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Mensagempor ent em 21 Out 2007, 09:50

Hohohoho... por um momento, acreditei que Hadagash e Sleipnir poderiam ter uma conversa esclarecedora... uma crença tola... hauhauahuah

Ficou interessante, principalmente a parte em que Hadagash assume a vigília E o cachimbo do guarda...

Além disso, gosto da frieza que Sleipnir transparece em sua autoconfiança nas suas habilidades marciais.

Fico no aguardo dos próximos!
O Guia do aventureiro para dummies:
- Se os goblins começarem a brigar por espólios enquanto te perseguem, reze.
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Mensagempor Dahak em 21 Out 2007, 22:56

Lobooooo, tudo certo?
Hope so.

Gostei muito das duas partes, mas achei a "primeira" tecnicamente melhor. Acho que você foi mais criterioso na construção da referida.

Logo no começo dessa "segunda" você esqueceu um acento (caía e não caia) e a mesóclise ali embaixo não colou bem, ao meu ver. Pareceu meio masturbado pra um diálogo. São exemplos do quis dizer por "técnico".

Em questão de conteúdo, a forma que o conto vem tomando é tão satisfatória que cada nova postagem é uma emoção extra, é uma ânsia pela continuação e etc ^^"
Você se sai muito bem no quisito "cativar o leitor".

E na boa, o fechamento dessa segunda parte é f*deros****, digo, incrível!
A-D-O-R-E-I. Quero até dizer isso pra alguém, em tom de ameaça, hauahauahauahau

Abraços!

Dahak Out
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Mensagempor Lobo_Branco em 22 Out 2007, 22:57

A parte desta semana.

Uma tragédia se bate sobre um dos heróis.

Boa leitura, abraços!

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Parte X



Hadagash manteve-se sentado em seu trono por toda a manhã. Estava pálido, seus olhos ardiam e tinham dificuldades de se manter abertos. Pensou em ergue-se e sair para tomar a fresca, porém seus joelhos fraquejaram, e ele manteve-se sentado.

Via duas de suas filhas tecendo a sua frente, distraídas da situação do pai. Ouviu ao longe a voz autoritária da pequena Brunnhild ralhando com alguém. Não sabia se era a fumaça ou seus olhos que embaçavam sua visão. Por um breve momento ficou preocupado, nenhum mal devia cair sobre ele agora, partiriam dentro de pouco tempo.

Com esforço ergueu-se, caminhando ereto até a saída da casa. Ignorou as filhas que teciam, e Brunnhild que lhe dirigiu alguma palavra.

Saiu pela porta, caminhando lentamente até a estatua destruída do deus lobo. Apoiou-se nela, respirando fundo.

- A idade pegou-lhe, meu filho? - veio à voz mansa do velho, atrás dele.

Hadagash o encarou, de olhos cerrados, tentou esboçar um sorriso, mas findou por bufar, enquanto o velho aproximava-se dele.

- Não me venhas com teus sermões velho. Minha paciência a muito se esgotou, e tenho muito que fazer.

- Com toda a certeza dos Nove Mundos, tens muito que fazer Hadagash, porém, não o fará! - o ancião se aproximava do ruivo, parando ao seu lado _ Essa possível constipação podes ser mais do que isso. Aconselho-te descansar, mande Skuld buscar ervas para vos, ela podes dar vigor ao teu corpo.

- Não há necessidade para tal cousa, meu amigo. - disse o Konungr com a voz falhando - Logo mais estarei revigorado, por hora devo me adiantar até o Ciclo dos Sábios. - sua voz soava um tanto pastosa, e um pequeno filete de saliva escorria por sua boca.

Os passos do homem começaram a se tornar irregulares, a cada pisada ao chão, seu joelho fraquejava mais, sentia um certo formigamento subir-lhe pelas costas, e seus pensamentos mantinham-se nublados.

- O que farás no Ciclo, meu filho? - o velho parecia preocupado, olhando com um ar de pena, para a tentativa de locomoção do Konungr.

- Não sabes, irei me casar, e para isso convencerei um bando de Jarls gordos e covardes a lutarem contra...contra...contra... - Hadagash, caia sobre um dos joelhos, seus olhos cerrados apresentavam-se totalmente brancos, começava a espumar como um cão louco.

Caiu de quatro, tremendo, com esforço para manter-se naquela posição. Vomitara fortemente, tinha suas veias alteradas, suava feito um porco. Tentou gritar, porem engasgou no próprio vomito.

Terminou por cair pesadamente. Respirava com dificuldade hercúlea.

O velho se aproximou dele, abaixando ao seu lado, com seus olhos infantis sem o brilho d’outrora.

- Sê forte, Hadagash. Fora envenenado. - disse o velho ao ouvido do ruivo.


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Mensagempor Lobo_Branco em 01 Nov 2007, 16:34

Como meu unico trabalho atual, irei "mantê-lo" em dia com o que eu planejava. Boa leitura.

Abraços!


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Parte XI



O jovem moreno retornava de sua cavalgada pelas terras, subindo lentamente pela vila, em direção a sua casa. Estranhou a pequena sombra que se movia com dificuldades, arrastando algo, em direção ao Ciclo dos Sábios.

Checou com um breve olhar as pegadas. Pequenas e descalças, uma de suas irmãs mais nova estava a fazer algo, e para isso arrastava a pesada cabeça do deus Ennoch.

Seguiu pelo mesmo caminho lentamente. Viu Brunnhild entrando no circulo de rochas, arrastando a cabeça da estatua, tinhas os cabelos presos numa única trança e estava nua, apesar do frio noturno.

Sleipnir aproximou-se silenciosamente, se escondendo atrás de uma das grandes rochas enquanto observava gatunamente os afazeres da jovem irmã.

Brunnhild manteve-se ajoelhada à frente da cabeça do lobo por um longo tempo. Seu pequeno corpo tremia e empalidecia frente ao frio. Com certo esforço ela levantou-se, enquanto pronunciava palavras em meio a sussurros.

Simulou uma dança desengonçada, atrapalhada pelo frio. Caminhou então até um ponto, onde pegou uma bolsa de couro, que continha algo que ela usou para pintar toscamente runas em seu corpo.

Da bolsa retirou uma pequena adaga de osso, caminhando, em seguida, tontamente até a cabeça quebrada.

Sleipnir a observara, atônito. Não acreditava no que a jovem geniosa estava a fazer.

A viu então, cair de joelhos frente a estatua, segurando a adaga com as duas mãos, de olhos fechados, erguendo então a arma, preparando para cravá-la contra o próprio peito.

Uma pedra bem arremessada a desarmou antes da pobre menina atrair o dente da morte sobre o próprio corpo.

A garota emitiu um grito, mais de susto do que de dor. Via Sleipnir ir avançar contra ela, como uma fera que tem a prole ameaçada.

Ele a estapeou com as costas da mão, com força o suficiente para fazê-la girar no ar, caindo desfalecida contra o chão gelado.

O sol já cortava as nuvens do leste quando a pequena Brunnhild acordara, enrolada na capa do irmão, envolta em seus braços, abaixo de um grande freixo, na beira do rio próximo à vila.

Seu rosto queimava, seu olho esquerdo teimava em manter-se fechado. Sentia o gosto ferroso do sangue em sua boca, assim como a falta de dentes. Seus olhos se enchiam de lágrimas, tanto pela dor, quanto pela raiva e pela vergonha da descoberta.

Sleipnir a encarava com olhos frios, porem a apertava contra si com o mais tenro carinho.

- Teu rosto manter-se-á inchado por duas semanas, talvez menos. Teus dentes crescerão novamente no devido tempo, porém, nunca esquecerás a idiotice e a vergonha do que estavas a tentar fazer, assim como eu nunca esquecerei o que quase me fizera passar. - a voz de Sleipnir era áspera, amotiva, seus olhos carregados de uma ira contida - Agora pequena asna, diga-me, por quais motivos estavas a realizar aquele ritual?

Brunnhild encarava o irmão, lágrimas saltavam por seus olhos, mesmo ela se esforçando para não chorar. Abriu a boca e fechou por mais de uma vez, por fim escondeu o rosto contra o torso do irmão.

- Espero que tu não aches que se sacrificando iria salvar Hadagash da situação que se encontra. - disse Sleipnir, acolhendo a irmã em um abraço apertado. - O Konungr está doente, e apenas ele pode sair dessa situação maldita.

A jovem ergueu o rosto, olhando o irmão, mais lágrimas saltaram de seus pequeninos olhos azuis.

- Eu o amaldiçoei! - disse a pequena, num gritinho de dor, escondendo o rosto mais uma vez entre os braços do irmão.

Sleipnir a olhou, e sorriu. Ergueu-se lentamente com ela nos braços, caminhando em direção a vila.

- Tua maldição não deve ter nada haver com a doença do nosso pai. Duvido que tu saibas fazer uma maldição correta, que vá além de matar um gato e espetar um boneco de barro. - disse o moreno, ainda rindo - Sabes minha pequena Brunnhild, todos nos, eu, Fangral, nossas irmãs, já amaldiçoou nosso senhor. A única que nunca o fez, foi nossa senhora, Skuld.

Ela olhava para Sleipnir, ainda tímida, mas aos poucos suas lágrimas iam cessando.

- Acreditas que ele conseguirá se recuperar?

- Sim. - respondeu secamente e desgostoso o irmão mais velho da jovem.


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Mensagempor Lady Draconnasti em 01 Nov 2007, 19:50

Ela é tão fofa... XD

Ela vai acabar ganhando um fã clube.
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Mensagempor Gehenna em 02 Nov 2007, 09:23

Já tem! :bwaha:

Eu sou o presidente e nosso lema é "Tu és um ser vil, papai". XD

Huahuahuahuahua.
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Mensagempor Lobo_Branco em 09 Nov 2007, 12:14

Brunnhild com mais fãs que os principais da obra. Coitado dos irmãos Hadagashsson. hahahahaha

Aqui vai a parte 12, e logo sairá as próximas. Com alegria digo que voltei a dar atenção a Busca.

Boa leitura,

Abraços!!!

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Parte XII


Fangral caminhava lentamente até o encontro da altiva mulher que ele chamava de mãe.

Ela encontrava-se sentada sobre os calcanhares, com uma capa entendida ao chão. Observava ao longe a cabana onde seu marido fora abandonado para recuperar-se da doença que o acometera. Porém ela sabia que aquilo estava longe de ser uma doença.

- Não devias estar tão próximo daqui minha senhora, conhece os costumes, Hadagash deve recuperar-se sozinho, mostrando ser forte o suficiente para merecer continuar vivo. - a voz de Fangral parecia distante, enquanto seus olhos recaiam submissos sobre a mulher.

- Porém, ele encontra-se envenenado Fangral. Deveria estar sendo tratado com ervas, tu viu que teu senhor, dificilmente consegue manter-se sentado, delirando, confundindo as épocas de tua vida. Como acreditas que ele conseguirá alimentar-se assim? - a mulher falava com certa emoção em sua voz, apesar de sua postura e face continuarem frias como o gelo.

Fangral a observou e depois a casa onde o velho rei estava preso.

- O que esperas que eu possa fazer para sanar essa situação, minha senhora?

A mulher ergueu-se, olhando o gigante nos olhos, e por mais improvável que isso pudesse parecer, ela via medo neles.

- Leve-me até a Bruxa, Fangral, então ela poderá fazer algo por vosso pai e senhor.

Fangral engoliu em seco, e por um breve momento ele sentiu suas pernas tremerem.

- Não farei tal cousa minha mãe, além de ir contra as normas dos homens e deuses, aquela maldita velha não é capaz de ajudar, ela apenas aproveitaria da situação para matar o debilitado Konungr.

- Tua decisão é esta e apenas esta, Fangral Hadagashsson? - disse a mulher com uma raiva contida.

- Sim minha senhora. - respondeu o guerreiro ainda sem olhar a sua mãe adotiva.

- Então parta de minha presença, cão. Irei sozinha, se assim tiver que ser.

Fangral suspirou, fazendo uma pequena vênia e retirando-se da presença de Skuld.

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Mensagempor Lady Draconnasti em 11 Nov 2007, 12:32

Presente para os fãs
SPOILER: EXIBIR
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Mensagempor Lobo_Branco em 18 Nov 2007, 01:10

Desenho lindooo!!! Retratou a pequena em sua inocência. O resto da famia, sai quando? rsrs


Aqui vamos, com mais uma parte.

Boa leitura, abraços!

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Parte XIII



Ambos desmontavam do cavalo inquieto. A mulher, caminhava em direção a caverna, ignorando o frio e o grasnar das aves noturnas, seu filho se mantinha próximo ao cavalo, segurando na rédea com uma mão e a espada com a outra, tinha os nervos tensos e olhos atentos. Nunca gostara de estar ali, e não agradava estar ali com a sua senhora, Skuld.

A mulher, envolto numa grossa manta azul se aproximava da abertura da caverna, olhando em seu interior com olhos felinos. Uma lufada de vento frio e fétido saiu da caverna, fazendo a mulher desviar o rosto por um breve momento. Ao voltar-se para a entrada, lá estava à velha, nua, rindo, encarando a rainha nos olhos.

- O que fazes aqui Dama-de-gelo? E você Gralha-que-tudo-quer, por que não se aproxima dessas garbosas e fogosas damas? - cuspiu a bruxa, insinuando seu sexo e corpo nú para o belo Sleipnir, que evitava encarar a mulher nos olhos.

- Meu filho nada quer com vos, bruxa, veio apenas para me acompanhar. - disse autoritária Skuld, ficando entre a velha e seu filho.

- E então, o que tu queres minha garbosa megera? - gemeu a velha, fingindo uma vênia demasiada longa, se aproximando da mulher. - Vejo em teus olhos de tempestade que tu não vieste por ti, não é mesmo meretriz? - a mulher encarava Skuld nos olhos, a cheirando, passando a língua próxima de seu rosto, porém, sem causar a menor reação na altiva senhora.

- Meu marido fora envenenado bruxa, vim a cá, rogar pelo teu auxilio, já que me é obscuro o trato das ervas para esse mal, pois desconheço o veneno. - a orgulhosa mulher mudara o tom de sua voz, parecia implorar, gesto que fazia a velha gozar e contorcer de prazer.

A velha circundou Skuld, saltando em uma só perna, rindo, então num movimento rápido como uma serpente, ela agarrou os longos e negros cabelos da rainha, a puxando vigorosamente até próximo de seu rosto.

- Tu me imploras meretriz, e eu gozo com tua situação. Porém, no que depender de minha pessoa, Aquele-que-cavalga-a-tempestade encontrará o fim dos condenados, vomitando sangue numa cama e com os ossos frágeis, afinal o grande Konungr me negou por três vezes, e agora eu o negarei por três vezes, o condenarei a Sombra dos fracos e a morte dos covardes!

A velha soltara Skuld repentinamente, a fazendo encontrar o chão.

Antes da rainha se reerguer, ela estava caminhando de volta ao seu buraco na terra.

- Esperai bruxa! - gritou Skuld - Não podes abandonar teu senhor quando ele necessita de ti!

- Meu senhor? - riu a velha - Meu único senhor é o chão que eu piso, meretriz!

Soltando o broche de sua manta, Skuld revelou o torso nu, com uma saia velha, e uma adaga presa ao pescoço, que ela logo desembainhou.

- Vim aqui para te levar até meu senhor, bruxa, e é o que farei.

A velha riu, saltando sobre as pernas de Skuld a derrubando mais uma vez. Antes de ela poder reagir, a velha estava sobre seu braço, o mordendo, arrancando um pedaço de carne, fazendo a rainha soltar a arma.

Logo a bruxa estava acocorada sobre a rainha, segurando em seu pescoço, afundando suas negras unhas em sua alva pele.

- Tu és mais tola do que eu jamais imaginei, porém, agradeço-te, por me dar teus olhos.

Lentamente, tendo a rainha dominada sobre seus pés, a velha arranhava as unhas pelo rosto da sua vitima.

Seus olhos refletiam nos olhos de Skuld, que apesar da dor e da situação, não demonstrava desespero.

A rainha com um apertão segurou a mão que vagava por seu rosto, torcendo o braço da velha com vigor, até o ouvir estralar, e arrancar um grito da bruxa. Girando o corpo ela derrubou a velha, engatilhando em seguida até a sua adaga.

A velha saltou sobre a rainha, encravando suas unhas em sua face esquerda. As unhas romperam a pele, parando nos ossos. Mais uma vez Skuld gritou, e a bruxa riu, apesar da dor do braço deslocado.

Sem sinal de misericórdia, a bruxa puxou a mão que segurava a rainha, rasgando o caminho através da face esquerda de Skuld, deixando uma cicatriz até o fim dos seus dias.

Skuld girou batendo o cotovelo contra a bruxa, a fazendo se afastar.

A altiva mulher manteve-se curvada no chão, com a mão sobre a face sangrando, preocupada com o sangue que saia de seu olho esquerdo.

Mais uma vez a bruxa saltou contra Skuld, porem o balançar de espada entre ela e a mulher a fez parar. Apesar do medo perceptível em Sleipnir, ele não deixaria que a bruxa ferisse mais sua mãe.

A velha ria, acuada como uma fera, andando de um lado para o outro, sendo acompanhada pela ponta da lamina do moreno.

- Tu és mais corajoso que aparentaras Gralha, mas tua coragem minguará, teus ossos fraquejarão, tuas vistas se perderão, tua lâmina ira partir e teu escudo esfacelar. Atrairá o ferro e a morte, a praga e a fome. Morrerá paralisado sobre uma cama, em meio a fezes e ratos, gofando pus, estando eternamente perdido na Sombra além!

A velha saltava e rodopiava, cuspia e fazia gestos obscenos enquanto amaldiçoava Sleipnir, que lentamente via sua força abandonar-lhe e sua visão ficar turva.

Como uma leoa Skuld ergueu-se, segurando a velha bruxa pelos cabelos, os cortando agilmente com a adaga, tão rente à cabeça da velha que ferira seu couro fétido.

A velha cambaleou atônita ao acontecido, sem acreditar, se encolhendo contra uma das grossas raízes na entrada de sua gruta.

- Agora velha meretriz, espero que esteja disposta a concordar em ir ajudar teu Konungr. - disse a mulher, com uma mão sobre a face esquerda e segurando o cabelo da bruxa com a outra.


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Mensagempor Lady Draconnasti em 18 Nov 2007, 01:39

Quando eu aprender a desenhar no estilo que você pediu.
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Mensagempor Lobo_Branco em 26 Nov 2007, 13:49

Mas não precisa ser bem naquele estilo. Apenas parecido..rs :ops:
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Mensagempor Lady Draconnasti em 26 Nov 2007, 13:51

Tentando, tentando...
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Mensagempor Lobo_Branco em 07 Dez 2007, 01:39

Demorou, mas volto a postar a continuação de Busca.

Boa leitura, Abraços!


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Parte XIV



Sleipnir encontrava-se sentado, a sombra do freixo, observando a pulseira trançada que sua mãe lhe fizera a partir de uma mecha de cabelo da velha bruxa. Aquilo o protegeria das maldições que a bruxa pudesse lhe rogar.

Seu cão-lobo dormia com a cabeça sobre seu colo.

Foi o levantar brusco da cabeça do animal que obrigara Sleipnir a olhar para o lado, vendo o gigante Fangral parado ao seu lado.

- Pela primeira vez pego-te de surpresa Sleipnir, e o fiz sem ter esta intenção. - debochou o alvo - Estavas pensando na excursão que fizera na noite passada?

- Meus pensamentos poucos te interessam Fangral. - bufou o belo de cabelos negros.

Fangral o observou por um momento, dando de ombros, sentando-se ao lado do “irmão”.

- Gostarias de me dizer o motivo da violenta represália a jovem Brunnhild?

- Ela fez por merecer, estava a fazer uma sandice pior que as que tu és acostumado a fazer.

Fangral o olhou por um momento, sorrindo em seguida.

- Bem, confio em teus julgamentos. Acreditas mesmo que Hadagash fora envenenado? - a mudança de assunto trazia um tom sinistro à voz do gigante.

- Skuld acredita nisso, e para minha pessoa é o suficiente. - disse Sleipnir, com um tom apático.

- Então devemos encontrar o biltre cão que o fez. Tão próximo da guerra, temos nosso Konungr às portas da Sombra. Vingança deve ser feita.

Sleipnir observara Fangral por alguns instantes, sorrindo sadicamente depois.

- Sim, devemos encontrar o culpado para tal ato e fazê-lo pagar exemplarmente, traições e covardia não deve surgir entre os nossos.

Fangral sorri, batendo fortemente contra o ombro do “irmão”.

- Então vamos Belo, cada instante que nossas pessoas perdem aqui, é um instante a mais de fuga do biltre! - disse o gigante erguendo-se em um salto.

- Não devias te adiantar tanto, apesar de termos pouco tempo de luz, deves agir na noite, entre teus iguais.

Fangral riu, dando as costas e indo a direção da vila, enquanto Sleipnir observava o rio, voltando a acariciar seu cão.


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Mensagempor Gehenna em 14 Dez 2007, 14:12

Lady Draconnasti escreveu:Presente para os fãs
SPOILER: EXIBIR
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Herege!!! :evil:

Brunnhild é ruiva!!! :bwaha:

Huahuahua, brincadeira. Ficou ótimo. Agora desenha o Fangral jogando-a pra cima. \o/


Putz, cara, essa bruxa é foda. Se vc queria passar a impressão de q ela é a criatura mais grotesca do mundo, parabéns, conseguiu, rsrs.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 14 Dez 2007, 15:36

Culpe o Lobo por não ter me lembrado disso. Ele viu a imagem pronta antes de ser postada e não falou nada.
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