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Mensagempor Gehenna em 21 Set 2007, 20:42

Brunnhild escreveu:És um ser vil, papai!


:wub:
Nada é mais bonitinho que uma garotinha dizendo isso. NADA.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 21 Set 2007, 23:21

Essa guria é muito fofa, Kibaaaaaaaaa!
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Mensagempor Dahak em 22 Set 2007, 01:55

Hail!
Tudo bem, Breno?
Espero que sim!

Como prometido, voltei para falar um pouco mais ^^"

A história continua envolvente e homogênea. Gostei dessa nova parte.
Mas acho que em alguns momentos você poderia buscar uma simplificação na linguagem. Não sugiro que deixe o primor pelas palavras rebuscadas, mas essa característica não precisa estar evidente em todas as passagens.

Antigamente, alguém utilizou o termo "masturbação da língua" por aqui e a expressão pegou. Foi mais ou menos a sensação que tive.

Espero ter ajudado.
Abraço!


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Mensagempor Lobo_Branco em 23 Set 2007, 13:20

A pequena Brunnhild é a alma daquela familia. Presença constante até muito a frente.

Rei Dahaketada, td nas "ordi" por aqui.

O uso de palavras mais rebuscadas em dialogos, é para dar o ar de medieval ao texto. Deixar mais "bunitinho", apesar da "masturbação"

Aqui vai a parte V, outra parte pequenina. Abraços e boa leitura!

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Parte V


A chuva, durante o dia inteiro, se manteve torrencial. Quando a noite já ia alta, ela começou a afinar, no raiar do outro dia, ela era apenas uma fina garoa.

Sentado sob uma grande e frondosa árvore, estava Sleipnir. Coberto por uma grossa manta de urso, com os cabelos presos em uma bela trança, ele mantinha-se imóvel. Mexia esporadicamente o braço, para levar e tirar o longo cachimbo da boca. Seus olhos cinzas encaravam o nada, e seu belo semblante mantinha-se sereno e frio.

Sua mente vagava pelos acontecimentos no pequeno Thing que seu pai ordenou formar. As palavras de gloria do discurso do Konungr ainda vagavam em seus ouvidos, e as faces dos Jarls ainda refletiam em seus olhos.

Segundo a decisão de seu pai, dentro de pouco tempo, eles começariam a marchar em direção ao oeste. A maioria dos Jarls partiriam para seus reinos ainda naquele dia, para prepararem seus exércitos e então se reuniriam no marco ocidental, no vale dos manires.

Durante as três ultimas décadas, os três clãs daquela região conseguiram manter sua autonomia, além de serem pátrios de grandes guerreiros, eles tinham acordos com os demônios das florestas que cercavam aquela área, e dizem que também podem clamar por ajuda dos loucos selvagens do continente ao sul.

Hadagash além de querer atacá-los, sem uma estratégia previa, o faria no inicio do Inverno. A loucura de seu pai, a ânsia por morrer, sempre lhe fora conhecida, porém essa atitude, digna de um asno, era novidade para o Jarl.

Nenhum dos nobres presentes, disse em voz alta, porém, eles agora estariam tramando a derrota do Konungr. Sleipnir sabia disso, pois a poucas luas, ele conversara com alguns sobre isso, mas agora não seria a hora e naquela guerra não seria o local.

Seu devaneio fora quebrado pelo som do trotar de um cavalo que se aproximava. Logo, em sua frente, estava Gjjurg, um dos velhos jarls que gostaria de derrubar o rei.


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Mensagempor Lobo_Branco em 03 Out 2007, 22:51

Voltando ao velho ritmo.

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Parte VI



A chuva tinha voltado a engrossar, fazendo o sol do meio dia sumir frente às negras nuvens.

Apesar do frio, muitos estavam cercando a área aberta próximo à entrada da vila. Ao centro dela estavam dois nobres, com espadas e escudos em punho, para resolver contendas de honra.

Hadagash observava a cena, se afastado, com indiferença nos olhos, enquanto Fangral se mostrava animado, estando na primeira fileira de pessoas que rodeavam os lutadores.

Com espada e um escudo de madeira erguidos, Sleipnir esperava o avanço do nobre. Apesar de Gjjurg, ser fisicamente mais constituído que o jovem Jarl, ele não desejaria estar ali, não apenas considerara Sleipnir como um aliado, como sabia de seus talentos como esgrimista. A única forma de vencer, seria se derrubasse o “frangote” com um único ataque rápido.

Avançou em direção a Sleipnir, numa investida selvagem, erguendo a espada sobre a cabeça e protegendo o torso com seu escudo.

Sleipnir aguardou a chegada do algoz. Seus olhos frios observavam a corrida do antigo aliado, sua postura mantinha-se ereta, protegendo o corpo com o escudo e com a espada baixa, meio de lado, formando certa angulação entre o braço que a segurava e o tronco do guerreiro.

Fangral observava a tudo sem piscar. Tinha um sorriso glutão na face, os braços cruzados sobre o peito, ao seu lado, segurando em sua perna, estava a jovem Brunnhild, com um misto de medo e excitação no rosto.

- Observe agora o que o Puto fará, pequenina. - disse Fangral a pequena que estava com ele - Olhe com bastante atenção.

O jovem moreno, virou-se segundos antes do impacto, fixou um dos pés na lama, dobrou o braço, apoiando parte do peso do escudo também em seu ombro, ficando de lado para Gjjurg. Dobrou levemente a perna que servia de apoio, ficando abaixo do nível que o oponente esperava encontrá-lo. A espada foi desferida com violência, porem sem muita precisão.

Antes de ela atingir seu alvo, Sleipnir subira para ir de encontro à mesma. O escudo chocou-se contra a lamina, rachando, fazendo-a deslizar por sua estrutura, porém, sem a força necessária para parti-lo ao meio. O impulso do jovem jarl, fora o suficiente para desequilibrar o corpulento rival.

Sleipnir então girou o braço do escudo, enquanto atacava violentamente a espada do inimigo com a sua lâmina. A soma das ações resultou num pulo desengonçado de Gjjurg para trás, enquanto ele deixava a espada presa ao escudo do moreno.

Gjjurg olhava atônito a forma como o jovem o desarmara. Sleipnir sorria cinicamente, encarando o rival com olhos impiedosos. Um puxão firme na espada e a livrara do escudo, descartado pelo moreno.

Por um breve momento, Gjjurg pensou em se aproveitar da distração do jovem para se aproximar, porém, sabia que era arriscado demais. Mantinha-se parado, enquanto via o jovem andar calmamente em sua direção, portando as duas laminas.

Sleipnir avançou contra o Jarl, fingiu um salto, obrigando o velho a erguer o escudo. Fintou, inclinou o corpo para frente e com uma espadada firme abriu o ventre do antigo aliado. Antes do velho vim ao chão, Sleipnir girara e com a espada do próprio Gjjurg, ele o decapitava.


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Mensagempor Lady Draconnasti em 16 Out 2007, 20:59

Cadê o resto, Lobo?
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Mensagempor Lobo_Branco em 18 Out 2007, 13:58

Cadê o resto, Lobo?


Vindo de volta agora. É que ele anda de acordo com o povo que o lê. Então estava dando mais atenção a In Nomine.

Desculpa esfarrapada né?..rs :b

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Parte VII



Sentado sobre uma rocha, o gigante Fangral observava as duas pequenas irmãs procurarem por flores silvestres em meio a árvores da orla mais externa do bosque. Seus olhos atentos não às perdiam por um segundo sequer, assim como prestava atenção a qualquer ruído.

O inverno já tinha chegado naquelas paragens, as flores deram lugar à neve e lama, o canto das aves fora trocado belo uivo do vento e a verdejante vida dos bosques, agora era uma sombria melancolia branca.

- Vos deveriam desistir dessa busca infrutífera, pequenas. Não há flores, nem mesmo há folhas nas árvores. - disse com um tom paterno e irônico, o alvo guerreiro.

- Acaso estejas insatisfeito por nos acompanhar irmão, não devias ter se proposto a tal! - ralhou a jovem Brunnhild, que nos últimos dias se mostrava arisca com tudo e todos.

A irmã, um ano mais velha, apenas sorriu da atitude da caçula, e resolveu manter-se calada, ainda fingindo que procurava por algo.

- Brunnhild, venha até minha presença! - ordenou Fangral, com rigidez, porém sem perder a doçura que sempre usava com as irmãs.

A jovem ruiva encarou o irmão por longos minutos, até ver seu sorriso jovial se tornar uma carranca assustadora. Com passos curtos e cabeça baixa ela se aproximou da rocha a qual Fangral se mantinha sentado.

- Agora, pequenina, diga-me o que ferve esses teus miolos vermelhos. -Fangral a pegou pela cintura, a colocando de modo brusco, atravessada no seu ombro, de forma que os rostos de ambos ficassem quase colados.

- O Konungr, ele prometeu-me algo e vai falhar com tua palavra!

- Não acredito que ele irá falhar com tua promessa minha querida, nosso pai nunca falhou em um juramento seu. Garanto-lhe, assim que essa peleja findar, ele virá correndo para fazer todas as tuas vontades, como sempre faz.

- Tu mentes! Depois dessa peleja, ele encontrará outra e mais outra, até seus ossos estarem frágeis e ele cair por terra. Então Sleipnir será o Konungr e eu estarei casada e embuxada, e nunca conhecerei as flores do Vale de Druggbär!

Fangral então a olhou com o canto dos olhos, sorrindo gravemente, a ponto da jovem se encolher e tapar os ouvidos.

- Todo essa emburramento por causa de meras flores?! Não sejas tola Brunnhild, tua idade de sonhar com flores já passou, agora deves sonhar com um bom casamento! Um casamento com um homem forte e garboso como teu irmão Fangral!

O gigante a tirara dos ombros, a girando em suas mãos, a deixando de ponta cabeça, a jogando para cima como a um boneco de pano. A jovem soltava pequenos gritinhos, e começava a rir como ria com ele antigamente.

Ele parou de girá-la, a segurando pelo tornozelo, enquanto a jovem dama, vermelha como seus cabelos, tentava se manter composta, segurando a saia.

- Garboso tu?! És o maior dos piadistas, irmão! Quero me casar com um homem de beleza igual a Sleipnir, e não um gigante com barba de gelo e cara de mau! - ela ria, tentando se segurar no braço do irmão.

Fangral sorriu, a colocando no chão, olhando a outra jovem se aproximar com um pequeno ramo de folhas, de uma cor dourada, que encantou a jovem Brunnhild.


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Mensagempor Lady Draconnasti em 18 Out 2007, 14:03

Juro que sou fã dessa guria. Ela é muito fofa!
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Mensagempor Lobo_Branco em 18 Out 2007, 14:09

Hahahahahaha...Brunnhild é a alma de Busca, de tds as personagens é a mais bem construída. Apesar de ser um porre - td criança mimada é - tbm a acho incrivel :wub:

Bem, adiantando um pouquinho as coisas, aqui vai a parte VIII.

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Parte VIII



Pesadas patas eqüinas, faziam a neve e a lama subir, enquanto cortava o vale a galope. Um enorme cavalo, montado por um enorme cavaleiro cruzava os campos, acompanhando os limites do bosque.

Sozinho, à noite, Fangral cavalgava até uma trilha que adentrava a floresta. A curva fora feita, com o cavalo desequilibrando nos quartos e quase provocando uma queda.

O gigante passava por troncos e árvores embranquecidos, como um fantasma que cruza uma série de pilastras. Cavalgou, ignorando pedras e árvores, lama e gelo, até uma gruta, uma caverna que se projetava por baixo das raízes de um grande carvalho e entrava no solo como uma toca de raposa.

Desmontou, dando logo em seguida pequenos tapinhas no pescoço encharcado da montaria. Com passos tímidos, parou a frente da entrada da caverna, encarando a escuridão mórbida que vinha da mesma.

Por minutos encarou a entrada, apesar de não temer nem o aço nem a morte, suas pernas travavam ante a escuridão daquele templo natural. Fechou as mãos com força suficiente para fazer sangrar a pele sobre suas unhas, estava determinado a dar o passo que devia, quando um barulho veio do interior da escuridão.

Recuou a passos largos, sem dar as costas à entrada. Segurou com força no cabo do punhal que trazia a cintura.

- Tu demoraste a vim Filho-do-rei. – a voz rouca, fantasmagórica, ecoava pelo vão da caverna - Vieste por tu, pela Gralha-que-tudo-quer, ou por Aquele-que-cavalga-a-tempestade?

Com receio, Fangral observava a velha nua saindo da gruta. Suja, com arranhões pelo corpo, cabelos desgrenhados e embolados, com ossos e corpos de pequenos animais presos, curvada como uma corcunda, unhas negras e grandes, sexo a mostra, seios caídos e feridos, apenas pele e osso, com passos firmes, quase saltados se aproximava do gigante.

- Vim por mim, não carrego em minha boca palavras d’outros, velha! - Fangral forçava uma falsa coragem em sua voz.

- Então, o que tu, Filho-do-rei, procuras? Queres saber o mesmo que o ruivo, ou teus intentos são mais obscuros, mais voltados para o norte.

A velha estava colada a Fangral, suas mãos ásperas passavam pelo torso do homem, enquanto ela esfregava seu sexo em sua perna.

- Quero saber apenas que mal enfrentarei nessa peleja que estar por vim. - o gigante evitava olhar os olhos sem vida da mulher, enquanto sentia suas forças sumirem ao toque da velha.

A velha sorriu, para rir e então gargalhar. Uma gargalhada sinistra, que lembrava o choro de uma criança. Puxou Fangral pela barba, encarando-lhe nos olhos.

- Tu verás a morte muitas vezes nessa empreitada jovem. Verá a pele do urso e o couro do homem. Sentirá o frio do ferro e o calor da morte. Cairás para quando se erguer ver a sombra cair pelo o que lhe é mais caro. Será atraído ao seio de sua mãe e lá encontrará o inicio de tua desgraça. Seguirá para aquém de suas pernas podem levá-lo, e tentará suportar mais do que seus ombros podem agüentar. Não verás a mais profunda traição, e nunca mais retornará, pois a morte e o esquecimento te aguardam aonde tu vais.

Fangral tremia a presença da velha, e suas palavras sangravam à alma. Nunca antes ela tinha dito maus agouros a ele, nunca antes ela tinha lhe minado as forças.

Como um relâmpago ela lhe mordeu os lábios, os fazendo sangrar. Num movimento rápido ele a empurrou, fazendo ela arrancar um pedaço dele com os dentes podres.

Ela cuspiu o sangue em suas mãos, para passá-las em seu sexo, só então mais uma vez passou as mãos pela face do jovem Jarl, arranhando-o com suas unhas negras.

Com um forte empurrão Fangral a arremessou próximo da entrada da caverna, cuspido fortemente para espantar o mau agouro, limpando seu rosto em sua capa.

- Quando nos vermos mais uma vez Fangral, Filho-do-rei, serás apenas Rei. - a velha mais uma vez gargalhou, cuspindo aos pés de Fangral, voltando à escuridão de seu lar, enquanto o jovem Jarl caia sobre os joelhos e encarava a densa sombra a qual o mensageiro da morte, a bruxa da terra, voltava.


(...)
Editado pela última vez por Lobo_Branco em 20 Out 2007, 00:42, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 18 Out 2007, 16:40

E assim começa a baixaria... XD
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Mensagempor ent em 19 Out 2007, 14:41

Hohohoh!!! Go for it, Fangral!! O destino te aguarda!!

Estou curtindo a ambientação, até o momento... um ou outro errinho de concordância que poderiam ter sido evitados com uma revisão, mas nada que chegue à desagradar a leitura. Bastante diferente do conto árabe, pela forma mais enxuta como é escrito, mas a qualidade se mantém.

Destaco em especial a descrição do duelo, pela precisão como descreveste os movimentos. Acredito que, em meio às descrições de movimentos, para dar um tempero especial, naquela cena, poderias ter inserido um pouco de emoção, vindo daqueles que assitiam, como por exemplo, o calor febril que a multidão provavelmente transpassava ao duelo, no instante em que Sleipnir aproximou-se de Gjjurg portando duas espadas.

No mais, o conto, pela velocidade de leitura, está me agradando muito.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 19 Out 2007, 14:47

Acabei de lembrar algo aqui.

Quem deve gostar desse conto é o Vortex. Alguém peça pra ele dar um pulo aqui! Quase nunca o encontro no MSN.
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Mensagempor Lobo_Branco em 19 Out 2007, 22:44

ent,

A ideia principal naquele duelo era usar Fangral e Brunnhild, como pontos de emoção. Porém, acabei esquecendo, desistindo..nem lembro.

Ainda bem que estás do agrado. Enquanto In Nomine era mais pé no chão, Busca é fantasioso - apesar de ser pé no chão, pelo menos tento. Em alguns momentos, me agrada bem mais escrever Busca, por ter um clima familia que me agrada.

Devo admitir que os cap curtos é uma mão na roda. Eles devem continuar assim, com no maximo 3 paginas até o fim.

Lady Draconnasti,

Concordo com a Nasti. Alguem peça p/ ele dá um pulo aqui!!!!
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Mensagempor Lobo_Branco em 20 Out 2007, 00:48

Parte IX



A chuva que caia dias antes, dera lugar a uma fina e melancólica neve. A chegado do inverno prendia as pessoas mais em suas casas, preocupados com outros serviços, que não fosse a colheita. Fumaça escura saia de dentro das grandes casas, após saturar as mesmas.

Em meio ao cenário branco, uma figura caminhava lentamente. Seus longos cabelos ruivos e seu porte austero o tornavam inconfundível.

Mais uma vez Hadagash vagava sem rumo, com a mente distante. Antevia os acontecimentos próximos. Conseguia prever como aconteceria às próximas batalhas, afinal já tinha vivido muitas delas, o suficiente para utilizá-las como base.

Em meio a um campo, cercado por sombras se degladiando, ele dava ordens. Todos seus músculos voltados apenas para um objetivo, o triunfo da batalha.

Escudos se chocavam contra escudos, pessoas seriam pisoteados, ele, ou alguém que se destacaria, quebraria a barreira de escudos inimiga, e então começaria a verdadeira carnificina, a verdadeira diversão.

Podia sentir o cheiro do suor e o gosto do sangue, o ar se eletrizar, o momento da batalha. Vivera sua vida inteira para esses momentos, e teria o seu, mais uma vez.

Despertou nos limites da cidade, próximo a muralha externa, sorrindo.

Com movimentos rápidos subiu a mesma, olhando toda a extensão daquelas paragens. Caminhou sobre a muralha, até avistar um dos vigias, fumando, um tanto sonolento.

- Não devias dormir em teu posto. - sua voz soou fraca, porém recriminatória.

O pobre homem despertou num sobressalto, quase o derrubando da muralha. Postou-se de pé o mais rápido possível, deixando cair seu cachimbo aos pés do Konungr.

Hadagash o fulminou com os olhos por alguns instantes, abaixando logo em seguida, pegando o cachimbo do homem. Cheirou o fumo, dando uma longa tragada logo em seguida.

- Vá homem, fa-lo-ei a vigília até o próximo turno.

O pobre vigia retirou-se da presença do Konungr, quase caindo por duas vezes da muralha.

Por um longo tempo Hadagash ficou ali, sozinho, observando o horizonte, fumando a longas tragadas.

A noite já se aproximava quando Sleipnir parou junto ao pai.

- Hadagash, meu senhor, o que fazes aqui?

- Nunca imaginei que era deficiente dos olhos Sleipnir, meu filho. Estou a fazer a vigília, o guarda não agüentava manter os olhos abertos.

Sleipnir sorriu, sentando ao lado do pai, porém, virado para a cidade. Ele observava a quietude do local, o leve cair da neve, seu cão-lobo andando em círculos abaixo da muralha, procurando como subir.

- E então pai, quais os verdadeiros motivos desta peleja? _ disse o moreno, enquanto chamava o animal, estalando os dedos _ Nem eu, nem Fangral, ou qualquer um dos outros inúteis que chamamos de Jarls, o sabem.

- Cada um irá à guerra pelos teus próprios objetivos obscuros, Sleipnir. Que para os néscios o motivo seja a tomada de terras e união absoluta dos clãs dos homens do norte. O vento trás noticias do sul e do extremo norte, não escutas? Precisamos ser unidos para sobreviver aos tempos que virão. _ ironizou o velho, enquanto tragava mais uma vez o cachimbo.

- Porém, o que estas a fazer provocarás nossa desunião. Jarls não lutarão ao teu lado, e outros tentarão impedir que vossa mercê batalhe. Aqueles clãs são compostas de selvagens, demônios e próximo das terras dos Trolls e dos Jöttin, essa investida resultará em nossa derrota, meu senhor. _ a voz de Sleipnir era fria, e com certa autoridade, apesar de todo respeito que ele tentava esconder.

- Estás com medo da peleja, Sleipnir Hadagashsson? _ os olhos frios de Hadagash caíram sobre o filho, avaliando-o.

- Não sejas ridículo, meu pai. Não temo nada nem a ninguém, não quero ver tudo ser destruído para satisfazer as ânsias de uma boa peleja de um velho que está se tornando senil. - o lobo de Sleipnir logo estava junto a eles, tinha subido por uma carroça próximo a muralha - Apenas quero saber os motivos pelo qual você irá pelejar.

Por um breve momento pai e filho se encararam, suas faces serias e frias, sendo esporadicamente cobertas pela fumaça do fumo de Hadagash.

Sleipnir ergueu-se, bufando. Afastou-se então do pai, indo até um dos suportes para descer pelo mesmo, acompanhado pelo seu cão.

- Luto por que devo fazê-lo Sleipnir, mais cedo ou mais tarde descobrirás o porque eu devo fazê-lo. - disse asperamente o ruivo, voltando a observar as terras além da cidade - E você Hadagashsson, por que lutas?

Sleipnir parou por instantes, observando o mesmo local que o pai, descendo da muralha logo em seguida.

- Faço das tuas as minhas palavras, meu senhor. Só espero que um dia possas descobrir meus motivos obscuros, assim como descobrirei os teus.


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Mensagempor Lady Draconnasti em 20 Out 2007, 09:08

Ou seja, ele luta porque ele quer meio mundo de espetando a lingua dele quando estiver morto. XD

Vamos lá, lobo, não deixe a produção cair. Você me mostrou 28 capítulos, espero que a essa altura já tenham mais cinco que eu ainda não tenha lido.
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