[reino] Shian-Hu

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

Moderadores: Madrüga, Youkai X, Léderon, Moderadores

[reino] Shian-Hu

Mensagempor Youkai X em 27 Out 2007, 20:08

Aqui vão os textos do GarotoVaca.

SHIAN-HU


Regime: Federação de monarquias
Religião: culto aos huokaons.
População: em torno de 7 milhões.
Cidades principais: Mitsanm, Maal, Xiôn e Zhao
Importa: tecidos, madeiras nobres, cogumelos, bebidas.
Exporta: arroz, chá, pimenta, trigo, carne, ferro, frutos do mar.


Shian-hu é um reino que acaba de sair de uma terrível decadência política e religiosa. Estendendo-se por longas planícies e montanhas, seus poderes territoriais são delimitados e divididos em três grandes estados, que se dividiram após a queda do Falso Sacerdote e da exclusão dos Sabus e dos diversos grupos religiosos. Atualmente, passam por um período de reconstrução política e social e, enquanto o Grande Monastério trabalha na reestruturação de seu poder limitador, algumas famílias tomam controle sobre gigantescas partes de terra e hoje travam conflitos internos e entre tribos nômades.


Geografia


Montanhas são abundantes em todo o território, principalmente na região norte, onde se localizam algumas tribos consideradas “indesejadas”. São nesses lugares em que são comuns as trocas clandestinas de materiais, devido ao difícil acesso das tropas do reino. O governo Mitsanm, que detém a maior parte das cadeias de montanhas procura sempre manter vigia nas poucas estradas, mas ainda sim são ineficazes.

Essencialmente agrícola , o sul se resume nas grandes planícies de Xiôn, a maior produtora agrícola. O solo é bastante fértil e uma infinidade de cereais e especiarias são produzidas neste, destacando-se o arroz, chá, pimenta e trigo. O bambu é existe Shian-hu, mas sua abundancia em todo território o desvalorizam, transformando-o em produtos de fácil acesso e baixo preço.

Embora tenha um grande litoral, não são muitas as partes ainda dominadas por shian-hans, pois mesmo depois da queda de Fulon-po, o Falso Sacerdote, neerghulianos ainda tomam conta de boa parte da costa e mantém relações hostis contra o governo e civilização de Maal, impedindo de expandir seu comércio marítimo, e, se somada a dificuldade de comercio pelo norte, são poucas as rotas reservadas a toda Shian-hu para exportação e importação, criando supervalorização do produto interno, dependendo da posição geográfica.

O clima de Shian-hu é subtropical, sendo mais frio na região sul e nas altas planícies e montanhas do norte. A vegetação é bem diferenciada indo do simples arroz até as chamadas plantas-huokaon, plantas carnívoras e venenosas em sua maioria. A fauna é algo bem restrito e pequeno se comparado a outros reinos, embora seja abundante, o que tornou a pecuária algo muito valorizado. Os animais de maiores criações são os pequenos makas em ambientes domésticos e a criação bovina para fins comerciais.



Religião


A cultura de Shian-hu e sua manutenção estão inteiramente ligadas com sua religião e com aqueles que a controlam. Ela se baseia na crença dos dois únicos deuses: Gawa, o deus sol e Mowaga, a deusa água. Um pequeno trecho do livro Huokaon –considerado o mais importante e artefato da história de Shian-hu – é suficiente para contar sua participação nessas terras:

“Sem a água não há como a vida persistir. Ela se torna morta, como um lago raso disposto a secar e deixar seus peixes no sufoco do ar. Mas a água sem a energia não cria a vida. Somente a mantém. O sol é o distribuidor único da vida de todos os vivos e acolhedor e dos mortos. É o guia dos desejos e a luz que ilumina a todos.

Reverenciais Gawa como o criador e reverenciais Mowaga como a mantedora de toda a vida do universo”.

Os shian-hans, embora tenham grande fé em seus deuses, seguem os passos daqueles que disseram que um dia andaram na terra. Aqueles chamados Huokaon. Toda a cultura religiosa, independente do lugar, é voltada a eles.

Os huokaons são a fonte da fé de Shian-hu. De acordo com os antigos escritos, eles foram os primeiros a serem criados pela união de Gawa e Mowaga. Mas apenas um deles é referenciado com maior de todos: Emanu. Desde pequenos, os shian-hans ouviram histórias das façanhas desse huokaon.

Os nove são: Shuo, Yôn, Sabu, Xouloun, Otamu, Mao, Hou, Qoulou, Emanu. Os quatro primeiros também representam as quatro maiores famílias reais, que hoje, com exceção da Sabu –que hoje é visto com repúdio e desgosto-, governam as terras de Shian-hu.

Antigamente para ser o sucessor do imperador, os candidatos só podiam pertencer a essas famílias e eram enviados para Zhao, onde se localiza o Grande Monastério, para serem instruídos nos ensinamentos religiosos, dando a eles título de Sacerdote de Emanu. Entre eles, os altos sacerdotes mais antigos escolhiam qual seria o Supremo Sacerdote, dando a este o título de Imperador Sacerdote de Shian-hu, que tinha o direito de governá-la até morrer. Com a queda de Fulon-Po e a divisão das terras, somente membros das famílias nobre podem ser considerados sacerdotes e líderes das suas respectivas terras.


História



Resgate das antigas dinastias


Antes da entrada de Fulon-Po no domínio do império shian-hu, muitas dinastias passaram para a sua consolidação. Foi um início turbulento, onde esse povo lutou contra várias outras tribos para a instalação e domínio da terra que foi conhecida como Shian-hu.

A primeira região estabelecida foi a de Zhao, que logo se tornou o centro de escambo entre esse povo e de agricultura. Com as colonizações indo em direção ao litoral – dando origem a Maal-, novas portas comerciais se abriram e um aumento significativo de desenvolvimento começou. Alguns outros reinos foram sendo descobertos e comércio entre eles foram criados e teve-se a necessidade de consolidação e centralização do poder para melhor administração.

Como o povo era muito ligado à religião e ela tinha forte influência sobre eles, o então chamado Grande Monastério se tornou a capital das relações políticas, sociais e econômicas de Shian-hu. Alguns anos se passam, e os nobres e comerciantes estavam insatisfeitos com as determinações de Zhao e sugeriram –e pressionaram durante muito tempo, com apoio dos camponeses - aos sacerdotes que integrantes das famílias aristocratas tomassem conta das atividades econômicas. Os sacerdotes aceitaram com uma condição: de que somente sacerdotes das famílias nobres poderiam se tornar os tais imperadores. Seu poder duraria até o fim de sua vida e seu substituto seria escolhido pelo Monastério.

Durante muitos anos, integrantes das famílias Shuo, Yôn e Xouloun foram imperadores. Mas foi na primeira dinastia da família Sabu que tudo mudou.


A Dinastia Fulon-Po


Pela primeira vez em eras, a família Sabu teve seu primeiro integrante como Imperador Sacerdote de Shian-hu: Fulon-Po-Sabu. Ninguém sabia quais eram as intenções da novo imperador, mas não tinham confiança em seu poder. Diziam que ele sabotou os testes em que fora submetido para conseguir esse título e ameaçou os outros sacerdotes, mas nada foi comprovado.

Nos primeiros anos, Fulon-Po decidiu aumentar o exército real, exigindo que cada região aumentasse o numero de militares em sua população para a conquista de novos territórios, desagradando muitas famílias nobres e Zhao, que usavam da diplomacia e relações comercias para evitar conflitos com outros, povos. Ele também construiu o Palácio Qiao-Po, ao norte de Shian-hu e intensificou ao máximo a criação de universidades no litoral.

Ao longo do tempo, ele afirmava que o próprio Emanu, o supremo huokaon, conversava com ele e o aconselhava. Afirmou também que O Supremo desejava a unificação com os habitantes de Neerghul, que dizia que eram “irmãos perdidos”. Seguindo isso, a fronteira com Neerghul se tornou um local de comércio intenso. As universidades imperiais agora também abrigavam príncipes dos novos aliados como estudantes e o litoral começava a ser preenchido com vários povos, criando um fluxo de culturas e religião. A família Xouloun não ficou satisfeita com isso barrou a entrada deles em seus territórios e a família Shuo seguiu o exemplo. Um grande nível de militarização aumentou nessas regiões onde elas controlavam.

Foi quando um golpe pega a todos de surpresa: o patriarca da família Shuo é assassinado por um príncipe de Neerghul e tem suas terras litorâneas tomadas para ele. O imperador Fulon-po decide enviar suas tropas para atacar a região de Maal e tomar as terras das mãos dos Xouloun.

Foi nesse dia que tudo ficou claro. Fulon-Po-Sabu queria aniquilar a presença das outras famílias reais e tornar o trono imperial hereditário e acabar com outras influencias que limitavam seu poder. Com uma aliança aos Neerghul, fatalmente as outras famílias iriam cair, já que a militarização precoce de Shian-hu tenha sido destinado às mãos de Fulon-Po e somente depois as outras regiões se armaram. Sua única determinação foi para que Zhao não fosse tocada, pois temia uma rebelião dos camponeses.

O plano de Fulon-po teria sido um sucesso. Mas o imperador não contava com a enorme resistência das outras famílias e da trágica quebra da aliança com Neerghul, que saíram da guerra após conseguir as terras desejadas. O Sabu caiu. E o império também.

Zhao e o Grande Monastério tiveram sua confiança abalada. As três famílias restantes de agora em diante teria uma região para governar, o que agradou em parte os camponeses, comerciantes e as próprias famílias. Os novos regentes ainda deveriam se tornar sacerdotes para conseguirem esse título, mas era a família que iria escolher.

Os comerciantes estavam divididos. Alguns se mantinham leais as antigas famílias, mas outros, principalmente os do litoral, preferiam o governo de Neerghul, pois pagavam baixas taxas e tinham melhorias em suas estradas e rotas de comércio. As universidades principais –que tinham sido feitas no litoral especialmente para ganhar a aliança Neerghul- são administradas pelos príncipes dessa região.

Após a queda do chamado Falso Sacerdote, o seu exército foi considerado traidor e foi exilado nas montanhas do norte, assim como várias outras tribos e suas crenças, que foram caçadas, pois muitas delas apoiavam Fulon-Po e suas conquistas. Esse exército se tornou um povo nômade conhecidos como Sabu.

As regiões se dividiram em Zhao, terra do Grande Monastério; Mitsanm, que fica no litoral e é governada em parte pela família Shuo; Xiôn, ao sul, governada pelos Yôn, e; Maal, ao norte, governada pela família Xouloun.
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Mensagempor Youkai X em 27 Out 2007, 20:09

Inimigos Próximos - os Lua Nova

A convivência entre o Grande Monastério e a população já foi muito melhor antigamente. Devido à invasão de Neerghul e completa falta de oposição do Monastério à esse acontecimento, sua confiança foi abalada, gerando espaço para que antigos inimigos religiosos se manifestassem. Levando em conta a desunificação e desestruturação da política e “nação” de Shian-hu, sua utilidade aos pensadores e aristocratas se torna questionável, o que torna o povo, ainda que desconfiados, sua única força para mantê-los em pé.

Antes mesmo da vinda do Falso Sacerdote, qualquer culto a um dos Infames Huokaons eram barradas e censuradas rapidamente sob o argumento de criação de impurezas espirituais e divisão de crenças. Não era raro que famílias inteiras eram despojadas de suas casas e obrigado a rumar para as fronteiras do país devido as suas crenças e, como não eram ricos ou tinham influência economica nem mesmo social muito forte, facilmente eram esquecidas. Essas mesmas famílias eram as intimidadas por soldados –destes, muitos contratados pelos altos clãs-, tinham seus comercios arruinados por “arruaceiros” e sofriam com um estigma social são as principais inimigas da flagelada hegenomia do Grande Monastério. Logo, não havia mais espaço para eles em Shian-hu, restando-lhe apenas a fuga para as bordas da arruinada nação.

Não haviam sequer muitos recursos para se armar ou contrar soldados para tal propósito e nem mesmo mesmo materiais ou conhecimento para isso. Seu conhecimento agrário era a única coisa que os tornavam úteis – e foi o que justamente os salvou.

Nas fronteiras de Shian-hu era muito comum a passagem de caravanas mercantes e de nômades, com que estes exilados trocavam seu cultivo por diversos outros produtos. Mas mesmo ali, era comum o avanço de saqueadores, o que obrigou os novos moradores a se defenderem. A falta de recursos naturais e de conhecimento de engenharia tornavam impossível a criação de muros protetores. A sua unica proteção eram eles mesmos. E com o tempo, foi isso o que aconteceu. Com o fácil intercâmbio entre as culturas dos mercadores, era comum que estas famílias pagassem aos nômades de grande habilidade, que os ensinassem a lutar. Esses mesmos nômades acabavam por morar anos e anos em suas dependências, ganhando conforto e comida para ensiná-los a defender-se. Viajantes e exilados, sabendo do sucesso das defesas camponesas e de seus métodos incríveis de combate, foram atraídos para esses locais, levando consigo conhecimento e mão de ora. Nesse mesmo período, as primeiras casas das chamadas “artes marciais”, numa fusão da cultura de povos nômades, surgem criando os novos inimigos do Grande Monastérios: Os Lua Nova.

Quando a lua se esconde por um determinado período, dizem que Emanu está dormindo e não os vigia mais e que os desejos criminosos falam mais alto. Por isso, em muitas partes de Shian-hu, um crime cometido em dia de lua nova, é visto como traíção a própria religião, pois o criminoso tem medo dos olhos e punição do Huokaon. É por esse motivo, que os Sabus e outros clãs exilados são chamados de Lua Nova –os traidores. Eles vêm da repartição religiosa da queda do Falso Sacerdote, são considerados Lua Nova todo e qualquer shian-han que não cultuam mais o mesmo culto do Grande Monastério. São desertores descrentes das leis de Shian-hu e vítimas da separação do reino.


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A idéia básica é da formação clandestina de escolas de artes marciais - sim, artistas marciais foras-da-lei no melhor estilo Steven Seagal (ou Pugilista de um Braço só, ja que estamos em um Cenário Oriental) -.
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Mensagempor Madrüga em 19 Nov 2007, 23:22

Youkai, você conversou diretamente com ele? Ele autorizou o uso e alteração de Shian-Hu?
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Mensagempor Youkai X em 20 Nov 2007, 00:13

Sim, conversei com ele por MSN e fomos vendo como definir no mapa as 3 regiões diferentes de Shian-Hu.


E os textos estão intocados, tirados diretamente da SpellForever.
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Mensagempor Madrüga em 20 Nov 2007, 21:54

Chegaram a alguma conclusão no tocante do mapa? Temos que contatar o Mira se vocês chegarem a um consenso, aí encaixamos a parte dos Shusk'o, seu mini-continente norte e vamos tentar ir fechando.

Quanto a Shian-Hu, eu pretendo ler com mais calma e dar mais sugestões.
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Mensagempor Youkai X em 20 Nov 2007, 23:31

E eis aqui o BELÍSSIMO (cofcof) mapa de Shian-Hu feito em uma conversa de MSN com o Garotovaca.

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Ainda acho que o mapa do cenário oriental prec isa de umas dobradas aqui e ali, assim como ver onde ficaria o Equador e trópicos desse mundo. Sinto que o trópico do hemisfério norte crua uma parte de Shian-Hu, na mesma linha que corta Tebshad e cia, deixando aquelas regiões desérticas. Já as nações ao oeste de Shian-Hu (Sreok Epsang, a outra que ainda não tem nome mas que será mais ascética, Najatash, etc e cia) ficariam bem próximas ao Equador desse mundo.
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Mensagempor Madrüga em 20 Nov 2007, 23:40

Essa parte de definir equador eu deixo para o Sol. Eu mesmo não arrisco tentar destruir o balanço que ele fez dos climas, visto que ele entende bem mais do que eu desse assunto.

Aliás, o mapa tá genial! Muito cômico... mas passando pelas mãos de mestre do Mirallatos ele virá a ser algo digno de Shian-Hu.
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Mensagempor Youkai X em 20 Nov 2007, 23:47

Não duvide que é melhor que as ilustrações de Seres do Inferno pois ao menos tenho a desculpa de ter sido feita em 3 minutos em uma conversa de MSN XD


Depois eu falo com o Sol, assim como do outro dos dois reinos. Juro fazer um chat com o Sol e o GarotoVaca juntos.
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Mensagempor Madrüga em 25 Nov 2007, 12:50

Pensei cá numas coisas. Eu e Sol discutíamos que esse tesão por montanhas pode vir a atrapalhar um pouco o cenário, pois todas as regiões são cercadas de montanhas (segundo as descrições). Claro que devemos arrumar isso, mas penso em Shian-Hu com aquelas montanhas tipicamente chinesas, elevações já desbastadas pelo tempo, com cumes arredondados (lembram da casa do Shiryu?).

De resto, estava pensando nas academias de artes marciais como naqueles filmes chineses (claro). Por exemplo, em A fúria do dragão (originalmente The Chinese connection), Bruce Lee faz parte de uma escola que é constantemente humilhada pelos japoneses que dominam a região. A escola tem a permissão de existir, mas se descobrirem suas atividades subversivas ela pode ser fechada.

Em Shian-Hu, as escolas poderiam até ter um caráter mais oficial nas grandes cidades, com a permissão do governo de existirem como mantenedoras de uma tradição de saúde, bem-estar e filosofia de corpo e mente. Algumas realmente não teriam atividade subversiva nenhuma (e poderiam bem ser usadas pelo governo, como a escola do gato preto, notório centro de assassinos, ou a escola do escorpião amarelo), mas outras seriam centros irradiadores de subversão e antigovernismo (claro que os termos são anacrônicos, mas vocês pegaram a idéia).

Deste modo podemos ter uma atividade marcial não restrita apenas à esfera rural, mas sim infiltrada já na vida citadina, parte da cultura coletiva, com maior facilidade de criarmos escolas, rixas entre escolas, etc. Daria para jogar só com monges rivais em uma cidade, sem sair viajando pelo cenário todo. Detalhando bastante as cidades e relações com os governos, escolas e invasores, dá para criar aventuras riquíssimas só dentro de Shian-Hu.

Que acham?

[EDIT]

Ah, Fabian, eu editei lá em cima para deixar mais bonitinho o texto.
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Mensagempor GarotoVaca em 25 Nov 2007, 21:27

Montanhas são legais. Só pensei nas montanhas pra fazer barreira com Neerghul mesmo, sem nada estético -tanto que nelas não há porra nenhuma de interessante-.

Isso é uma coisa que eu deixei muito vago no reino: Poderio Bélico. Shian-Hu sempre foi uma nação agrícola acima de tudo e seu poder bélica era reservado à questões internas em sua maior parte.

Medicina é algo também muito considerado, mas tradição de uma filosofia mais profunda é algo que foi trazido de fora da nação, por isso as escolas se concentram nas bordas. É muito mais fácil de ocorrer "patrocínio" por parte das famílias nobres, vinculando escolas ao seu poder. Como o povo tem uma extrema xenofobia, o Grande Monastério odeia escolas e existe uma certa pressão por parte de camponeses e sacerdotes para a derrubada delas. Os nobres sabem muito bem o nível dos líderes das escolas e temem que um poder paralelo possa surgir, então controlam o máximo possivel suas escolas e também tentam impedir o crescimento das inimigas (das famílias inimigas). É ai que surge as terríveis "guerras undergrounds de monges rivais" -e de camponeses radicais, sacerdotes fanáticos, assassinos enviados pelos nobres, podem escolher...-.

Se elas seguirem os conceitos dos Huokaon, poderiam haver nove. Mas não é muita não?

Devemos também lembrar dos Sabus, que tem sua arte secreta.

Viu, tem muita coisa em Shian-hu?

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Ah, eu não voltei. Sempre estive aqui. Agora FUVEST já foi, mas não esperem que eu faça muita coisa por pura vontade. Se vocês me derem prazo para fazer certas partes eu consigo trabalhar melhor, se não vai ser devagar. Coisa de vagabundo mesmo...
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Até mais.
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Mensagempor Madrüga em 29 Nov 2007, 23:10

GarotoVaca, e se você pudesse nos apresentar um "esqueleto" (ou seja, uma diagramação das instituições sociais) até o meio de janeiro, no máximo? Quer dizer, esquematizar o funcionamento da sociedade de Shian-Hu, fazer um esboço de mapa... sabe, armar uma estrutura para poder aprofundar em cima? Fica bom como prazo?
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Mensagempor GarotoVaca em 16 Dez 2007, 18:55

Até lá estará pronto, Madruguinha.

Agora começou as provas da VUNESP e estou determinado a terminar até sexta um antigo cenário que ia participar da Guerra dos Mundos -um fantasma que me segue ainda toda vez que eu abro meus arquivos de RPG-. Depois, só me focarei no Cenário Oriental.

GarotoVaca ao trabalho!
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Mensagempor Mirallatos em 09 Jan 2008, 15:02

Bom...já comecei a rabiscar minha nova proposta. A propósito...minha pequenina criação fica na orla oeste (Maal) de Shian-Hu e partilha da decadência religiosa local. Pensei em algo pequeno para alavancar aventuras no na região. Dêem uma olhadela e sugestões.

YiJun

"Conta-se que o vilarejo Yijun foi fundado por um sacerdote exilado de Shian-Hu no início da dinastia Fulon-Po. Hangwu, que no passado fora um sacerdote de prestígio, respeitado, chegou em Yinjun como um andarilho maltrapilho. Foi acolhido sem muita relutância pela comunidade e em menos de dois invernos o sacerdote já havia se tornado uma espécie de conselheiro local, muito mais por suas virtudes e sabedoria que por sua formação teocrata.

Naqueles dias existia apenas um aglomerado de pescadores e palafitas às margens do Rio Zao-shui. Com o passar dos anos o sacerdote acrescentou conhecimentos sobre como utilizar melhor os alagados, sugeriu o plantio de arroz, uma erva especial para fumo e um criatório de rãs. Os supersticiosos pescadores que anteriormente temiam o Zao-shui apreciaram a presença do ermitão, buscaram seus ensinamentos sobre como agradar os espíritos ancestrais do rio, para que obtivessem uma boa pesca e cheias menos furiosas. Com um tempo eles passaram a rezar e oferecer um pouco do que conseguiam na pesca. Em troca, quando uma camponesa dava a luz em Yijun, Hangwu realizava um ritual de batismo, oferecendo a um espírito vagante a oportunidade de seguir o curso do Zao-shui. Segundo a crença, o espírito zelaria por aquela criança durante 15 invernos, evitando doenças graves e uma morte precoce, depois deste período ele estava livre para acompanhar as águas escuras.

Cercada de crendices e mistérios, hoje Yijun é uma cidade de médio porte governada por um conselho religioso cuja população local ainda vive da pesca, mas inúmeras plantações de arroz podem ser vistas nos arredores. Hangwu tornou-se um ancião silencioso, cujos ensinamentos são agora passados por Xing Han, uma jovem garota em idade de casar, mas que só está na cidade há dez anos. Correm boatos sobre um interesse político sobre ela, mas nada foi comprovado até então, mesmo porque a vida pacata de Yijun sequer suspeita do passado de intrigas pelo qual Hangwu passou."
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Mensagempor Madrüga em 09 Jan 2008, 23:41

É uma história bacana, Mirallatos; ela agora aponta para uma coisa que eu odeio, mas cuja necessidade está se começando a fazer premente: criar uma linha do tempo.
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Mensagempor Mirallatos em 11 Jan 2008, 10:02

Sim, eu acho necessário. Aliás, todo criador de histórias que se prese precisa de um fluxograma. Caso contrário se perde. E como o cenário é para ambientar histórias...o mestre vai precisar. Mas que não seja uma regra intocável sobre o mundo.:wacko:
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