E se minha mente se afogar
em meio a palavras e pensamentos?
Em meio a falsos sofrimentos?
O que devo eu fazer?
Como devo eu proceder
quando meu pensamento falha?
E quando eu sou os dois lados da batalha,
meu Deus, como hei de ganhar?
É possível se ferir
com um tiro feito de ilusão?
Bom, pelo sim, pelo não,
dessa batalha eu quero fugir.
Afinal, ela pode nem existir.
Mas enquanto eu achar que ela exista…
Clamo: mente minha, não insista.
Senão…
você há de partir.
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Procurei fazer rimas interpoladas, sendo as duas primeiras estrofes com rimas trocadas entre si. Por uma coincidência, acabou que as três rimas de verbos foram, respectivamente, da primeira, segunda e terceira conjugações.
Não liguei muito para a métrica (aliás, não liguei nada), e quanto à formação de estrofes, mesmo com cinco estrofes, podem ser consideradas quatro estrofes de quatro versos cada (os dois últimos podem contar como um, acho. Eu só quebrei-os para dar a sensação de hesitação).
Quanto ao conteúdo... simplesmente me ocorreu, num momento de inspiração.
Quanto ao título... desencana, nunca foi meu forte.
É isso, avaliem e comentem, por favor.