[Mini-Continente Norte] Povos humanos

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

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[Mini-Continente Norte] Povos humanos

Mensagempor Youkai X em 31 Ago 2007, 00:15

E aqui vai o material sobre os povos humanos do Norte.

Entre as geleiras imponentes que formam o Desfiladeiro dos Mil Ventos Ferozes, as enormes planíes preenchidas de nevascas atrozes e vez ou outra ocupada por pastos férteis ocupados por mamíferos enormes, mares bravios e habitados por uma grande variedade de peixes e monstros, habitam diversos povos humanos.
Os principais povos humanos são divididos em dois tipos raciais distintos. Um deles veio do outro continente, tendo um parentesco muito forte com os povos Azahar, que formam o fragmerntado proto-reino de Neerghul. O outro tipo são povos nativos de feições mongolóides, semelhantes a esquimós, tendo estatura entre 1,45 a 1,65 metros de altura, 55 a 70 kilos, corpo robusto, pele escura, face muito arredondada, nariz plano e pequeno, olhos muito puxados e cabelos negros, lisos e duros.

Os povos oriundos do outro continente e parentes dos neerghulyenus são em especial as etnias Ghahur e Khapörotull. Povos ferozes e belicosos, que já exterminaram e assimilaram no passado dezenas de etnias locais. Aos poucos tais guerreiros destemidos foram adentrando o pequeno continente e tomando as planícies Hakakilta, construindo suas cidades-fortaleza e fundando os pequenos e ferozes reinos de Aghulshi, Nürükielyai, Puzhu'ikalar, Khezhurvem e Imiskhug. Os cinco reinos sempre mantiveram desavenças profundas entre si e a partir do momento em que as cinco grandes fortalezas foram erguidas os outros povos do norte puderam perceber a súbita diminuição das incursões violentas desses homens ferozes contra eles. Tudo devido ao clima constante de cautela que as cinco nações-fortaleza tem por conta do resultado da guerra que se seguiu após a fundação delas. Tal guerra foi tão sangrenta e brutal que ficou conhecida como Guerra Afugentadora de Demônios, onde consideraram que até demônios e espíritos cruéis se aterrorizaram ante tamanha brutalidade, sendo que mesmo hoje em dia é possível achar pelos pastos grandes pilhas de ossos enegrecidos por resquícios de sangue, tubérculos que crescem de forma a assumir a aparência de rostos humanos retorcidos e súbito enlouquecimentos de animais, além dos ecos sinistros semeados pelos ventos gélidos e severos que invadem pelo inverno. Relatos de ataques de demônios e espíritos retorcidos são freqüentes e de fato por boa parte do continente a aparição de monstros grotescos que vagam pelas sombras se tornou constante após a época de guerras entre as cinco nações e duas etnias. Atualmente os cinco reinos apenas promovem um grande torneio de lutas entre tropas de infantaria e cavalaria, em um festival que ocorre no último dia de sol do ano, de forma a que os resultados delas e os direitos sobre determinadas minas e pastos fiquem para a nação vencedora do ano e as tensões entre elas possam ser descarregadas, além de assim se manterem mais focadas ao inverno rigoroso e aparições de espíritos e monstros.


Depois eu coloco um resumo sobre os outros povos humanos do mini-continente Norte.
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[Mini-Continente Norte] Povos humanos

Mensagempor Youkai X em 04 Set 2007, 03:10

- Essas pessoas mais parecem ratos de toca que seres humanos!
- Pois estes ratos continuam vivos depois das nevascas que assolaram mais da metade de nossos soldados!

-- General Hööreki Ülymazhezla, em resposta ao presunçoso capitão Nokhamleik Ghüleshtik, num jantar realizado na Ceia da Amizade, onde os Khapörotul e Ghahur decidem parar com as guerras contra os povos nativos do continente.


No Norte a vida é muito dura devido ao seu clima impiedoso e bestas ferozes. E mesmo nessas condições tão rigorosas há povos de seres humanos que desde incontáveis milênios chamam estes ermos gélidos de lar. Conhecidos genericamente pelos povos Ghahur e Khapörotull como "kikit" (nome de um pequeno roedor atarracado que se abriga em tocas feitas com neve), pelo modo como esses povos conheceram as primeiras etnias nativas do local e pelo modo de abrigo desses povos, muitos já extintos. Mesmo assim ainda há espalhado pelo continente diversos povos dos humanos originais de tais vastidões. A maioria desses povos tem pele escura, cabewlos lisos, duros e negros, corpo pequeno e ligeiramente atarracado, e feições mongolóides, semelhantes a esquimós

"Nascemos encobertos pelos mantos das peles dos hapak e morremos sob a proteção de amuletos feitos de chifres de hapak"

-- Ñupa'akila kanamuilticha, Xamã da tribo Hurulupikakiptuni do povo Kaapip-ha.


Os Kaapip-ha são um povo de nômades pastores de hapak, um tipo de alce gigante e pré-histórico nativo do continente, que vagam pelos campos férteis mas não menos árduos de Mi'inalakichati, encrustrados pelo sudeste-leste dos Desfiladeiros dos Mil Ventos Ferozes. Sua cultura é quase toda centrada na figura do hapak e no uso extensivo de suas partes para todo tipo de uso, desde comida, abrigos, jóias, vestimentas, componentes de magias e rituais, remédios a até armas criadas com base em pedaços de galhadas.

Sociedade: Tribal e nômade. A aldeia é liderada pelos pastores mais velhos e experientes, chamados de Rimkulikna. Formam um grupo de 6 e decidem quase todos os aspectos da aldeia, embora sempre estejam sujeitos aos conselhos dos xamãs, aqui representados por mulheres e cuja xamã mais velha tem o titulo de "imkihichiturpuhipik" (matriarca-xamã, embora em geral para designar matriarcas sempre usem em conjunto com a palavra imkihichi, que significa xamã no idioma local). Em geral na aldeia os homens executam o trabalho de pastorear os hapak, cuidar dos cães pastores e afastar os predadores e povos inimigos. Já as mulheres cuidam da confecção dos diversos ítens feitos a partir dos hapak, do trato com vegetais e dos rituais mágicos espirituais em geral. A parte do escasso comércio com outros povos é considerado uma atividade livre de gênero e tanto homens quanto mulheres participam. No mais a sociedade é praticamente igualitária, tendo cada família sua própria tenda (chamada de "litkat"). Os anciões fazem suas reuniões em uma tenda maior que é erigida apenas nos momentos essenciais (a "ankalkuturaplitkatku", ou tenda das reuniões importantes). As reuniões das xamãs são feitas fora da aldeia, em geral pelos paredões de gelo das geleiras próximas.

Religião: Os Kaapip-ha seguem crenças xamânicas. A maior parte das atividades religiosas são exercidas por mulheres, aliás a própria palavra para xamã/intermediário do mundo espiritual no idioma deles tem uma forte conotação feminina, detalhe esse que faz os kaapip-ha desconfiarem seriamente da sexualidade de xamãs masculinos de origem estrangeira. Os kaapip-ha em geral cultuam os espíritos dos antepassados e de um conceito de avatar de uma espécie de animal (mahukupaatmiñiktahiraluulpatar), que seria uma espécie de semi-deus que representa uma espécide de animal. Obviamente o mahukupaatmiñiktahiraluulpatar mais cultuado e reverenciado será o que representa os hapak, seguido pelo que representa os cães. Ocasionais sacrifícios são oferecidos em nome dos mahukupaatmiñiktahitaluulpatar que representam os lobos, ursos e mamíferos maiores e mais ferozes para que os kaapip-ha não sofram maiores inconvenientes com eles. Uma preocupação grande das xamãs é a aparição nos últimos séculos de vparios espíritos demoníacos sedentos por sangue, oriundos do oeste. Outro temor muito grande dos kaapip-ha são com o povo manhul, que no passado remoto os manhul usavam muito de seus dons de encanto sobrenaturais para levar as tribos de nômades que se aproximassem de seus territórios para a perdição, fazendo com que os kaapip-ha os julguem como um tipo de sereias malignas (poucos kaapip-ha chegaram de fato perto o bastante para distinguir um manhul homem de uma mulher, considerando todos como mulheres).

Idioma: os kaapip-ha tem como idioma o Taptapur. A acentuação desse idioma recai sobre a antepenúltima sílaba e as palavras de duas sílabas são planas e sem acentuação. Tem 3 vogais (A,I,U), sendo que elas podem ser longas ou curtas. As consoantes são P, T, K, H, M, N, R, L, Ñ, LL e CH. O esquema é Consoante Vogal (Consoante), tendo algumas palavras que começam com vogal. Não possui ditongos e nem mesmo encontros consonatais legítimos (exemplo: a palavra rakral[concha] não se pronuncia o krr como se fosse no inglês ou português, e sim rak-ral). O L sempre se mantém com som de L, nunca virando semivogal caso termine a sílaba. O R sempre terá o som da R da língua espanhola. Sua gramática é aglutinativa do tipo polissintética, podendo aghrupar muitos afixos e palavras para formar uma palavra muito comprida com um significado muito específico. Segue o padrão Sujeito-Objeto-Verbo. As palavras possuem gênero masculinoe feminino, sendo que normalmente as palavras cuja última sílaba tenha a vogal "i" tende a ser feminina. Também suas palavras dse declinam em casos, sendo estes o Nominativo, Acusativo, Dativo, Genitivo, Instrumental, Ablativo, Partitivo e Locativo. Seus verbos se flexionam entre passado e presente/futuro.

Estilo de combate: os kaapip-ha em geral quando resolvem lutar adotam estratégias de matilha, e usando seus cães como recurso extra de batalha. Algumas vezes em campos abertos as xamãs usam alguns hapak especialmente criados para servirem de companheiro delas, sendo bestas ferozes e poderosas em batalha. Como armas usam normalmente lanças, azagaias e escudos. Quando o combate fica mais próximo eles usam as punhukaparu'inak, que são uma espécie de "espada" feita com galhadas de hapak. Alguns guerreiros recebem dons vindos das xamãs. Estes guerreiros especiais são chamados de kunmu'ikimrallachakpahu, sendo os soldados mais prestigiados da aldeia.

Classes Favorecidas em geral: caçador, guerreiro sagrado (caso seja possível uma variante mais primitiva), xamã.

continuo com os outros povos mais tarde :P
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Mensagempor Madrüga em 16 Set 2007, 11:42

Dei uma editada para a interface ficar mais amigável, Youkai. E realmente as relações são interessantes (parece que teremos muitas cidades-estado), parece que teremos uma teia complexa de povos no norte... uma coisa louvável, visto que o clichê de povos do norte é um bando de bárbaros em frenesi pseudovaregues.

Você só tem que parar com duas coisas: descrições "over"-detalhadas de idiomas e palavras como mahukupaatmiñiktahiraluulpatar... pense nas pessoas que vão ter de jogar e pronunciar isso. Fora que, com o tempo, o excesso de uso de símbolos e tamanho de palavras está deixando seus idiomas muito parecidos!
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Mensagempor Youkai X em 16 Set 2007, 13:47

Estamos em um impasse, ao mesmo tempo queria que as descrições de alguns aspectos desses povos que crio continuassem "over"-detalhados, mas como não travar o leitor ocasional? Como?! Como!? Será que a descrição normal fica resumida e com a "tradução em português ou algum termo "vulgar" (que seria mais curto e em oposição as palavras longas) enquanto haveria uma caixa em separado com as tais descrições detalhadas para ler quem quiser?. Quando eu fizer os povos ocidentais que vivem no Norte espero que mude bastante o aspecto das palavras e derivados, pois não notei tanto assim que eu tenha usado muitos símbolos (depois de um certo povo-pássaro eu nunca mais exagerei que nem lá).
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Mensagempor Madrüga em 16 Set 2007, 22:30

Eu sei que é ambicioso demais falar sobre "suplementos", mas acho que o básico de um povo deve seguir linhas gerais. Quer dizer, um texto mais leve, abrangente e interessante. Logo haveria uma possibilidade de se detalhar melhor, em outro espaço.
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