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[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 16 Mai 2009, 23:47
por Emil
Olá a todos!

Vocês devem se lembrar de mim como aquele chato que aparece nos tópicos de vocês fazendo perguntas exdrúxulas e levantando questões cri-cris e muito pouco práticas e relevantes! Pois bem, chegou a hora da vingaça: posto aqui o reino que eu comecei a desenvolver para o cenário, e você podem meter o pau, encarnar nos detalhes, criticar e dar sugestões. E é claro, serão muito bem vindos!

O Madruga e o Youkai já sabem em quem é baseado, vamos ver se vocês adivinham.

Ele ainda não está pronto, mas aos poucos e com a ajuda de vocês, eu vou atualizando.

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 16 Mai 2009, 23:54
por Emil
Chemkrë
Principado Livre de Chemkrëbyuch



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Gentílico: Chemkri
Idioma oficial: Chemkri
Regime: Principado
Regente Atual: Príncipe Ekmek Hetum
Exportações: Artesanatos, manufaturados, caprinos, equinos, ovinos, matéria prima de Avkhass, etc.
Importações: Itens alquímicos, artesanato, bovinos, armas.
Principais Cidades: Cothris (sede do governo), Antarr, Arevmutk', Chakat, Hank'ahor, Mijin, Niisí, Sahman, Tsov.
Demografia racial: 85% humanos, 10% cinocéfalos, 2% privodnaha 2% fnugsata, 1% outras raças.

Características Gerais


Quando a travessia leste-oeste se faz necessária, seja para chegar ou para sair de Tervat, todos os viajantes experientes concordam: a pequena e heterogênea nação de Chemkrë, a oeste de Daguna e ao sul de Avkhass, é a opção mais segura; tão mais segura, que é quase a única opção, uma vez que não existe trilha conhecida pelos caminhos mutantes da grande floresta, e as terras da Liga dos Povos do Norte se mostram pouco convidativas, dado os conflitos recorrentes entre seus habitantes e Tervat. Como há algum tempo caravana atrás de caravana atravessa Chemkrë esperando uma viagem tranquila, a maioria dos habitantes e governos locais já aprendeu que o esforço para que os viajantes continuem indo e vindo pode ser bem recompensado através de pedágios, impostos, bem como pela venda de estadia, provisões e proteção.

Enquanto se fique dentro das rotas comerciais, Chemkrë talvez seja o reino mais hospitaleiro a estrangeiros. Em parte porque a população sabe que o comércio e as riquezas locais dependem muito dos estrangeiros, mas também muito graças à religião do Uno, que é a religião oficial do estado, e desde sempre pregou a tolerância às diferenças, e a abordagem preferencialmente neutra nas resoluções de conflitos. Com efeito, apesar do passado de diversas invasões e ocupações estrangeiras, a Igreja Chemkri do Uno conseguiu manter uma rede de templos e monastérios que foram e são fundamentais para a unificação do reino. Além disso, embora não seja parte do governo oficial, a Igreja Chemkri é um dos mais valorosos aliados do poder central, e geralmente é a instituição que faz a via diplomática nas relações com Daguna, e media os conflitos entre os clãs na parte oriental do território. Por fim, a Igreja foi a criadora e desenvolvedora da escrita chemkri, e seus mosteiros estão munidos de vastas bibliotecas, com livros e pergaminhos sobre os mais variados assuntos. Com efeito, todos os anos centenas de sábios de todas as partes do mundo visitam a biblioteca de Nitsakrocou, na capital Cothris, e foi de um dos pergaminhos de lá que os cinocéfalos conseguiram parte das instruções necessárias à confecção da pasta preta que é capaz de conter o avanço de Avkhass.

Para quem olha de fora, Chemkrë parece pacífica e facilmente administrável. Mas o príncipe Emek Hetum sabe que sua situação não é simples. Longe da rota comercial, a heterogeneidade dos costumes não é tão bem resolvida e aceita quanto a relação tranquila com os viajantes deixa transparecer, e aqui e ali, e talvez acolá, ressentimentos antigos parecem ressurgir, e se a situação não for resolvida logo, talvez ele e a Igreja tenham uma rebelião em suas mãos. Além disso, a nobreza ocidental se tornou preguiçosa e decadente, e parece estar interessada apenas em arrecadar e gastar os impostos dos viajantes e comerciantes locais, o que a vem tornando um aliado político inconveniente. O príncipe já percebeu, mas sua corte ainda não, que os comerciantes estão mais organizados e já são a principal influência política e cultural no oeste. Por outro lado, no leste, a Igreja vem ganhando força, e nas áreas mais distantes já eclipsam seu poder. Como diminuir o poder de um aliado sem perdê-lo é a dúvida que assombra o sono de Emek Hetum, dizem as más línguas. Como se já não houvessem acordos demais com as nações e instituições ao redor, acordos que resolvem problemas a curto prazo mas apontam para complicações a médio e a longo. Os setores mais fiéis ao príncipe estão procurando desesperadamente por informações que deem a Chemkrë alguma vantagem no momento da revisão.

Religiões


Religiões Organizadas


A religião do Uno é a religião oficial do estado de Chemkrë, organizada como Igreja Chemkri do Uno. O principal efeito disso é que a Igreja Chemkri funciona como uma das intituições do estado, cuja importância só é superada pela figura do príncipe. De fato, a Igreja exerceu papel fundamental em diversos acordos políticos com as nações ao redor, e seu crescente papel de entidade mediadora das disputas dos clãs orientais faz com que por vezes seus braços sejam os braços mais longos com que o poder central pode contar. Além disso, por ter se configurado historicamente como uma organização quase sempre pacífica, suas construções, como mosteiros e igrejas, sofreram um pouco menos com as sucessivas invasões. Esta rede de construções preservadas possibilitou à Igreja uma enorme vantagem estratégica, o que garantiu que qualquer poder político interessado em unificar o território chemkri sempre precisasse de seu apoio. Além disso, a Igreja funciona como uma guardiã do conhecimento em Chemkrë: é responsável pela escrita, pelas bibliotecas, por grande parte do conhecimento arcano, e pelo estudo da mácula. Como a maioria das religiões do Uno, o número sagrado é o oito, mas as semelhanças com as outras vertentes param por aí. Diferentemente de suas contra-partes em Daguna e em Tervat, a Igreja em Chemkrë é muito mais heterogênea. Enquanto ao redor do mundo os clérigos do Uno usaram as crenças das populações para convertê-las, os diversos costumes chemkri foram sendo incorporados aos ritos sagrados, de maneira que hoje a religião tem uma cara diferente em cada lugar. Por exemplo, é permitido o sacerdócio entre as mulheres, principalmente por causa das culturas matriarcais do norte, e os ritos de passagem orientais ainda são cumpridos como eram antes da chegada da religião àquelas bandas. Aliás, os ritos de passagem se imiscuíram entre os sacramentos do uno, e boa parte dos religiosos teve que cumpri-los.

Religiões Não Organizadas


Embora a Igreja do Uno seja hegemônica em Chemkrë, as antigas tradições resistem, em alguns lugares mais discretamente, em outros abertamente. O assunto vem chamando atenção até mesmo dos leigos, graças a um movimento conhecido como Manuk-Hag, atuante principalmente no norte do país. Não se trata de uma única tradição ou uma única religião, mas de um conjunto de hábitos e cultos sufocados pela presença da religião do Uno que de alguma maneira não foram completamente assimilados, ou resistiram à assimilação. Assim, nas aldeias distantes das grandes cidades, mais longe dos braços do príncipe e da Igreja, sobrevivem cultos matriarcais de respeito aos espíritos da floresta, pequenas culturas panteístas, famílias patriarcais que creem que o futuro pode ser vislumbrado no limo das pedras mais lisas, cultos à fertilidade, e toda uma miríade de exemplos e misturas. Aos poucos, habitantes das grandes cidades estão ouvindo falar da persistência dessas tradições. Alguns temem, alguns aproveitam para respirar aliviados e praticar sua fé escondidos, sabendo que em algum lugar mais alguém mantém a chama do passado viva.

Instituições, organizações, guildas


A hegemonia de Chemkrë como rota comercial e sua ascensão a reino independente de Tervat possibilitaram o surgimento e a instalação de novos grupos e interesses convivendo lado a lado com as antigas instituições do território. Os mais proeminentes são:

Os Clãs Orientais

Enquanto a vida no lado ocidental de Chemkrë se volta cada vez mais para a divisão do trabalho e a organização das cidades em torno do comércio para as classes mais baixas, e em torno de cortes, para o estamento mais alto, a vida social no leste está organizada em grandes clãs familiares, patriarcais. Muitos ainda se comportam de maneira nômade ou semi nômade, resquícios de um passado longínquo. Antes da unificação do território, a principal atividade desses clãs era a criação de cavalos e a guerra. Ainda são exímios guerreiros montados, e sua habilidade com o arco e flecha é lendária, embora também se valham de espadas, lanças, e outras armas que os novos tempos trouxeram; nunca deixaram de ser a principal arma do exército chemkri, mas atualmente, agora que são aliados, não guerreiam entre si: a guerra foi substituída por jogos sazonais de força (que muitos dos povos civilizados abominariam) mediados pela Igreja.

O maior clã oriental, a quem todos os outros clãs respondem, é Achkhen, o Clã da Pedra Azul. O atual patriarca, Ishkhan Achkhen, é chamado entre os nobres ocidentais de Príncipe do Oriente, tamanha sua influência. Quando há guerra contra inimigos externos a Chemkrë, é responsabilidade dele reunir todos os outros clãs e formar o exército montado. O nome vem de uma pedra de cor azul muito escura, quase preta, encontrada no leito dos rios subterrâneos. Os membros mais altos na hierarquia do clã têm autorização para usar em suas flechas pontas de achkhen lascada.

Guildas e serviços

Se por um lado a nobreza ocidental vem perdendo força e importância, os comerciantes aprenderam a tirar proveito da nova configuração chemkri, e a Guilda dos Comerciantes de Chemkrë é um dos muitos reflexos disso. A organização procura homogeneizar os preços das mercadorias, lutar por descontos nos impostos e organizar caravanas comerciais. Estão sempre a procura de mercenários, seja para cuidar da segurança das viagens e das mercadorias, seja para outros serviços que possam requerir mais cuidado.

Ordens

Os Manuk-Hag não são exatamente um clã, ou uma guilda, ou uma ordem. Na verdade, são quase como um movimento heterogêneo não muito organizado, que tenta manter as tradições antigas vivas, resistindo ao avanço da Igreja Chemkri. Em geral, são ligados às religiões xamânicas existentes antes da expansão da religião do Uno. Costumam se declarar abertamente no norte, mas manter a discrição e agir quase como uma sociedade secreta no resto do território. Podem ser nobres do leste fingindo-se convertidos à Igreja do Uno para conseguir vantagens e alianças, e evitar perseguições, ou membros importantes e descontentes de clãs orientais tentando minar o poder da Igreja e do clã Achkhen

A Ordem da Flor Celeste vem chamando a atenção das autoridades de Chemkrë e de Tervat. Como a proibição da magia arcana em Tervat, muitos magos e feiticeiros e bruxos se tornaram párias por lá. A Ordem da Flor Celeste estabeleceu contatos no país vizinho e trabalha resgatando e trazendo os perseguidos para Chemkrë, onde a prática da magia é permitida. Longe de ter objetivos altruístas, a ordem cobra como preço do resgate dinheiro, itens raros, ou que os resgatados dividam segredos arcanos, entre outras coisas.

Por todo território chemkri, há rumores sobre uma ordem chamada Pálido Negro. Diz-se à boca pequena que é um grupo muito fechado dentro da Igreja do Uno, obcecado pelo estudo da mácula. Alguns membros se tornaram tão ávidos pelo conhecimento que chegaram a cometer atos hediondos para macularem seu corpo e suas almas e assim atingir a compreensão absoluta do fenômeno. A maioria da população, entretanto, acho que isso não passa de boataria, e a Igreja nega veemente a existência de tal grupo.

Organizações Criminosas

Se você precisa de uma loja que não venda mercadorias, mas as resgate, você deve procurar a Loja Pailag Maritzá, diz-se nas ruas de Cothris. É uma organização criminosa que trabalha para a nobreza e os comerciantes mais ricos de Chemkrë, porque seu preço é alto. Extorsão e influência sobre o pequeno comércio são para pequenas gangues, atacar e dizimar caravanas são atos de mortos de fome. Os membros da loja agem com mais discrição, e especializaram-se em peças raras. São mestres nas artes de camuflagem, furtividade e fuga, e preferem evitar combates desncessários. De fato, só lutam se for absolutamente necessário. Um dito famoso em Cothris é: “Se você lutou com alguém que se dizia membro da Loja, então você lutou com um mentiroso.”

Instituições

A Igreja Chemkri do Uno conta com o Protetorado Pétreo, também conhecido como Protetorado Único, ou, mais informalmente, Proteção Divina. Ao contrário de outros lugares, onde a Igreja é a lei absoluta, o Protetorado se ocupa apenas de assuntos internos ao clero. Seus integrantes fazem a guarda dos mosteiros, acompanham membros do corpo da Igreja em missões diplomáticas e peregrinações, e muito raramente dão (ou pedem) conselhos estratégicos aos exércitos do príncipe, às milícias das cidades e aos clãs orientais. Embora atualmente O Protetorado Pétreo mantenha-se restritos aos assuntos religiosos, no passado participou ativamente da tomada de Naotsof. A sede da instituição está localizada na cidade de Chakat.

Principais áreas e cidades


Chemkrë Ocidental

É a parte mais rica de Chemkrë, e onde os olhos do príncipe estão mais presentes; afinal, a capital, Cothris, fica no lado oeste do reino. Também é onde os impostos são mais altos, os produtos mais caros e as cidades mais bem construídas. O poder do dinheiro, e portanto dos comerciantes, cresce a cada dia, e eles já são a principal força motora da sociedade aqui, embora a nobreza decadente ainda seja detentora do status de estamento hegemônico. A influência de Tervat é notável, e a atual moda entre a nobreza é manter residências nos arredores de Arevmutk', para escapar da “vida dura” das cidades e ficar mais perto das últimas notícias do reino vizinho. Ekmek Hetum não se importa, e na verdade ele prefere assim. Os olhos mais atentos já perceberam que ele tem buscado alianças com o verdadeiro poder em Cothris, e tentado aproximar os comerciantes da capital aos de Niisí e de Tsov.

Considerada o divisor entre oeste e leste, está Chakat, lar do mosteiro sede do Protetorado Pétreo, o braço militar da Igreja. Historicamente, é o ponto de união dos povos de Chemkrë antes das grandes batalhas. Mas, com a rota comercial, toda uma vida social e uma cidade real vêm se formando em torno do mosteiro, e tanto a Igreja quanto o Protetorado não sabem bem o que fazer com isso: preferiam a privacidade e a falta de movimento do passado.

Chemkrë Oriental

Menos povoado que o oeste, o leste de Chemkrë é território ocupado pelos diversos clãs orientais. As terras são mais secas e rochosas, e as populações aqui vivem da criação de caprinos e ovinos que podem se alimentar da vegetação dura e resistente do solo chemkri. Faz parte da tradição local saber localizar pontos possíveis para a construção de poços artesanais, já que a maior parte da água é subterrânea. Os vilarejos são distantes uns dos outros, e há muitos resquícios da herança nômade, portanto é mais comum que viajantes peçam abrigo nos Mosteiros. Graças à rota comercial algumas cidades começam a florescer, mas elas não se comparam às cidades do oeste. Entretanto, é possível parar para reabastecer provisões, conseguir hospedagem, trocar as montarias, e os preços são menores que os ocidentais, porque os impostos são menores. A exceção fica por conta de Sahman, a última cidade. Entreposto comercial entre Daguna e Chemkrë, o comércio explodiu nos últimos anos, e a cidade cresceu desenfreadamente. Como os braços da lei demoram para chegar, alguns espertos e ou desesperados por vezes se passam por membros do governo e cobram impostos ilegais e criminosos. Geralmente é fácil identificar os amadores e iniciantes pelo nome absurdo que dão aos impostos, mas sempre há os que dominam as artes da sutileza.

Antigamente, os clãs viviam em guerras entre si, mas desde a unificação do território, essas guerras foram substituídas por jogos de batalhas – violentos mas não tão mortais – geralmente sediados nos carredores de Mijin. A influência da igreja vem se tornando mais forte, ela é mediadora dos conflitos entre os clãs e juíza dos jogos. Não é incomum que protetores e sacerdotes recém ordenados sejam designados para estas bandas para cumprir tal papel. Os mais inquietos e menos disciplinados são mandados para regiões mais problemáticas e distantes, geralmente como castigo ou para aprenderem lições de humildade. Eles não ficam abandonados, geralmente iniciantes provindos de famílias ou de clãs proeminentes são apontados como auxiliares, para facilitar o diálogo e a aceitação: a população oriental é um pouco mais fechada e reservada.


A Fronteira Norte

Uma das áreas mais heterogêneas do reino é a fronteira com Avkhass. Os costumes podem mudar completamente à distância de uma cavalgada, e aqui se podem ser encontradas as cidades mais hostis com estrangeiros e visitantes. Alguns são descendentes dos antigos moradores da antiga nação de Naotsof, e consideram-se traídos pelos povos da floresta e pelos chemkri; são abertamente hostis para com fiéis do Uno, e recentemente muitos se alistaram nas filas do movimento que deseja manter a tradição xamânica viva.

As sociedades por aqui tendem a ser matriarcais, dizem que por influência das populações drefsa e privodnaha. Para quem deseja explorar Avkhass, as comunidades chemkri da fronteira são um bom lugar para se hospedar, conseguir informações, dicas e às vezes até contatos. Nas cidades que não se consideram herdeiros de Naotsof, como em Antarr, às vezes é possível encontrar privodnahas menos tímidos caminhando curiosamente entre a população local. E frequentemente a Igreja Chemkri do Uno tenta estabelecer um contato mais cordial com as populações de Hank'ahor, dizem alguns tentando ganhar novamente a simpatia dos povos do norte, dizem outros com segundas intenções em mente.

Áreas selvagens e despovoadas


A Rota Comercial
A rota cruza o território chemkri no sentido leste-oeste, passando pelo maior número de cidades, para que os viajantes possam descansar, renovar ou conseguir mais provisões e pagar mais impostos e tributos. As estradas são relativamente seguras, mas às vezes podem ser alvo de bandidos e saqueadores. Recomenda-se muito cuidado aos viajantes, especialmente longe das cidades. Viajar sozinho não é boa ideia, e as caravanas costumam contratar mercenários para o serviço de proteção.

Fora de Rota
É muito fácil perder-se em Chemkrë. Embora haja uma rota oficial, por vezes comerciantes e viajantes com pouco dinheiro buscam caminhos alternativos pra evitar impostos e a burocracia que vai ficando mais confusa e corrupta conforme a distância da capital afasta. Alguns sortudos conseguem encontrar atalhos, mas sempre se está sujeito a ataques de bandos de saqueadores, a cruzar o território de um clã hostil, e até sofrer ataques de coiotes e lobos. Há relatos de caravanas inteiras que se perderam e restou apenas um sobrevivente para relatar o ataque de versões enormes, ferozes e terríveis desses animais.

As águas secretas
É conhecido o fato de a grande maioria dos rios em Chemkrë ser subterrânea. Viajantes perdidos já morreram sem saber que estavam a alguns metros da entrada de uma caverna onde poderiam saciar sua sede e salvar sua vida. Essas águas fazem parte da tradição chemkri – em muitos lugares estão ligados aos ritos de passagem para a vida adulta – de tal maneira que a Igreja as tornou parte de seu culto. Embora haja pontos de contato mais conhecidos, por todo território de Chemkrë há pequenas cavernas que levam a enormes túneis subterrâneos, com o teto alto o suficiente para permitir que um bote ou uma canoa navegue com facilidade. Os moradores do norte recomendam cuidado ao explorar tais cavernas, pois muitas se ligam às redes de túneis dos fnugsata, e eles não gostam de curiosos. Também há relatos de que os túneis seriam habitados por uma raça humanoide reptiliana, mas a maioria das pessoas é cética quanto a isso, pois nunca foram encontrados vestígios de moradia não fnugsata para comprovar os relatos.

Ganchos para aventuras


Chemkrë é a terra das oportunidades para mercenários, heróis e outros aventureiros. Os PJs podem ser contratados para viajar junto com caravanas comerciais. Nobres ligados ao poder central e o próprio príncipe sempre estão dispostos a pagar boas recompensas a quem trouxer informação que possa trazer vantagem na hora de rever os acordos políticos. A Igreja organiza buscas para encontrar monastérios perdidos, objetos sagrados, e quando não, sempre precisa de um auxílio no que diz respeito às disputas internas dos clãs orientais. Enquanto isso, sociedades como os Manuk-Hai gostariam de colocar as mãos nas anotações sobre os antigos costumes que estão restritas ao alto clero... E sempre há a possibilidade de uma rebelião dos herdeiros de Naotsof. Quando ela acontecer, qual o lado a ser defendido?

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Mai 2009, 02:02
por Youkai X
Quando eu dei a idéia de Chemkrëbyuch eu tinha pensado no fonema CH tendo o som do CH (tanto o inicial quanto o final) do espanhol XD

Mas é uma boa tu pensar em quais sons cada letra ou'dígrafo representa, Emil. Como por exemplo o que diferencia a letra C da K, a função do W (se é o mesmo som do alemão ou se é uma semivogal)além do XH (que nào entendi qual fonema seria esse). Enfim, fazer um guia alfabético XD



que é algo que tenho que fazer com meus idiomas criados


O bom de Chemkrëbyuch é que ela já começou com algumas possibilidades de ganchos e retrata bem como é viver em uma regiào tensa, numa ponte entre o Oriente e Ocidente.


É só eu ou a religião do Uno merece ser melhor explicada e ter um tópico próprio?

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Mai 2009, 02:16
por Emil
Então, eu também acho que a religião do Uno já merece um tópico próprio! O madruga me mostrou o que ele já escreveu sobre, eu gostei muito e pensei nalgumas variantes! E nós já temos três lugares onde ela é majoritária.

Também precisamos criar um tópico pra padronizar a escrita. O que vai dar muito trabalho, dar discussões, e ser basicamente o tipo de coisa que eu gosto: cricri e com muitos detalhes facilmente ignoráveis! \o/


E o som Xh e uma das aspiradas do grego, bem próxima ao aspirado do alemão que eu pensei que era o ch final, e que provavelmente eu vou mudar pra Kh, mas ele pega menos no fundo da garganta, se eu lembro bem. Algo como o que alguns cariocas falam em carro [ca.xu].

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Mai 2009, 11:30
por Youkai X
É, naquele tópico abandonado dos troncos lingüísticos é um bom local para colocar o padrão de escrita de cada povo (já fiz com o Madruga a amostra dos fonemas do idioma de neerghul).

Agora falta você colocar quais as principais cidades do reino, importações/exportações, como é o povo por lá, geografia (topografia, vegetação, fauna), a cultura desse povo, etc.


e quem sabe alguma tradição louvável de arqueiros. talvez montados :P

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Mai 2009, 13:00
por Emil
Youkai X escreveu:É, naquele tópico abandonado dos troncos lingüísticos é um bom local para colocar o padrão de escrita de cada povo (já fiz com o Madruga a amostra dos fonemas do idioma de neerghul).

Agora falta você colocar quais as principais cidades do reino, importações/exportações, como é o povo por lá, geografia (topografia, vegetação, fauna), a cultura desse povo, etc.


e quem sabe alguma tradição louvável de arqueiros. talvez montados :P


Sim, sim, durante as semanas eu devo aumentar os informações sobre o reino... porque o que eu postei até agora, se duvidar, tem mais informações sobre os vizinhos.

Léderon escreveu:
Emil escreveu:a notação fonética seria algo como [ʃɛm.krə.'bʏu.χ], ou chém - krã (ou aquele ë de galerë) - bi(aredonda a boca pra fazer o u mas faz som de i, mais ou menos igual às vogais arredondadas do francês)u - rrr (tipo fazendo um monte de erre no fundo da garganta, quase um gargarejinho de saliva).


*explode a cabeça*

Gente, não é por nada não, mas virou pré-requisito ter nomes estranhos assim, pra entrar no cenário?
Não é pura implicância minha. Acho que já é demais. Sério mesmo.


Os nomes estão estranhos, mas eu gosto deles. Talvez eu simplifique um pouco a pronúncia, porque ela está de explodir a cabeça memso. Mas observe que quando eu estou falando (falando mesmo, expressando oralmente) sobre Chemkrëbyuch, eu não falo [ʃɛm.krə.'bʏu.χ] -- caceta, metade desses sons aí nem existem na nossa língua! Eu jogo logo o [ʃẽⁿ.kɾe.'biu.ʃi] (ou, chen - kre - biú - chi), sem me preocupar como seria a pronúncia "de verdade", mais ou menos como um explorador de língua portuguesa faria ao relatar sua viagem. O nome dos países de verdade em suas línguas também é estranho pra nós. Caramba, England e Deutschland viram Inglaterra e Alemanha, e esses caras moram na metade de cá do mundo! Pô, até a origem dos idiomas é comum (indo-europeu e tal), então a gente tem uns fonemas próximos e tal, e já muda tudo. Imagine um tal de Zhōngguó! Ou Nippon-koku! Já pensou esses caras na reunião de "Que nome dar ao nosso país" discutindo "perae, galerë! Não vamos usar nossa distinção de tom nas vogais do nome do país não, porque aí dois terços dos povos do resto do mundo não vão saber falar direito".

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 21 Mar 2010, 20:58
por Emil
Alou, galeras!

Tive um tempinho e resolvi atualizar as coisas aqui. Vocês devem notar um novo box na postagem original, falando sobre a Igreja Chemkrëbyuchiana do Uno. Contém um pouco da estrutura da Igreja.

Nas próximas postagens, eu pretendo falar sobre algumas lendas, e talvez já trazer uma lista dos principais mosteiros da Igreja. Ah sim, e também especificar um pouco melhor como funciona cada uma das áreas pelas quais o conselho dos oito é responsável.

Por favor, leiam, encontrem erros, contradições, desçam o pau!

Abraços!

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 22 Mar 2010, 00:57
por Madrüga
Acabei de ler. Ficou muito bacana, bem organizado e tudo. Agora dá para organizar isso muito bem num contexto de aventuras, saber a mando de quem um PJ pode sair pelo mundo e... deu uma razão legal para o cisma com o Pyodinn. Curti essa interligação.

Eu quero ver agora qual é a relação do reino com a floresta de Avkhass e se a tolerância pregada pelos mandamentos do Uno permitiria que homens-planta andassem pelas ruas.

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 22 Mar 2010, 01:08
por Emil
Eu quero ver agora qual é a relação do reino com a floresta de Avkhass e se a tolerância pregada pelos mandamentos do Uno permitiria que homens-planta andassem pelas ruas.


Putz, eu também quero ver! :bwaha: Estou deixando essa relação espinhosa com Avkhass pra depois, e tenho certeza que isso ainda vai voltar pra me morder. Estou matutando aqui como chemkrëbyuchear a coisa...

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Jul 2010, 21:24
por Emil
Desculpem pelo post duplo, mas arrumei a descrição do reino conforme o padrão proposto e adicionei novas informações. Ainda faltam algumas coisas, como as religiões xamânicas, as cidades e si, e os principais mosteiros da Igreja, mas acho que já dá pra jogar com o que tem, não?

Ah sim, e finalmente mudei o nome do Reino, que passa a ser conhecido oficialmente como Chemkrë, e não mais Chemkrëbyuch. E o povo, de chemkrëbyucheano, passa a se chamar chemkri.

Depois dos comentários, volto com uma pequena lenda local.

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Jul 2010, 22:28
por Léderon
Emil, precisamos sentar juntinhos um dia ( :hmmm: ) e fazer um esquema Chemrë-Daguna.
As duas como bastiões da Igreja do Uno ~necessitam~ de uma superinteração!

[Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 17 Jul 2010, 23:21
por Youkai X
Li a nova versão de Chemkrë e ficou bem legal mesmo. Só falta falar das cidades. E precisaria ao menos de uma cidade de destaque na porçào oriental, pra servir de contato com Daguna e as rotas do oriente.

Re: [Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 07 Set 2010, 21:44
por Madrüga
Segundo post editado com o lindíssimo mapinha de Chemkrë, cortesia do Léderon. :wub:

Re: [Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 08 Set 2010, 23:17
por Emil
Editei mais uma vez, com as seguintes modificações:

:seta: Adicionei os nomes das cidades;

:seta: Mudei as Características Gerais pra algo mais jogável e menos histórico;

:seta: Organizei a parte de religiões. Retirei os detalhes da Igreja Chemkri do Uno, e volto a postá-los numa outra mensagem, neste mesmo tópico.

:seta: Reorganizei a parte de Instituições, Organizações, Guildas, e criei novos grupos;

:seta: Dividi Principais Áreas e Cidades em Chemkrë Ocidental, Chemkrë Oriental e Fronteira Norte. Adicionei os nomes das cidades em cada área.

Próximas atualizações: Pretendo revisar o texto sobre a Igreja Chemkri, criar textos para algumas das cidades e para os grupos que agem em Chemkrë.

Dicas, críticas, sugestões?

Re: [Reino] Chemkrë

MensagemEnviado: 09 Set 2010, 09:39
por Léderon
Inevitavelmente estou lendo este texto com os pés enfiados aqui no solo de Daguna.

Chemkrë é um lindo. Só o fato de ser "A Passagem" pro Ocidente já torna o reino interessante e passivo de todo tipo de coisa legal acontecer ali. Tem potencial pra ser super-rica, dada a importância da Rota Comercial e os pedagiozinhos colocados pelo governo.

Vendo agora a maneira como a Igreja se estabeleceu em Chemkrë, a ligação com espiritual com Daguna é linda, glamourosa e terrível. Aqui, tolerantes à diferença; lá, fundamentalistas burocráticos. Isso pode meio que criar um ranço entre os estrangeiros que viajam pela grande estrada; "as duas nações estão sob a mesma égide", pensam. Se entram por Chemkrë, assustam-se com a opressão de Daguna e, se entram por esta, surpreendem-se com a abertura chemkri. Gostei da visão de templos mais institucionais, mas separados do governo.

A nobreza decadente e a balança pendente que se tornou o governo ficou muito bom, Emi.

A religião do Uno tão aberta aos costumes do povo, e integrada às diferentes regiões da nação, ficou MUITO legal, outro contraste com a enrijecida e tramitosa Igreja de Daguna. O avivamento das tradições antigas ali nas aldeias também é muito bom, e podemos desenvolver umas coisas ali pra abranger não só Chemkrë-Daguna, como também alguma parte de Tervat e quem sabe alguns outros reinos do Centro e até do Oriente, como Pndapetzim Gavagai e talvez um trecho de Phaak Mlat. Poderíamos criar umas ruínas com arquitetura em comum nesses pontos, coisas assim. :hum:

Jogos de força dos Clãs Orientais = EPIC WIN. Deve ser um espetáculo.
Lembrei das touradas de Nova Mesh. XD

Será que os Achkhen fariam investidas em Avkhass? Poderiam ser pagos para escoltar alquimistas e cientistas do Observatório de Irashir, por baixo dos panos, sem que a Igreja de Daguna soubesse - tampouco a de Chemkrë? :hum:

Às DEMAS características do reino:

Os Manuk-Hag são SUPER aliados dos Drizuntu. :pidao: Adorei as outras ordens, também. Ficaram bem originais e com a cara de Chemkrë, bem como as cidades. Gostei muito de Chakat e do Protetorado Pétreo (amei o nome). As Águas Secretas são feitas de amor.