A Batalha de Mìr - Capítulo VII [por Elara e Dahak]

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A Batalha de Mìr - Capítulo VII [por Elara e Dahak]

Mensagempor Dahak em 09 Mar 2010, 20:05

Aaaai, gostou?
Depois de dois anos né, tentei me esforçar. Mas devo confessar (e o Ent não me deixa mentir) que a estratégia da água é uma das minhas prediletas e que pensei em usar deeeesde os tempos do rascunho do mapa de Mìr :ops: :linguinha:

E nem me vem com essa de ser difícil superar porque você faz isso num piscar de olhos XD

Beijo Lala.
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A Batalha de Mìr - Capítulo VII [por Elara e Dahak]

Mensagempor Elara em 02 Jun 2010, 16:34

Demorou mas saiu! A inspiração - e o trabalho - não me permitiram postar antes.

Desenho da rainha Kallina no meu DA http://e-lara.deviantart.com/art/Queen- ... -166212226

Apreciem!

Chero!

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A Batalha de Mìr
Capítulo VII – Sangue
Por Elara e Dahak


Pirus e Intravius, reinos de agricultura e pecuária prósperas em Zaría, já haviam caído para o poderio de Eleadna. No céu, a lua avermelhada prenunciava o derramamento de mais sangue, ora encoberta de nuvens, tornando o ambiente mais sombrio, ora mostrando-se totalmente, em uma sinistra dança com os demais corpos celestes.

Kallina, rainha da Crácia, recebia os prenúncios da divindade de seu reino com um tanto de temor, pois sabia que, mediante os rumores e ilhas de fumaça que se levantavam ao longe na paisagem, havia algo prestes a acontecer em suas terras.

O povo da Crácia, entre humanos, elfos e meio-elfos, era familiarizado com a arte de produzir jóias de requinte, comercializadas com todos os reinos de Zaría. Um ou outro cidadão do reino decidia, também, se dedicar às artes da magia e feitiçaria, sendo a própria rainha Kallina muito hábil no controle de elementais e magias de cura.

A Lua era reverenciada por todos. Visitantes logo percebiam essa reverência nos ornamentos, decorações e vestimentas no reino, o que fazia o povo de grande mentalidade religiosa. Outrossim, era um povo alegre e essencialmente noturno, que apreciava festas e tavernas, sendo por isso um ponto obrigatório de passagem de bardos e aventureiros.

E foi dessa forma que Kallina soube do que se tratavam os presságios. Um grupo de aventureiros, de passagem por aquelas terras, solicitou a entrega de um pergaminho chamuscado, com o selo de Zaría, encontrado nos arredores do reino. Partes do documento haviam sido queimadas, mas a essência era entendida pelos que liam os trechos de caligrafia rebuscada: havia uma guerra em andamento.

Kallina solicitou que os mais hábeis feiticeiros e magos fossem convocados urgentemente, para dar andamento às defesas de seu reino e, ainda mais importante, d’A Aliança.

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Eh-Rif parecia não acreditar no que estava ouvindo. Suprimentos de água potável só poderiam durar até duas semanas. Então, o que Manfred estaria imaginando com essa estratégia? – pensou.

— Quanto tempo acha que esse conflito irá durar, meu bom amigo?
— Creio que não há de se estender muito. – respondeu Manfred, parecendo tomar alguns ares de sobriedade.
— E com base em que diz isso?
— Morrendo ou com sede, os habitantes de Eleadna não podem lutar. E a área dos reinos do Norte é composta essencialmente por montanhas, tendo pouco potencial hídrico. – ele se esforçava para falar sem atropelas as palavras, mas sua voz saia um pouco trêmula.
— Pelas nossas anotações de guerra, Pirus e Intravius já caíram e, à medida que povos são aprisionados e escravizados e seus reinos são subjugados, seus suprimentos de água também ficam à disposição do inimigo. – ponderou Eh-Rif.
— O que esperava que eu fizesse? Sem anotações de guerra, sem o retorno dos mensageiros que enviei aos reinos d’A Aliança, não tinha condições de saber o que acontecia nos reinos ao redor. Estive, durante dias, totalmente ilhado! – disse, enquanto jogava o cálice dourado na parede, irritadiço.
— Isso foi antes de nos encontrarmos. Agora, suspenda esse envenenamento, aproveite as informações que lhe entregamos e deixe que eu e meus homens usaremos a velocidade dos vermes de Damna para disseminar as mensagens de guerra por todo o reino.
— Tomarei um banho e eu mesmo cuidarei disso dentro de algumas horas. Agora, amigo Eh-Rif, siga de volta para o seu reino. Um soberano só abandona seu povo brevemente, então, volte e proteja sua esposa e seus súditos. Cuidarei de analisar suas anotações.

Eh-Rif despediu-se com uma vênia. Horas depois, Fevicz receberia novas instruções e procedimentos de guerra.

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Em Damna, era possível sentir a apreensão das mulheres alojadas nas tendas ao redor do oásis principal do reino. Ao redor, centenas de armadilhas estratégicas haviam sido armadas sob a areia, de modo que apenas os habitantes do local saberiam escapar delas.

A princesa Najma se banhava à luz do luar, quando sentiu uma brisa enregelante, que a obrigou a vestir sua túnica e observar ao redor. Ao longe, um grupo de aves carniceiras esvoaçava, demonstrando que muito sangue já havia sido derramado. Seus longos cabelos negros escorreram pelas costas morenas enquanto preparava-se para descer ao salão real, onde o jantar seria servido.

— Onde está papai? – perguntou, ao encontrar sua mãe jantando sozinha.
— Viajou até Zaría para encaminhar os cadernos de guerra ao soberano daquelas terras.
— Ah, e ele ousou não me contar!
— Sim, afinal, sabia que você poderia querer ir com ele.
— E o que haveria de mas nisso? Fui treinada para montar o verme, sei usar a falcione e as lanças de meu povo, isso não faz de mim habilitada para ir?
— Você aqui, deste lado das armadilhas, é a melhor defesa que temos.
— Estou sempre em segundo plano neste reino.
— Todos terão o tempo de mostrar seu valor. E, além do mais, alguém tem que governar e, mais ainda, gerar um homem que possa ser o rei destas terras no futuro. Eu e seu pai já estamos velhos demais para isso.
— E eu, nova demais. Ainda tenho uma guerra para lutar. – comeu sua última fatia de carne e deixou a mesa, sob o silêncio de sua mãe.
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Re: A Batalha de Mìr - Capítulo VII [por Elara e Dahak]

Mensagempor Elara em 03 Dez 2010, 23:37

Mais uma ilustração para Mìr! Tá no meu DA, para quem quiser acessar.

http://e-lara.deviantart.com/#/d345r4f

Antes do fim do ano, o Dahak está prometendo um novo capítulo.

Chero!
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