Fiz esse trabalho pra meu bardo declamar numa enrascada com um dragão. Deus certo em parte. Eu achei ele no meio de uns papeis, e posto aqui.
Dragões, Dragões, Dragões!
Aos Dragões, que sejam alimentados!
Um, dois, upa, bem comportados!
Notem a curiosa, real, harmonia e beleza,
Da escama, garra, bafo, asa, e da presa!
Ó, Dragão branco, orc gargântuântico,
Ainda prefiro ser um ogro nojento, mas forte,
Que me ver sobrepujado, se tanto,
Por versos que me tiram o senso de norte.
Ó dragão negro, que se refestela n’água,
De ti guardo recordações insossas, inócuas,
De um ser que vive apenas para poluir
E em meio a algas negras seu sono dormir.
Eis cá o Dragão de escamas azuis, celestes,
Sobrevivente de todas as intempéries,
Temível rei do grande deserto de areia,
O chão zumbe, e a morte a todos chega...
Dragão Verde, as coisas agora se aquietam,
Nas profundezas das selvas que lhe cercam,
O lado maligno do microcosmo desperta,
E se revela mais forte o grão-predador.
Dragão vermelho, o mais imponente,
O mais belo, mais inconseqüente,
A maldade levada a um extremo sem volta,
Poucos bafos-de-fogo o mundo comporta...
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Seth