi associado ao crime, uma vez que não é algo amplamente conhecido pela população. Mas toda a vez em que uma reportagem falando do crime foi ao ar, as inserções sobre o RPG não descreviam o importante aspecto de cooperação existente no jogo, dentre muitos outros. O que se apresentou, na verdade, foram apenas imagens de clima violento... ou seja, a reportagem ligava o jogo ao crime, utilizando imagens que possivelmente não estavam no conjunto de "evidências" encontrado pelos investigadores. Ademais, uma coisa é dizer "essa é a principal (ou única) TEORIA dos investigadores"... outra bem diferente é dizer "Aline teria morrido em um ritual satânico envolvendo o jogo de RPG"... a imprensa não poderia ser tão parcial na divulgação dos fatos, até porque não há fato algum aí, exceto a morte da garota.
[Deus do céu, eu não acredito que preciso escrever isso na Spell... e ainda por cima para um RPGista veterano...]
Correndo o risco de me repetir, onde tu estás vendo isso?
Leia no site da Folha, leia no Portal UAI, em qualquer um que tenha ido ao ar nesse final de semana... todos ainda associam o crime ao RPG. A primeira notícia que eu vi onde não é feito esse vínculo é uma do portal UAI, de hoje, falando sobre como a população de Ouro Preto quer que o crime não termine impune (ou seja, quer a continuidade das investigações) e como a promotora diz que "sem fato novo, não tem o que investigar", ou seja, o caso está é encerrado mesmo.
E.