Spell RPG

Olá.

É um poema antigo, data de uns 2 anos atrás, não sei ao certo. Fruto de uma insônia, isso eu me lembro, mas não recordo de tê-lo postado em nenhuma versão da Spell.

Apreciem. E se possível, comentem.

Chero.

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Suicídio

Na noite do meio do nada
Neste claro e abafado quarto
No fim da longa estrada
No mato.

O suicídio do último
Insondável arfar
Incontido no profundo íntimo
Deu-se o derradeiro suspirar.

A morte visita
É doce
Delicada incita
Com sua grande foice
O ato do suicidar.

Se é triste a vida
As horas são longas
O fim convida
Sem mais delongas
Simplesmente terminar.

Porque amanhã
Começa novamente
Mundana morte vã
Que nunca se desmente!

De que adianta
Minguar no vácuo
De uma Igreja Santa
Cheia de dízimo máculo?

De que adianta
Fechar as janelas
Se há tanta
Hipocrisia e mazelas?

De que adianta
A estrada pavimentada
Se a noite espanta
A solitária alma indomada?

De que adianta
A relva
Se é ela que implanta
A selva?

Em que o mato
Mata
Do veneno herbal
Todo o mal
Das flores na foice
Da morte
Ao suicidar-se
E sair pela porta
E desistir
Porque amanhã existe
Ainda.

(Elara Leite)

Muito bom, se me permite elogiar.

Versos livres ein... Mas enfim, melhor assim que tentando erroneamente acertar a metrica. ^^'

O suicídio do último
Insondável arfar
Incontido no profundo íntimo
Deu-se o derradeiro suspirar.

Gostei muito dessa parte. Continue colocando seus maravilhosos texto na spel viu ^^

Bjo,
Malka

Ai Lala. Você é formidável, sabia?

Já tá no meu top 5 de suas produções.
Vi tantas coisas em seus versos...
Críticas, dúvidas, força, certezas e tudo repleto em magia.
E disse muito que eu gostaria de dizer, mas que por vezes fica entalado.

Muito, muito bom.
Excelente em todo o sentido da palavra.

Queria escrever assim!

Só me resta uma dúvida: "Na noite do meio do nada"
É "do meio do nada" mesmo ou seria "no meio do nada"?

Eis um trabalho que justifica porque sou tão seu fã.

Beijão.


Dahak Out

So good, Miss Elara ;D
E é um prazer ler textos teus de novo!
Beeijo ;*

Quando vi seu nome por aqui bateu uma nostalgia.

Fluido e musical. A temática ah... Liricamente banal! Verdades repetidas mas que não perdem sua força. Mas afora os elogios posso dizer que ainda falta algo que ligue o poema inteiro afora o tema. A musicalidade está presa nas estrofes e dificilmente passa sem perda de uma à outra.

Olá,

Bem, estive procurando os originais do poema e descobri que ele tem mais tempo do que eu imaginava. Na verdade tem mais de 3 anos.

Malka,

Os versos livres são meus favoritos mesmo. A métrica nunca foi minha amiga. Brigada pelo quot. Na verdade esse é um dos meus poemas favoritos, apesar do tema não ser muito original.

Dahak,

Owww... São seus olhos. =P

Bom, não sei como é pra escrever assim. Eu simplesmente deixo rolar. E organizo as composições depois.

Sobre aquele verso, é para dar a impressão de que a noite é uma "noite do meio do nada", isto é, que surge de repente. Se eu colocasse "no meio do nada", daria a idéia de lugar, o que não era a minha intenção.

Lorde Asriel,

Nunca mais te vi on no msn. Ainda é o mesmo?

O prazer é meu de ter leitores como vc. =*

Mirallatos,

Pow, eu tou nostálgica há uma semana...

Sr. Personna,

Realmente, muito banal. Concordo com vc. Também concordo com a perda de musicalidade de uma estrofe para a outra, mas foi proposital, para dar a impressão de que cada estrofe termina em si mesma, suicida-se para retornar na seguinte, inconstante como o eu-lírico, que ao final desiste.

Chero pra todos!

Aaaaaaah sim!
Agora entendi ^^"
É algo que dificilmente me ocorreria. Mas agora que explicou está mais claro =)

Anseio por mais!!!
hauiahaohiaohaio

beijão!


Dahak Out