Led, eu não tinha pensado ainda na obtenção do crãnio (reli rapidamente o texto, pois me esqueço com facilidade), mas uma caça sagrada parece interessante; contudo, dado o status sagrado do tigre, não sei se é viável que os caras saiam matando os bichos. De se pensar mesmo.
Quanto a críticas no nível do texto, espero ansiosamente,

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Seth, o problema de Neerghul é justamente a transição da época do assentamento. Enquanto os mais velhos se agarram a certos valores, os mais novos estão formando uma geração bastante diferente do tradicional; por exemplo, se era considerado indigno exercer a profissão de mercador¹ (por ser covarde, por explorar os "irmãos", etc), agora muitos jovens de famílias abastadas e não-nobres estão rapidamente formando espécie de burguesia comercial. E são esses os proponentes da extinção dos rituais de passagem, por exemplo, pois têm mais contato com outras culturas e consideram que o ritual não tem serventia para os que desejam ser artesãos, mascates, e assim por diante.
É claro que uma força de tradição absurda, vinda dos conselhos de anciãos, dos líderes religiosos e seculares e mesmo dos mais velhos, suprime esse pensamento. Assim sendo, os guerreiros são um grupo de prestígio decadente; têm sua grande importância pelas campanhas que ainda são travadas, mas a expansão desenfreada de Neerghul está no passado. Eles já anexaram alguns povos, estão se assentando e grandes exércitos começam a parecer obsoletos, exceto em campanhas contra os Shusk'o e guerras internas com outras cidades.
A maior parte dos pais quer que os filhos sirvam nas campanhas, com grande orgulho. Os guerreiros são geralmente respeitados e numerosos o suficiente para que não seja necessário existir uma milícia de controle nas cidades (eles são disciplinados), embora algumas vezes eles mesmos tentem se aproveitar desse status abusando de comerciantes e artesãos, o que gera brigas menores e envolvimento de juízes e sacerdotes.
Já os sacerdotes são geralmente os segundos-em-comando. As mães podem ser as transmissoras da cultura no nível da família, mas os sacerdotes são os mantenedores dos valores e tradições no nível da comunidade toda. Ser sacerdote depende de uma mistura de aptidão mística e contatos familiares e/ou políticos; afinal, existe uma pequena quantidade de "milagres" que são esperados do xamã, e um sacerdote incompetente, mesmo com costas quentes, não dura muito. Os xamãs são mediadores de duelos, contadores de histórias, receptáculos dos espíritos, curandeiros, etc.
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Pensando, por exemplo, nos comerciantes judeus entre os cossacos: maltratados e desprezados, mas parte indispensável da comunidade.