MEUS MEDOS
Meus medos vêm em vagões lotados
gargalham em volta da forca
E depois da Valsa das Botas Vermelhas
Fazem cara feia
Eles vão, mas voltam
Nos achados e perdidos da rodoviária
As telas roubadas do museu
Moeda inútil que a mão apalpa
São muitos martelos para um mesmo prego
Imaginação fazendo gol contra
Garotos e a loção de barba no front
Garatéia que o mudo abocanha