Balanço
Não,
não sei se quero
nem se consigo
Sei que me dói
tomar à mão:
lápis, papel...
mas, preciso!
Perdi as palavras,
soltaram-se,
libertaram-se,
caíram da folha
e já não são mais palavras,
não há mãos que as segurem
porque são tantas
belas, leves,
e se perdem.
Não,
não vou mais poemar,
poemas são para as musas,
e a minha dormiu, sem sinal.
Frama.