o azar era um tempo de cansaço
não havia espaço entre mim
e a corda que me cingia
não havia luz que iluminasse
a vaporosa história que escrevia
com o pesar das minhas chagas
no mar, sem porto ao qual me atracasse,
nos redemoinhos de existência me escondia,
e esperava o fim da tormenta
por fim (fim que nunca houve)
a vasta solidão era o único caminho;
um caminho pelo qual, por ser solidão, ninguém passava