Dois em um

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Mensagempor MVerde em 28 Abr 2009, 12:40

O título do conto não é esse, realmente são dois contos em um. Pensei esccrever dois contos sobre o mesmo tema usando abordagens diferentes, o resultado vocês podem ver logo abaixo.

-------------------------------------------------------A jovem-------------------------------------------------------
A jovem sonhadora estava colhendo flores quando começou a chover, ela poderia ter voltado para sua casa, para a proteção dos seus pais, mas a jovem garota preferiu buscar abrigo no bosque, perto do campo de flores. Correndo entre as árvores logo avistou uma gruta, a cesta de flores ficou para traz, junto com o lenço branco que prendia seus longos cabelos ruivos.

A jovem exploradora estava dominada, a curiosidade era o único sentimento vivo, o medo que antes a impedia de se aproximar daquele bosque desaparecera. Tantas histórias de jovens donzelas que ao buscar proteção, ou até mesmo divertimento, debaixo da copa das árvores e nunca mais eram vistas, não a assustavam mais. Cada passo aumentava ainda mais a curiosidade, a respiração ficava cada vez mais ofegante, o barulho da chuva parecia distante, o som dos passos ecoavam entre as pedras.

A jovem, de cabelos ruivos, continua sua aventura dentro da gruta, a escuridão reina em seu interior, a garota segue tateando nas paredes frias e húmidas, mas ela não pensa em parar, sua curiosidade a empurra para dentro da escuridão; vários pensamentos brotavam em sua mente: “O que será que existe no fim? Pode ser que exista um grande lago, a julgar pelas paredes húmidas, esse poderia ser meu local secreto, poderia vir aqui todos os dias me lavar e não precisaria ficar preocupada se tem algum homem me espionando. Ou quem sabe... Quem sabe um tesouro escondido?! A praia não está tão distante e já me contaram que piratas costumavam vir até o bosque; se conseguisse esse tesouro eu poderia me casar de uma vez, pagaria todas as dívidas da minha família e compraria todas as terras da região, claro que compraria esse bosque, deve existir outros tesouros escondidos nele.

A jovem sonhadora continuava vagando até que avistou um pequeno ponto luminoso logo a frente, neste momento a curiosidade fraquejou dando espaço para o medo, todas as histórias de donzelas desaparecidas começaram a surgir em sua mente; estavam atrás dela, iriam violá-la, matá-la, a venderiam como escrava, ela não conseguiria se defender. Desesperada, ela resolveu voltar, mesmo sem conseguir ver nada a sua frente começou a correr, seus pais estavam muito longe, não iriam escutar seus gritos, sem contar que isso poderia ajudar seus perseguidores a encontrá-la.

A jovem desesperada continuou correndo, mas o chão estava muito escorregadio... Ela acordou tudo estava escuro, sua cabeça doía muito, havia um líqüido quente em sua nuca, tinha cheiro de sangue... Seus pensamentos estavam confusos, ela queria estar nos braços do seu noivo, mas ela sabia que eles a alcançariam...


-------------------------------------------------Ensinamentos-----------------------------------------------------
É hora de seguir sozinho, sem ajuda de nada nem de ninguém, apenas ele e os ensinamentos de seu pai que permaneceram na memória. Os ensinamentos... Sabia que seriam muito importantes, então mesmo que fossem longos e chatos ele prestou atenção em todos, mas o tempo não perdoa ninguém, tudo aquilo que conseguiu absorver de seu pai parece estar muito distante, ofuscados pelas cortinas do tempo.

Mas ele não fraqueja, sua coragem deve ser o suficiente para substituir o que o tempo devorou. A área está deserta, o sol está quase sumindo, o céu está pintado de vermelho, uma leve brisa vinda do oeste balança a copa das árvores, os pássaros iniciam sua dança de fim de tarde e vão aos poucos pousando em seus ninhos. Ele avista a criatura, neste momento sua coragem é abalada, suas mãos começam a suar, seu coração dispara, fica mais difícil respirar; ele engole seco, tenta buscar novamente a coragem perdida, neste meio tempo um dos ensinamentos de seu pai ecoa em sua mente: “Você nunca derrotará o medo se continuar se escondendo dele.” Isso tinha que acabar, aquela criatura não sairá vitoriosa, ela será domada.

Recuperada a coragem ele se joga sobre a besta, ela toma uma direção não esperada pelo valente jovem, se manter sobre ela é uma tarefa deveras complexa, os artifícios de seu pai o ajudavam mais do que o imaginado. Mas ele consegue, todos os ensinamentos adquiridos com muita paciência e hematomas foram úteis, a fera está domada, o vento no rosto é a recompensa.

Mas novamente o medo governa, ele se lembrou que este não era o caminho planejado, foi a criatura quem o escolheu. E ela parece ter sentido o cheiro do medo, pois tenta jogá-lo no chão balançando a cabeça; a ladeira começa a ficar cada vez mais íngreme, a fera ganha velocidade e vai de encontro... Oh Não! Ela está indo em direção ao meio-fio!

Mais hematomas e esfolados, ele levanta se culpando como pode ter se esquecido de usar os freios, ontem mesmo seu pai lhe ensinou isso umas trinta vezes. Bem, agora é subir a ladeira arrastando a besta, que novamente triunfou; mas ele não desanima, pois amanhã a história será diferente, ela que o aguarde. De qualquer forma ele sabe que o melhor é ir logo, a janta deve estar quase pronta.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 29 Abr 2009, 14:08

Períodos... longos... *morre*
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Mensagempor Léderon em 29 Abr 2009, 15:24

Quanto ao primeiro: repetitivo e desinteressante. Ficar falando "a jovem" isso, "a jovem" aquilo pode até ter sido intencional, mas não ficou legal. Não pra mim, pelo menos. A narrativa no presente poderia ser mudada para uma no passado, também, que ficaria melhor.

Sobre "Ensinamentos": rápido demais!Não dá nem pra visualizar o que está acontecendo com o personagem e, vírgula, a história já vai pra outro lado. Apesar d'eu ter gostado de imaginar a "criatura" e, ao chegar no fim, ver que não era bem aquilo. XD
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Mensagempor MVerde em 29 Abr 2009, 15:58

Léderon escreveu:Quanto ao primeiro: repetitivo e desinteressante. Ficar falando "a jovem" isso, "a jovem" aquilo pode até ter sido intencional, mas não ficou legal. Não pra mim, pelo menos. A narrativa no presente poderia ser mudada para uma no passado, também, que ficaria melhor.

Sobre "Ensinamentos": rápido demais!Não dá nem pra visualizar o que está acontecendo com o personagem e, vírgula, a história já vai pra outro lado. Apesar d'eu ter gostado de imaginar a "criatura" e, ao chegar no fim, ver que não era bem aquilo. XD

Queria realmente saber sobre esse primeiro. Pensei mesmo que ficaria muito repetitivo, só queria escutar uma outra opinião.
Sobre o segundo, ele ficou bem curto mesmo, mas fiquei com mendo de fugir da idéia principal e quando eu vi já tinha feito a conclusão. :b

Lady Draconnasti escreveu:Períodos... longos... *morre*

:mrgreen:
Vou evitar isso nos próximos.
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