Dragão tropical
Esse lagarto vive em selvas úmidas. Embora chegue a ser maior do que um boi em casos extremos, o dragão tropical geralmente é pouco maior que um crocodilo. De escamas esverdeadas e crista avermelhada, esse réptil impressiona pela dentição e sentidos aguçados. É um caçador nato, astuto e veloz, e sobrevive geralmente se alimentando de pequenos animais; para isso, ele conta com um curioso método de captura: o dragão tropical é capaz de cuspir uma secreção viscosa que prende suas presas, lentamente se enrijecendo em contato com o ar e amolecendo levemente a carne da vítima. A mordida venenosa é o golpe final para uma vítima, que perde suas funções motoras e não consegue mais escapar.
Embora seja menos territorial do que os dragões alados, o dragão tropical defende sua ninhada com unhas e dentes. Embora tenda a fugir quando estiver ferido, ele pode ter rompantes de fúria apavorantes quando acuado, e lutará até a morte para poder escapar. É comum ver um dragão perto de seu ninho, e muitos mantêm uma mesma companheira pela vida toda.
A carne do dragão tropical é geralmente desprezada por sua dureza e sabor forte. Contudo, seu couro é bastante visado para a feitura de armaduras (além de ter uma conotação de bravura em certas culturas), e diversos de seus órgãos são importantes para a medicina e a alquimia.
Dragão do pântano
Típico de mangues, pântanos e florestas úmidas com pouca luz solar, esse lagarto tem muito em comum com o dragão tropical, embora seja ligeiramente menor e mais esguio. Predador noturno, o dragão do pântano tem um olfato incrivelmente aguçado: "tateando" com sua língua, ele consegue discernir odores, diferenças de umidade e temperatura e, principalmente, movimento. Dotado de uma visão noturna rudimentar, esse réptil é extremamente sensível à luz forte, que pode desorientá-lo.
Apesar de menos sutil que o dragão tropical, o dragão do pântano também expele uma gosma viscosa para capturar suas vítimas; entretanto, ao invés de paralisá-las, o jorro gástrico do réptil fere e dissolve a pele de suas vítimas enquanto prepara a carne para a deglutição. A agressividade do ácido se explica pela dentição do dragão do pântano: com menos músculos envolvidos na mordida e com dentes menos afiados, o caçador precisa utilizar seu suco gástrico mesmo contra presas indefesas.
Um dos mais bestiais dragões de que se tem notícia, a fera do pântano é territorial e agressiva, chegando a praticar canibalismo e, após o acasalamento, matar o macho e se alimentar dele durante a incubação dos ovos. Presas menos afortunadas descobrem que esse lagarto é capaz de expelir uma pequena nuvem de gás irritante quando ameaçado, e que seus dentes carregam uma peçonha que adormece os músculos. Certamente é difícil caçar dragões do pântano, e por isso mesmo seu couro negro, sangue e vísceras são bastante visados por fazedores de armadura, curandeiros e alquimistas.