Spell RPG

Poema bem antigo, se não me engano já havia postado-o na antiga Spell Brasil.
Eu havia escrito uma descrição da ocasião sob a qual o escrevi, mas desisti. Acho melhor cada um dar sua conotação, além de ser desnecessário falar de mim aqui.



Recordar é Morrer


Vê, o tempo não aprimora nada
Deixou o amor com cheiro de mofo
Afogou as chances de começar de novo
Acho que o amor morreu

Vê, recordar é morrer
Algumas coisas ficam pra sempre na carne-viva
Ardem, tecem e torcem que o amor reviva
Mas acho que o amor morreu

Vê, o segredo é não sentir nada
Felizes são as portas, os livros, as nuvens
Feliz é a madrugada
Que sempre volta para escurecer


Eu queria mesmo é chover
Me derramar sobre todos, ser sugado pela terra
Fazer algo florescer

Mas o que escorre dentro de mim é pouco
Enferruja essa face de aço
Mancha meu sorriso oco


Já faz um tempo, estou guardado
Por favor me deixe apodrecer

Ai que bonito!
hauahauahauahauahaua
As figuras que propôs, os versos da madrugada...muito bonito, ofuscou facilmente a abordagem da face não bela do amor.

Eu acho que você não se enganou não, deve ter postado em outros tempos, ou então me mandou pelo MSN, porque me lembro desse trabalho. E me lembro que você havia falado da situação que te levou a criá-lo (o que não quer dizer que eu lembre disso agora ).

E poxa, como é difícil esquecer alguns sentimentos...

Parabéns Pedrão
Abraço.


Dahak Out

Gostei, pena que pouco (nada de util) tenho a comentar.

Eu acredito que tenha postado na antiga spell sim, pois vagamente lembro-me dele.

Bom parabens.

Você tem coisas muito boas Sampaio! Assim como o Malka, eu não tenho nada pra dizer de significativo. Mas eu gostei muito, principalmente do jeito como termina; meus parabéns!

As figuras que propôs, os versos da madrugada...muito bonito, ofuscou facilmente a abordagem da face não bela do amor.

É por aí mesmo. Não é um poema sobre um sentimento agradável, muito pleo contrário, quase um nihilismo do amor.

Eu acredito que tenha postado na antiga spell sim, pois vagamente lembro-me dele.

Tb acho muito provável. Isos pq recentemente minha mãe jogou todos os meus cadernos com todos os meus escritos no lixo (não sei ao certo quantos, mas devem ter ido embora mais de 400 escritos). Não foi proposital - embora tenha sido MUITO displicente, ela estava fazendo uma limpeza e julgou que eram cadernos velhos e pronto. Escritos desde os 11 anos hoje dormem no lixão.

Portanto, os únicos que sobraram são os que tenho aqui no computador, que são em grande maioria, os que só passei para o PC para postar na Spell.
Logo, chance enorme de, a não ser que seja uma produção novíssima, eu ficar postando velharia repetida.

E obrigado a todos pelos elogios!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Parece aqueles fábulas que nos deixam uma moral do dia: cuidado com mães determinadas a arrumar o quarto de seus filhos.
Hauhauahauahauahaua

Eu também perdi muitos escritos, muitos mesmos. Mas com formatações que não deveriam ter ocorrido (erros de técnicos), vírus e etc.
Ah, tem uns que coloquei senha (e não sei a razã disso), mas não sei mais a senha =P


Que bom que não viajei além da conta no poema ^^"
Aqueles versos da madrugada foram meus favoritos. Achei bem criativo.


Dahak Out

É um fato, você o tinha colocado na antiga Spell. Me lembro perfeitamente dele. Lembro tanto que passeando pelo fórum olhei o título hoje e achei tão familiar que pensei já ter comentado.

É um poema pungente. Faz quem está abestalhado cair em si.^^

A leitura é fluida, e transborda imagens bem poéticas mesmo, como a madrugada, a chuva personificada no eu-lírico (embora apenas como desejo), entre outras.

Eu me lembro de ter rasgado uma seda danada sobre esse poema quando o vi pela primeira vez. Me trouxe lembranças boas. (Irônico que um poema assim traga lembranças boas, não? Hihihihi...)

Chero!

Sei que não tem nada a ver Sampaio, mas hoje pela manhã eu lia sobre o Taoismo e encontrei uma referência sobre as "sombras do passado", os grilhões lançados pelas lembranças e a não-vida decorrente disso. Interessante até.

Eu já conhecia este.

Elara escreveu: (Irônico que um poema assim traga lembranças boas, não? Hihihihi...)

Fato.
Ocorreu comigo, inclusive. Pensei a mesma coisa que você


Dahak Out

Parece aqueles fábulas que nos deixam uma moral do dia: cuidado com mães determinadas a arrumar o quarto de seus filhos.
Hauhauahauahauahaua

Pois é cara, fiquei frustradíssimo!

Elara: Muito obrigado! Vc sabe que seus elogios significam muito pra mim, já que admiro bastante o que escreve.



Mirallatos: Pode até ter a ver. Não coloquei nada disso intencionalmente, mas como leio taoísmo desde criança é possível que de uma forma ou de outra as influências tenham aparecido aí.