Capítulo II - Descobrindo InimigosEstava um dia ensolarado, não refletia nem um pouco o que Rômulo sentia. Rômulo estava sentado no banco onde antes dormia e, a partir de hoje, não poderia mais ali ficar, pois estava sendo demolido. Ele estava angustiado e triste, adorava aquela praça, era um lugar ideal para mendigos como ele. Era horário de almoço dos peões de obra. O dia, de ensolarado, começa a ficar chuvoso. Cai uma intensa chuva e Rômulo se molha todo, não passa nem 5 minutos e alguém, aparentemente uma mulher, pois a capa de chuva não o deixa ver direito, chega próximo a ele e conforme vai se aproximando, Rômulo tem a certeza que era uma mulher. Ela senta ao seu lado e pega um guarda-chuva:
- Para você, não vai querer se molhar mais do que ja ta, ne??? - e solta um lindo sorriso. Era uma linda mulher com cabelos lisos e negros como carvão, pele alva e olhos claros, pareciam verdes ou mel, tinha um corpo monumental, realmente era muito bonita.
Rômulo pegua o guarda-chuva e sorri de volta para a desconhecida:
"O que será que ela quer comigo? Será q foi apenas caridade ou será que ela vai querer algo em troca?"
Enquanto Rômulo pensava, a moça, que parecia ter adivinhado seus pensamentos, diz:
- Não quero nada em troca não. Aliás, quero apenas uma pequena ajuda...
- O que você quer? - retrucou prontamente, enquanto continuava perdido em seus pensamentos.
"Será que ela e como os outros que me sequestraram? Será que é mais um louco querendo que eu me una a algum grupo mais louco ainda?"
Nisso ela interrompe seus pensamentos:
- O que você acha desse mundo de agora, cheio de guerras, destruição e morte? Não seria bem melhor se isso tudo acabasse e pudessemos viver em paz e harmonia?
- Ah, não, você é mais um desses loucos que querem que eu me bandeie para algum lado para derrotar outro lado tão louco quanto vocês! Estou fora! - diz Rômulo enquanto se levantava e vai andando em direção de um restaurante próximo para ver se conseguia restos para o seu "almoço", mas ele não consegue se mover muito mais que dois passos, pois havia algo como uma parede de água a sua frente. - O QUE É ISSO!? DEIXE-ME SAIR DAQUI!
- Infelizmente tenho que ter certeza que você estará comigo ou contra mim, pois poderá representar muito perigo daqui para frente se estiver contra mim.
Ela, com hábeis movimentos de mãos, controla a tal parede de água, que se transforma em uma onda de 2 metros, encobrindo Rômulo e, c/ ele lá dentro, ela estabiliza a parede de água, que fica num formato de um cubo de 2 metros de aresta. Rômulo provavelmente morreria ali. Ela pergunta mais uma vez.
- Então, você está comigo?
Rômulo não consegue respirar, logo não consegue responder.
- Bem, infelizmente terei que matá-lo.
O cubo, que antes tinha 2 metros de aresta, agora tinha 1,8 metros, a pressão estava cada vez aumentando mais e, se Rômulo não morresse afogado, morreria pela pressão da água, pois seu corpo não aguentaria muito mais.
- Foi bom te conhecer.
Ela vira as costas e sai andando, até ouvir uma explosão:
"Hahaha, já deve ter ido para o inferno, hahaha"
E continua a andar quando é interrompida por um grito:
http://www.youtube.com/v/fOWB6rmSd4ITentei fazer como se fosse uma música tema p/ qndo ele se solta do cubo d'água e p/ a batalha, tentem acompanhar apenas o ritmo da música, ignorem a letra ok??? - Ei, você vai aonde? temos algo para resolver, certo, linda?
Rômulo solta uma incrível rajada de fogo na direção da mulher, acertando-a em cheio e derrubando-a em meio a lama q a chuva havia criado. Rômulo estava c/ partes do corpo sangrando, principalmente nariz, boca e ouvidos, por causa da pressão exercida dentro do cubo. Ele também estava extremamente mais forte, pois suas labaredas, antes, saiam no máximo do tamanha de uma maçã e essa que fora atirada em cima da mulher agora, fora do tamanho de uma bola de basquete. Rômulo estava se sentindo muito cansado, mas continua andando em direção a mulher.
- Você já dormiu? Que deselegante! Nosso primeiro encontro e você me trata assim, nem se apresenta. Mas dizem que cavaleiros devem se apresentar primeiro, certo? Bem, meu nome é Rômulo e sou um mendigo, e você, gracinha?
Rômulo novamente cria uma bola de fogo do tamanho de uma bola de basquete em suas mãos.
- Bem, já que não responde, eu te OBRIGO!
Rômulo arremessa sua bola de fogo na direção da mulher, que dá um giro no momento certo, escapando do ataque.
- Realmente, tenho que te "apagar" aqui e agora. Agora entendo o porquê de eu ter sido a escolhida. Sou seu inimigo natural!
Ela forma uma cápsula d'água em volta de Rômulo e rapidamente a fecha, na tentataiva de prendê-lo, mas Rômulo estava diferente, podia ver a fúria em seu olhar, seus olhos pareciam estar vermelhos, em chamas, mas não eram só os olhos, todo seu corpo parece estar entrando em processo de combustão, suas roupas estavam pegando fogo, a água da chuva q caia nele não tocava sua pele e evaporava assim que chegava perto. Ele estava pegando fogo, literalmente. Ele escapa facilmente da cápsula de água.
- Estou vendo que não será nada fácil te derrotar. Por enquanto te deixarei viver, mas a próxima vez q nos encontrarmos, um de nós não continuará vivo!!!
Rômulo cria outra bola de fogo e arremessa em direção a mulher, que se une à água da chuva em seus pés, como se tivesse sendo derretida, como açúcar na água, ela escapa, mas antes ela diz mais uma coisa:
- Meu nome, meu nome é Mary Jane!
Rômulo após ver que ela havia desaparecido, desmaia.
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Rômulo acorda. Ele estava em um local todo branco, em cima de algo macio, parecia ser uma cama. Ele olha para o lado e vê uns aparelhos acoplados a seu corpo, olha p/ outro lado um suporte para soro e seu braço furado, recebendo o soro e ve também uma janela. Onde ele estaria? Enquanto ele se perguntava onde poderia estar, entra pela porta, ao lado direito, uma mulher toda de branco.
- Bom dia, senhor. Enfim acordou, está aqui nesse leito desacordado há pelo menos 5 dias. Precisamos que o senhor nos diga o que lembra, a última coisa que aconteceu com o senhor antes de ter desmaiado. Parece que o senhor foi queimado por algum vândalo, ao menos é o que a perícia disse. Já já, deve estar chegando seu almoço, espero que goste. Dizem que comida de hospital é péssima, mas a daqui é muito boa. - Ela da um sorriso e se retira.
Logo após ela sair o almoço chega. Rômulo tenta sentar-se e consegue com certa dificuldade. O que poderia tê-lo deixado em um estado tão lastimável como esse, teria sido realmente alguem q o pôs fogo? Mas ele nunca se queimara, mesmo quando criança, quando caiu numa fogueira de festa de São João e misteriosamente não teve nenhum arranhão ou queimadura. Ele força sua cabeça enquanto comia e lembra-se da luta que tivera com a controladora de água, da qual ele saiu de controle, e acabou queimando todas suas vestes e, consequentemente, seu corpo também. Quando a enfermeira volta ele pergunta:
- Onde estão minhas vestes ou qualquer coisa que estava comigo?
Ela prontamente responde:
- Nada aguentou ao calor, aparentemente tudo acabou sendo destruido pelo fogo.
Ele reflete:
"Droga, e agora? como poderei entrar em contato com aqueles caras misteriosos se perdi o celular? Droga!"
Ele agradece a enfermeira:
- Obrigado pela informação.
A enfermeira vai em direção a porta e antes de sair, Rõmulo a chama:
- Ah, so mais uma coisa, como vim p/ cá, pois sou indigente e não tenho onde cair? Não poderei pagar a conta desse hospital, que provavelmente deve ser caro.
- O doutor Stuart pediu para que transferissem o senhor para cá. Ele estará pagando suas contas. - E ela se retira.
"Droga, agora estou devendo uma para esse tal de doutor Stuart"
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Passadas umas 3 horas, o doutor Stuart vai visita-lo.
- O paciente da sala 304 já está consciente? que bom, preciso falar com ele. Sabe se ele esta respondendo normalmente?
- Sim, doutor Stuart, ele está respondendo normalmente, quer que eu o acompanhe até o quarto 304? - perguntava a enfermeira que estava cuidando do quarto de Rômulo.
- Não, eu vou la sozinho.
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Rômulo já estava entediado, fazia umas 3 horas que ninguém o visitava, mas essas 3 horas pareciam 30 horas para ele, que estava ali sem poder fazer nada, quando a porta se abre e entra um sujeito todo de branco, parecido com alguém que ele já havia visto antes.
- Ei, eu te conheço. VOCÊ É UM DAQUELES 4 QUE ME SEQUESTRARAM!!!
O doutor da um sorriso de canto de boca e fala:
- Vejo que tem boa memória, senhor, eu era um dos que estavam naquela sala e você é o Rômulo, certo?
- De que te interessa, eu só quero sair daqui e, peraí, o que você quer comigo? Mais um querendo me forçar a entrar para alguma equipe que se diz contra o "mal"? Ou veio me matar mesmo?
O doutor continua sorrindo e fala:
- Acalme-se, vamos apenas conversar!