A partir daqui, tudo o que argumentarmos será uma discussão vazia sobre uma terceira pessoa.
Ou não. Todo debate é fundamentado em argumentos, em exposições e principalmente opiniões. Se debato sobre uma idéia não a alcanço tanto quanto não alcançaria um sujeito, um individuo, em seu "âmago" ou coisa do tipo.
Circulamos em volta de aproximações o tempo todo, e só o fato de usarmos linguagem como troca de signos já demonstra isso.
A discussão seria tão vazia como qualquer outro debate a sério - e ouso dizer até relevante - sobre um assunto.
Continuo considerando o que vc disse como preconceito. E seu segundo comentário reforça mais ainda a coisa, acrescentando inclusive um grau acentuado de machismo.
Um acentuado grau de praticidade e deboche, mas nem sempre isso é compreendido.
Praticidade pq de fato uma mulher com um corpão mas pouco a contribuir para o mundo com suas idéias, deve ao menos contribuir com seu corpão oras! Meus olhos agradecem.
E deboche pq... Bem, acho que está consideravelmente claro.
Ademais, graduações não dizem nada a respeito de ninguém, é verdade, mas fazem alguém deixar (ou pelo menos demonstrar interesse em) de ser mediano (no sentido mais pejorativo da palavra, que é o que transpareceu por aqui).
Claro, bacana pra ela. Acho que ela deveria inclusive investir nisso.
Olha só o Júnior, da dupla Sandy&Junior. Quando era famoso era um completo boçal em todos os sentidos (musicais, idéias, etc).
Começou a estudar bastante Música e, embora tenha perdido grande parte da fama, queimo minha lingua ao dizer que tornou-se um músico com bom potencial.
E eu acho bacana a Claudia Leite tocar vilão/guitarra em algumas de suas musicas no show. Já é uma evolução para com a maioria do ramo (o que não quer dizer muita coisa, mas enfim...).
E mediano, medíocre e outros termos que denotam MÉDIO, de fato querem dizer...médios. Não chamo-a de abaixo da média, pq o fato é que infelizmente a maioria da população tem um nivel critico e intelectual semelhante ao dela. Ou seja, de pessoas demagogas, moralistas, raramente capazes de pensar por conta própria e que ainda sim gostam de acreditar ter uma sabedoria letente.
Não que isso seja uma coisa boa, mas apenas quis dizer o que disse: ela é uma pessoa mediana.
De todo modo, vou fazer uma coisa. Envio esse material aqui no fórum para a assessoria dela, e de repente ela mesma pode se manifestar, respondendo se é demagoga ou não. Que acha?
Acho excelente!
Mas acho que não devemos ter muita esperança de aparecerem, e se aparecerem acho ainda mais improvável que estejam dispostos a um debate ou a ouvir e acolher críticas.
Cordel é escrito por gente sem instrução.
Repente então...
Axé tem origens afrobasileiras...
Samba também...(eu disse samba, não essa merda de Bossa Nova).
Faço das palavras do Personna as minhas:
Cordel, Repente, Samba e até mesmo o axé tem preocupações estilísticas, de ritmo e sonoridade.
O cordel e o Repente então... Patativa do Assaré compõe em redondilha maior seus versos, fazendo uso de rimas ricas e figuras linguisticas de primeira.
Sim, em linguagem regionalista mas está bem preocupado com a beleza de seus versos.
E acrescento: considerar Bossa Nova uma merda é dar atestado de ignorância, no mínimo musical.
Também considero válido o uso estético da Linguagem Internética, casaria perfeitamente num poema sobre amor virtual ou qualquer coisa que valha... Mas ali só aparece para afundar mais o poema.
Completamente de acordo.
O que vemos nessa "obra" da Cláudia Leitte é exatamente isso: uma arte pasteurizada ao extremo sendo consumida por massas semi-cultas. E temos uma artista satisfazendo sua necessidade de ter multiplos talentos legitimada pelos resultados oriundos da Semana de Arte Moderna e pela Industria Cultural.
Achei muito interessante toda sua breve análise. Lembra-me um pouco de um artigo que escrevi (ou esbocei) chamado " Conhecimento Fordista" aonde critico o tipo de conhecimento em massa, padronizado, massificado, linear, etc.
Obviamente o mesmo se aplica a qualquer feixe cultural.
Só discordo, e bastante, da relação com a Semana da Arte Moderna. Ela abriu o leque de possibilidades poéticas, e inclusive acho bacana Claudia Leite, Joãozinho ou Maria escreverem poemas em seus cadernos ou blogs. Estão apropriando-se de uma forma de linguagem e expressão e que de fato não têm dono, para expressarem-se. Isso é lindo.
A Semana é grande contribuidora disso, mas não do fato da Claudia, do Joãozinho ou da Maria fazerem poemas ruins. É ótimo que eles escrevam, mas isso não quer dizer que temos de consumir o que eles escrevem. Temos de saber selecionar poesia boa de poesia ruim. A ruptura da Semana só entra aí ao ampliar o leque, demonstrando que poesia boa não é necessariamente poesia metrificada.
Não podemos culpa-la pela qualidade de nossos pseudo-poetas.
Ou vc considera que a maioria das poesias apresentadas na Semana (e poetas que lá se apresentaram e deram voz a esse manifesto) de fato eram poesias ruins?