Amanhã

Um dos meus poemas favoritos, apesar de um pouco antigo. Espero que gostem e, se possível, comentem.
Chero!
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Amanhã
Estava concentrada
No remexer do meu almoço
No meio daquele alvoroço
Na praça de alimentação sentada.
Repentino
Olho para o outro lado
Lá do outro lado
Alguém sozinho
Como eu.
Lendo um jornal ele estava
E, puxa, como parecia você...
Mas era você amanhã
Maior, grande você.
Mais velho, mais sério
Não menos interessante.
Estava lá.
Sei lá.
Parecia transcender
O futuro
Aquela visão.
Era um momento atemporal
Lá estava, tão casual
Você amanhã.
Tive até vontade
De escrever um poema...
E você
- Amanhã -
Me viu
E me olhou
Da mesma forma de ontem.
Ainda bem que não mudou!
E me olha
Da mesma forma de outrora
Como nunca e sempre
Me olhou.
Ou não.
Ou mais.
Ou além...
Quer saber,
É que eu nem sei.
(Elara Leite)
Chero!
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Amanhã
Estava concentrada
No remexer do meu almoço
No meio daquele alvoroço
Na praça de alimentação sentada.
Repentino
Olho para o outro lado
Lá do outro lado
Alguém sozinho
Como eu.
Lendo um jornal ele estava
E, puxa, como parecia você...
Mas era você amanhã
Maior, grande você.
Mais velho, mais sério
Não menos interessante.
Estava lá.
Sei lá.
Parecia transcender
O futuro
Aquela visão.
Era um momento atemporal
Lá estava, tão casual
Você amanhã.
Tive até vontade
De escrever um poema...
E você
- Amanhã -
Me viu
E me olhou
Da mesma forma de ontem.
Ainda bem que não mudou!
E me olha
Da mesma forma de outrora
Como nunca e sempre
Me olhou.
Ou não.
Ou mais.
Ou além...
Quer saber,
É que eu nem sei.
(Elara Leite)