Tragédia

Tragédia
Ataualpa S. Pereira
Sim, coração. Morreu do coração.
Sim sinhô moço caiu bem onde estou,
debateu pra caramba, aí enfartou.
Bem sete no relógio da estação.
Ah! Sim, a moça. Veio em aflição:
“Deus, levanta! Levanta!”...suspirou.
É, ela endoideceu, foi e se atirou
bem na frente do trem. Que danação!
Seu moço, veja só como da graça,
antes o homem tava aqui no bar
com uma rapariga lá da praça.
A dona, preocupada, procurar
ele resolveu e – Baf! – uma novela...
de todo jeito hoje era o fim dela!
Ataualpa S. Pereira
Sim, coração. Morreu do coração.
Sim sinhô moço caiu bem onde estou,
debateu pra caramba, aí enfartou.
Bem sete no relógio da estação.
Ah! Sim, a moça. Veio em aflição:
“Deus, levanta! Levanta!”...suspirou.
É, ela endoideceu, foi e se atirou
bem na frente do trem. Que danação!
Seu moço, veja só como da graça,
antes o homem tava aqui no bar
com uma rapariga lá da praça.
A dona, preocupada, procurar
ele resolveu e – Baf! – uma novela...
de todo jeito hoje era o fim dela!