Spell RPG

Réquiem Para as Almas Profanas



Como a vida nos prega peças... O Ontem estava calmo, claro, harmônico. Os homens cuidavam de seus assuntos mortais, ferindo-se e enganando uns aos outros, livres de sua influência. Ontem eram gado abatido periodicamente para saciar a fome de uns poucos predadores ainda existentes, mantendo o delicado equilíbrio.
O Hoje está imerso em caos por sua culpa e você nem mesmo sabe o porquê. As vezes eu mesmo penso que você possa ser inocente de fato, mas prefiro manter meus pés no chão. A vida como Dhapyr me ensinou muitas coisas sobre realidade e sonhos, principalmente sobre a primeira e mais cruel.

Com o Eclipse veio o Chamado. O Castelo se reergueu mais cedo que devia, trazendo aqueles a quem eu pretendia nunca mais ver diante de meus olhos. Eu sei que você ouve uma voz vinda de seu coração, pedindo para que seus pés subam a escadaria rumo ao céu. Chamar aquele lugar de Paraíso ou Inferno, será uma decisão inteiramente sua. Prefiro me referir ao Castelo como O Castelo do Diabo, mesmo que ele tenha sido o local onde nasci e cresci.

Mas a minha opinião não conta nesse caso.

Por depender de sua escolha, o Amanhã é incerto. Trilhar o caminho da noite salvará ou condenará aos seus amigos. Talvez você consiga a vitória definitiva, se livrando da maldição que o prende aos Belmont. Talvez você se torne uma ameaça para si mesmo ou perca sua batalha interior.

Para mim isso não importa mais.

Tudo o que resta agora é mover nossas peças nesse imenso tabuleiro. Vencerá aquele que melhor manipulá-lo, e isso não será problema para mim. Eu conheço bem seus receios. Eu conheço muito bem a alma que habita seu corpo. Caso você fuja do meu controle, eu o destruirei, assim como fiz em nosso último encontro.

Será meu presente de despedida para a alma que tudo me ensinou sobre a escuridão.

Agora desperte de seu inocente sono, rapaz. A trilha das trevas é muito longa. Seja sábio em suas decisões e terá uma vida longa. E lembre-se, eu estarei te observando onde quer que você esteja...

Algo a ver com aquele conto da Sonia Belmont?

Espero não estar soltando um spoiler.

Chero!

Não. Aquele conto tá de quarentena, porque até hoje não consegui terminar.

Achei muito interessante a forma como essa narrativa difere da narrativa usual dos seus contos de Castlevania.

Achei legal as constatações sobre a própria opinião da personagem.

Inusitado, eu diria.
Gostei =)

Beijão.

Dahak Out

Um herói não tão herói assim? Acho que só eu o vejo desse modo: manipulador, sorrateiro, fela da mãe...

Mas diga, por que você diz que minha narrativa difere do usual?

Gostei mais do começo do texto, quando fala do Ontem e do Hoje de uma forma grandiosa. Mas depois, como não conheço a história de Castlevania, fui me perdendo um pouco . Talvez você pudesse me dar uma luz, Lady, se não for pedir demais

Quanto à narrativa, uma característica forte sua, que é escrever para o leitor de uma forma que ele se sinta dentro do personagem a quem a mensagem se destina. Em certos pontos parece um monólogo, em outras você se vê dialogando com o texto. Lembrei da intro de Pesadelo, que, por sinal, tá fazendo falta no fórum.

Abraços!

Normalmente nos contos de Castle você prima pelo ar gótico, pelo tom preto e branco e vermelho, por um eco lúgubre. Tudo nos conformes da série.

Nesse trabalho, no entanto, vejo que houve uma opção por não focar nesses traços característicos. E isso não é ruim, é apenas uma abordagem diferente, nova e menos comum em relação ao mundo de Castle.


Dahak Out

Talvez você pudesse me dar uma luz, Lady, se não for pedir demais

Claro! É só você aparecer no MSN

Nesse trabalho, no entanto, vejo que houve uma opção por não focar nesses traços característicos.

Imagino que isso seja bom, não?

Amore, me diga uma coisa, é Alucard ou Dracula narrando td?! No inicio pensei ser Alucard, depois fiquei com a nitida "certeza" de ser o Dracula?

Bem, não gostei muito desse conto, ficou um tanto melodramático, soou como se arrastasse, como reclamação de velha.

Resolveu tratar da vampirada nos fics e esqueceu o povo do chicote foi? rs

Abraços!

Adivinhe qual dos dois é melodramático? Pois é, Alucard.

A base desse conto foi o jogo Aria of Sorrow, que se passa em 2000 e algum coisa. Lá, o rapazinho de trocentos anos não está mais tão amigável quanto nos jogos anteriores. E se continuasse a mesma coisa de 300 anos (aproximadamente 1700 e alguma coisa, o ano em que se passa o Symphony of The Night), seria um tanto forçado, já que ele está sempre metendo o bedelho com relação ao clã Belmont e suas famílias secundárias.

Bem, não gostei muito desse conto, ficou um tanto melodramático, soou como se arrastasse, como reclamação de velha.

Uma pena não ter gostado, amore. Espero que os futuros agradem (mas pra isso eu preciso jogar mais Castlevania )^^

Resolveu tratar da vampirada nos fics e esqueceu o povo do chicote foi?

Hauahuahuaa

Não é o primeiro que deixo os Belmont de lado, amore. E eu prefiro tratar dos vampiros aos Caçadores

Lady Draconnasti escreveu:Imagino que isso seja bom, não?

Pode ter certeza que sim

Dahak Out