Quazar - Capitulo CINCO-

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Quazar - Capitulo CINCO-

Mensagempor Bahamute em 07 Out 2008, 21:43

bem, estou escrevendo-os em Verdana, tamanho 10. E tem dado uma média de 5-7 paginas cada um... Espero que não esteja tão desencorajador como está parecendo, e não terei certeza se serão todos desse tamanho. Estou trabalhando no capitulo 5 nesse momento, e estou quase conlcuindo-o na quarta pagina.

O maior problema, é que estou criando cada capitulo com começo, meio e fim. E por isso que eles acabam ficando bem compridos. Eles não começam do ponto exato de onde o anterior parou. Sendo que eles são um pouco soltos entre si. Mas, boa parte é minha mania de me empolgar escrevendo, e não querer deixar nenhum ponto para traz... =/

E outra, o motivo deu postar esse texto aqui no forum, é tentar um feedback do povo daqui que entende bem de contos e histórias fantásticas. Pois se tudo der certo, vou usar esse manuscrito para tentar entrar no mercado profissional.

Quem sabe não consigo meu lugar ao sol =D
Aquele abraço!
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Mensagempor Lady Draconnasti em 07 Out 2008, 22:09

Faz o seguinte
separa cada capítulo em partes menores, de, no máximo 2 ou 3 páginas. Vai desencorajar menos.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 07 Out 2008, 22:14

Faz o seguinte
separa cada capítulo em partes menores, de, no máximo 2 ou 3 páginas. Vai desencorajar menos.
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Mensagempor Bahamute em 07 Out 2008, 23:25

bem, taí uma boa dica. Vou seguir assim daqui pra frente.

Obrigado!

PS: Acha melhor re-postar o que foi postado até agora? Apesar de que pelo titulo, o pessoal já deve logo imaginar: Textão....
Aquele abraço!
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Mensagempor Lady Draconnasti em 07 Out 2008, 23:38

Você quem sabe.

A essa altura do campeonato, só tô esperando tempo pra respirar, pra poder continuar a leitura.
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Mensagempor _Virtual_Adept_ em 09 Out 2008, 23:51

Isso está me lembrando Sidarta, de Hermann Hesse.
Já leu?
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Mensagempor Bahamute em 12 Out 2008, 10:35

_Virtual_Adept_ escreveu:Isso está me lembrando Sidarta, de Hermann Hesse.
Já leu?


Não conheço. Vou dar uma pesquisada no Google.

Mas isso foi um elogio ou critica? XD
Aquele abraço!
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Mensagempor _Virtual_Adept_ em 14 Out 2008, 14:39

Um elogio e tanto. É meu livro favorito.
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Mensagempor Bahamute em 15 Out 2008, 22:44

_Virtual_Adept_ escreveu:Um elogio e tanto. É meu livro favorito.

Puxa!

Então, muito obrigado!

E pretendo postar o capitulo 5 antes do fim de semana...
Aquele abraço!
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Mensagempor Bahamute em 11 Nov 2008, 20:26

Dando continuidade ao conto, depois de um longo tempo sem postar nada.

Agora ele já começa a trilhar aquele será o final dessa história.

Capitulo CINCO
Renascendo



A Vida estava boa demais, Quazar estava quase por descartar seu retorno a Eurôma ou ao mundo em que Victor e Camila estavam. Ali, onde estava vivendo agora, era prazeroso demais. Tanta tecnologia, conforto, qualidade de vida...

Como Camila pôde descartar o retorno para seu mundo natal? Ali era tudo de bom, ele só via vantagens.

Com o tempo, e com o dinheiro que ele conseguia com Letícia, vendendo-lhe as plaquetas de ouro – e ela por sua vez, tratava de trocá-las em bancos ou casas de cambio – Ele foi aumentando seu guarda-roupas, mobiliando seu quarto na pensão em que estava morando, e fazendo excursões por toda a grande cidade.

Quazar estava pensando em fazer aulas de direção, para poder pilotar carros, veiculo esse que estava fascinando o jovem mago.

Porém, a maior prioridade para Quazar era entreter-se junto de Letícia, ele adorava o tempo que passava com a moça, aos lugares que ela levava ele, e as longas conversas que os dois tinham.

Em verdade, o tempo que Quazar mais aguardava era o horário dela fechar sua loja de roupas sociais, para poder encontrá-la e os dois irem para o happy hour que a jovem sempre fazia de segunda a sexta, em um barzinho na mesma avenida de sua loja.

Já estava na hora, e, por ser sexta-feira, talvez os dois fossem para algum lugar especial. Quazar chegou pontualmente a loja de Letícia, ela já estava contabilizado o dinheiro que entrou no dia, e Quazar também estava com algumas plaquetas de ouro para vender a ela.

- Como sempre, pontual como um despertador! – Brincou Letícia –
- Hoje é sexta-feira, não me atrasaria por nada! – Respondeu Quazar –
- hmmm... E aonde iremos hoje? Algum lugar especial? – Perguntou Letícia –
- Vamos passear pela Paulista? Lá podemos achar algum barzinho com cover artístico. – Sugeriu Quazar -
- Tudo bem, vamos para lá. Não sei por que você gosta tanto de lá...
- As opções são infinitas!

Letícia respondeu com um sorriso, trocou o dinheiro de Quazar, fechou o caixa e apanhou algumas notas de cinqüenta, depois fechou a loja, e os dois, que particularmente hoje, não fizeram o happy hour, foram para a pensão ao qual moravam, vestir-se para a noite de sexta.

Horas mais tarde, Letícia e Quazar já estavam prontos, ambos bem vestidos, trajes típicos para uma noitada, ele de camisa e social, sem gravata e com os primeiros botões abertos, caças sociais pretas, e sapatos italianos, que de tão engraxados podiam refletir a imagem desfocada de tudo acima, seus cabelos compridos estavam presos em uma fita. Ela, vestido preto até a altura do joelho, salto alto, e uma maquiagem que realçava ainda mais seus cabelos vermelhos. Ambos despertavam olhares ao saírem da pensão.

No caminho, de metrô, eles conversavam bastante, e desde que se conheceram, essa era uma das poucas vezes que eles saiam sozinhos, pois geralmente um ou dois amigos de Letícia estavam juntos.

- Até quando vai ficar aqui? – Perguntou Letícia –
- Aqui? – Rebateu Quazar –
- É, quero dizer, já faz mais de um ano que está morando aqui, e nunca mencionou voltar para seu país, aliás, nunca mencionou de QUAL país você é...
- Ah, é isso. Eu não sei, ainda não terminei o que vim fazer aqui.
- Pôxa, você sai todas as manhãs comigo, quando vou trabalhar, depois de tomarmos café da manhã na padaria, pra onde você vai? Resolver essas coisas?
- Precisamente. – Respondeu Quazar, a fim de não dar continuidade no assunto, mas Letícia queria saber mais sobre ele –
- Por que você nunca me diz de onde vem?
- Venho de um lugar distante.
- Jura? – perguntou Letícia com ironia –

Quazar estava embasbacado com a beleza da moça sentada ao seu lado, seu perfume era delicioso, e ele já tinha sentimentos por ela há muito tempo. Mas ainda não tinha coragem de dizer isso para ela.

- Isso não é importante, o importante é o agora. Eu quero aproveitar o máximo de tempo que tenho aqui, e poder passar cada dia agradável que eu puder – Respondeu Quazar –
- Não está mais aqui quem falou – continuou Letícia, e apoiou sua cabeça no ombro de Quazar –

Ele, que já estava acostumado com tais atitudes dela, levou aquilo como normal. Letícia era uma menina carinhosa, vivia abraçando-o, segurando em sua mão, e confidenciando-lhe segredos que ela jamais contara a suas amigas.

Quazar, por ser um ilustre desconhecido, era o porto seguro de Letícia, ela podia contar a ele tudo o que queria, o jovem não teria para quem falar, uma vez que, a única amiga de verdade que Quazar tinha era ela.

Ao longo de um ano, Quazar soube que Letícia fora expulsa de casa ao se envolver com drogas, que por vezes ela vendera seu corpo para conseguir os alucinógenos, e que teve até uma gravidez em conseqüência disso, seguido por um aborto espontâneo.

Ela só tomou rumo, quando seu irmão mais velho lhe abrigou, e montou a loja de trajes sociais para ela. E foi graças ao amor dele, que ela encarou a clinica de reabilitação e se livrou de vez do vicio, tentando levar uma vida digna dali pra frente.

Aliás, foi exatamente um ano após isso que ela conheceu Quazar. E ele, por ser o único dentre os amigos da moça, conhecedor de tal passado obscuro, sentia-se privilegiado.

- Semana que vem faço vinte e cinco anos, o que vai me dar de presente? – Perguntou Letícia –

Letícia falou aquilo com o rosto muito próximo de Quazar, tanto que até o hálito de menta, proveniente do chiclete que ela estava mascando, ele pode sentir.

- O que você quiser...
- Vou escolher algo bem caro... – Respondeu Letícia com sorriso na voz –

Eles estavam de mãos dadas há tanto tempo, que Quazar nem percebera quando ela pegou em sua mão, ou se foi ele quem pegou na mão dela.

O metrô estava quase chegando em seu destino, mas Quazar gostaria que ele se atrasasse um pouco mais, ele queria aproveitar ainda mais aquele momento, queria poder ficar ali com ela, a noite toda se fosse possível.

Aquele momento estava parecendo eterno, ele queria que durasse, mas o apito do trem tocou, e a porta se abriu.

- Chegamos! – Respondeu Letícia –

Os dois se levantaram, pareciam um casal de braços dados, que despertavam olhares de todos a volta.

E foi na caminhada em direção as catracas da saída, que Quazar tomou a mais difícil, e corajosa decisão de toda sua vida.

Ele segurou Letícia pela mão, puxando a de volta enquanto essa caminhava. O tranco foi forte suficiente para desequilibrar a moça. E amparando-a para não cair, Quazar tomou-a nos braços e beijou-a.

Ele estava nervoso, com medo da rejeição, mas seu coração não permitiria que ele delongasse por demais aquele beijo, ele tinha que saber se ela sentia por ele o mesmo que ele sentia por ela.

Os dois se beijaram por volta de um minuto, aquele foi o momento mais prazeroso de sua vida, e ele sentiu seu corpo inteiro tilintar, como se sinos tocassem.

- Eu esperei muito tempo por isso – disse Letícia, quando Quazar acabou de beijá-la –
- Eu também. Mas tinha medo de ser rejeitado –
- Como você não pode perceber minhas inúmeras indiretas? – Respondeu Letícia –
- Sou meio lento pra essas coisas – Disse Quazar, com o rosto vermelho –
- Bobo, eu praticamente me atirava pra você todos os dias... – disse Letícia, com sorriso na voz –

Naquela noite, ao invés de ir para um barzinho agitado, os dois preferiram alugar um filme, e voltar para casa, assistindo-o no Home Theater de Quazar, e passando uma noite romântica juntos.

Os dias se passaram, Quazar e Letícia estavam namorando seriamente, e ele estava muito feliz com isso, e isso, foi afastando o jovem cada vez mais de voltar para seu mundo, de peregrinar o cosmos ou de voltar a ler seu Aumnus Primus.

Aquilo era vida. Cada dia com ela valia mais do que qualquer dia de sua vida. Para ele, sua historia começara ali, com aquela menina de cabelos vermelhos.

Em menos de um ano, eles já estavam dividindo o mesmo quarto na pensão, e planejando o casamento; Letícia tinha voltado a falar com seus pais, e seu irmão estava feliz por ver que a menina, que no passado era desvirtuada, agora estava prestes a se casar como ele, e constituir uma família.

Quazar executava unicamente a Matera Olvidare, para conseguir dinheiro, e agora, não mais vendia a Letícia, ele trocava diretamente no banco. E com o dinheiro, ele estava se preparando para dar entrada em um apartamento.

Quazar estava até mesmo considerando em contar para Letícia sua verdadeira origem, mas para isso, tinha que prepará-la mentalmente.

No aniversário de 23 anos de Quazar, os dois foram para o litoral, a fim de aproveitar um pouco mais o tempo junto, pois, eles já estavam com o casamento marcado e este, aconteceria no final do ano.

Em um passeio pela areia da praia, no fim da tarde, Quazar ensaiava o discurso sobre sua origem.

Havia poucas pessoas no local, a água das ondas chegavam a molhar os pés dos dois, aquela tarde romântica, parecia com a que vemos em filmes famosos. O momento era perfeito para começar o assunto. Letícia estava agarrada ao braço do jovem, e ele, com sua barba por fazer, fitava o horizonte.

- Você nunca mais me perguntou de onde vim... – começou Quazar –
- Se você não quer falar, não há o porque, lembre-se, o importante é o agora, você mesmo me disse isso... E eu nunca estive tão feliz na minha vida... –

Quazar deu um pequeno sorriso, mas decidiu continuar, pois se deixasse passar esse momento, ele não saberia quando conseguiria falar de novo.

- Sabe, quando cheguei aqui, você foi a primeira pessoa com quem conversei – disse Quazar –
- Que exagero... – respondeu Letícia –
- É sério, eu não tinha falado com ninguém ainda –
- Você deve ter trocado uma ou duas palavras com o pessoal do aeroporto – disse Letícia, enquanto arrumava a canga que estava soltando o nó –
- Eu não vim de avião para cá... Eu vim de outro modo – Respondeu Quazar, e neste momento, notou adiante a figura de um homem, vindo em direção a eles –
- Navio? – Perguntou Letícia, enquanto soltava do braço de Quazar, para retirar a canga amarrada na cintura, que teimava em cair, e, cansada disso, resolveu dar um fim na tortura e ficar apenas de biquíni –

O homem estava mais próximo, e Quazar notou que ele encarava-o abertamente, aquilo preocupou Quazar, mas ele relevou por um tempo.

- Também não, eu vim pra cá, através de...

Quazar foi interrompido pelas palavras do homem que havia chegado em frente a eles. Um sujeito magro, só de bermudas – assim como estava quazar naquele momento – descalço, e com um estilete em mãos.

- Vai gringo, eu quero teu relógio. – disse o sujeito, fitando o relógio no pulso de Quazar –
- Meu Deus! – Suplicou Letícia –
- Gostosinha, passa essa corrente pra cá também! – disse o assaltante, olhando o colar no pescoço de Letícia –

Quazar estava tirando o relógio do pulso, ele estava assustado, e poderia muito bem resolver aquilo com uma magia, mas fazia tanto tempo que ele não lia o Aumnus Primus, que ele nem sabia direito se seria capaz de executar com excelência alguma coisa.

Quazar entregou o relógio para o rapaz, ele tomou das mãos do jovem com violência, e, aproximou-se de Letícia, enquanto essa, nervosa, não conseguia soltar o feixe do colar.

O bandido pegou os cabelos de Letícia, puxou-os e beijou seu pescoço. Isso foi suficiente para Quazar intervir.

O Estilete estava próximo da barriga de sua amada, ele observou tudo e, quando o bandido viu o olhar de fúria na face do jovem mago, viu que esse podia tentar algo.

- Quieto mermão! Ou eu furo a barriguinha da tua mina...
- Calma Quazar – pediu Letícia, quando finalmente conseguiu abrir o feixe do colar – Tome – disse Letícia estendendo a mão para trás, para entregar a jóia ao bandido que a segurava pelos cabelos por trás dela.

Ele pegou a jóia com a mão em que segurava o cabelo dela e, precavendo-se para não ser seguido, enfiou o estilete na barriga de Letícia. O bandido pensou que aquilo faria Quazar se preocupar em acudir a menina, ao invés de ir atrás dele.

A ferida foi profunda. Sangue escorria abundantemente pelo corte, e a menina chorava de dor. Assustado, com os olhos arregalados, e vendo o maldito correr triunfante, Quazar não pensou duas vezes.


Ele empunhou a palavra, ponderou dizeres que fizeram trovões agitarem e iluminarem o céu.

- RONERTE!!!

Uma lufada de vento empurrou o bandido de volta para Quazar, que caiu sentado entre o mago e Letícia, que por sua vez estava agachada, com as mãos no ferimento.

- Maldito, feriu minha menina – Disse Quazar, com lagrimas nos olhos e a voz tremula –

Quazar ergueu sua mão direita, segurou o pescoço do bandido com a mão esquerda, e esse tentou desferir um golpe com o estilete no braço de Quazar. Mas o aparato não estava nas mãos do meliante, que só perceberá isso tarde demais. Ele tinha deixado a arma cair no momento em que foi tragado de volta pela magia.

- Navaxtus! – Ponderou Quazar, e nesse momento, seus punhos ficaram prateados, e tão cortantes quanto a mais perfeita lâmina –

Quazar desferiu um golpe com seu dedo indicador, no exato local da barriga do bandido, onde o mesmo ferira sua amada.

Não era um corte letal, da mesma forma que o bandido não dera um corte letal em Letícia, mas aquilo faria o bandido pagar.

Em seguida, Quazar, que não demorou mais do que um minuto para realizar tudo isso, ajudou Letícia a se levantar, colocou a mão sobre o ferimento de sua amada, e ponderou “RENEGREE”. Após dizer tal palavra, o ferimento de Letícia fechou-se aos poucos, a dor sumiu, e ela estava cansada e assustada. O mago, que tinha usado energia demais por conjurar três magias em seguida, mal podia manter-se em pé, e pediu para ela escorá-lo e levá-lo de volta ao apartamento.

Nenhuma palavra foi trocada pelos dois no caminho de volta.

E nos dias que se seguiram, Quazar finalmente contou sua origem para Letícia. Ela estava bastante abalada com isso, e saber que seu noivo era um mago, trazia mais desespero do que conforto. O amor que ela tinha por ele era verdadeiro, e talvez fora por causa dele que ela não o abandonou. O Amor suprimia o medo, mas o casamento estava em reconsideração.
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