Inquéritos da Morte
Enviado: 21 Fev 2008, 14:13
Inquéritos da Morte
Sem explicação nenhuma, em sua face abria o sorriso desconcertante. Todo aquele sangue, toda aquela violência, toda aquela desnecessidade, todo aquele desperdício. Toda uma vida traçada até aquele ponto, ponto aquele final para alguém. O sorriso aumentou conforme se aproximava do corpo decapitado. O corte irregular mostrava que mais força que técnica fora usada. Certamente um machado fizera o trabalho, talvez outro armamento de grande porte, porém o golpe fora realizado varias vezes para separar a cabeça do tronco.
Sua mente se lembrava de todas as outras vitimas de casos parecidos, todos decapitados, infelizes criaturas cuja razão fora separada do corpo. Rapidamente voltou a seus inquéritos rígidos sobre o estado do corpo.
Sabia que era um homem, beirando os quarenta anos, vestia-se com classe. A capa verde escuro encharcada de sangue se tornara quase negra. Sua posição de morte fora decúbito dorsal, mas visivelmente fora mudado de posição logo em seguida, pelo rastro de sangue que ali estava. Pertences se mantinham na vitima, dinheiro, jóias e até mesmo a pasta. Excluindo então assalto seguido de homicídio, ou o contrario.
O local, um beco calçado em pedras, era úmido e escuro, e levava até uma região de baixa renda, vide, nenhuma. Havia janelas que serviam de camarote para o local, mas todos negariam ter visto algo. As perguntas que não queriam calar: “O que um homem como o este fazia em uma região tão pobre?” e “Por que alguém mataria esse homem?”. Não sabia responder, mas sabia que ver a morte assim de perto lhe alegra de maneira quase irreal.
Escutou o som da patrulha noturna e saiu correndo, pelo nevoeiro. O machado em mãos, e a mão ensangüentada.
Sem explicação nenhuma, em sua face abria o sorriso desconcertante. Todo aquele sangue, toda aquela violência, toda aquela desnecessidade, todo aquele desperdício. Toda uma vida traçada até aquele ponto, ponto aquele final para alguém. O sorriso aumentou conforme se aproximava do corpo decapitado. O corte irregular mostrava que mais força que técnica fora usada. Certamente um machado fizera o trabalho, talvez outro armamento de grande porte, porém o golpe fora realizado varias vezes para separar a cabeça do tronco.
Sua mente se lembrava de todas as outras vitimas de casos parecidos, todos decapitados, infelizes criaturas cuja razão fora separada do corpo. Rapidamente voltou a seus inquéritos rígidos sobre o estado do corpo.
Sabia que era um homem, beirando os quarenta anos, vestia-se com classe. A capa verde escuro encharcada de sangue se tornara quase negra. Sua posição de morte fora decúbito dorsal, mas visivelmente fora mudado de posição logo em seguida, pelo rastro de sangue que ali estava. Pertences se mantinham na vitima, dinheiro, jóias e até mesmo a pasta. Excluindo então assalto seguido de homicídio, ou o contrario.
O local, um beco calçado em pedras, era úmido e escuro, e levava até uma região de baixa renda, vide, nenhuma. Havia janelas que serviam de camarote para o local, mas todos negariam ter visto algo. As perguntas que não queriam calar: “O que um homem como o este fazia em uma região tão pobre?” e “Por que alguém mataria esse homem?”. Não sabia responder, mas sabia que ver a morte assim de perto lhe alegra de maneira quase irreal.
Escutou o som da patrulha noturna e saiu correndo, pelo nevoeiro. O machado em mãos, e a mão ensangüentada.