Spell RPG

Barão de Munchausen é um RPG bastante diferente do padrão.
Aqui você não tem um Mestre e vários jogadores. Aqui todos são jogadores e Mestres.

O jogo é simples. Sentem numa roda de amigos. Cada um deve escolher um título de nobreza e um nome (como Barão da Cebola ou Duque das Havaianas, mas nomes próprios como Conde Eltor também servem). Cada jogador deve ter uma quantidade de moedas (ou qualquer outro contador) igual à quantidade de jogadores (assim, 5 jogadores são 5 moedas para cada, 6 jogadores são 6 moedas para cada, e assim por diante). Geralmente o mínimo de jogadores é 4 (mas o mínimo de moedas é 5). Decidam quem começa.
Aquele que começar deve perguntar à pessoa da direita como ela conseguiu realizar um feito absurdo. Por exemplo: "como um bando de cisnes vos ajudou a resgatar o príncipe da Pérsia, que foi raptado?". Oficialmente, o alvo da pergunta pode dizer que está com a garganta seca demais para responder à pergunta, mas vamos ignorar a pergunta porque não quero falar do jogo como um drink game, e sim como um RPG.
O alvo deve, então, contar uma história incrível de como ele conseguiu realizar tal feito.
Apenas mantenham consciência de que o jogo se passa no século XVIII (pode se passar em outras épocas, mas experimentem fazer no século XVIII para verem o quanto é divertido). O Iluminismo está em voga, então nada de magia. Mas um castelo voador é perfeitamente plausível cientificamente falando, não é verdade?

Certo, agora aos detalhes do jogo: enquanto a pessoa está contando a história, qualquer outro jogador pode interrompê-lo colocando uma moeda à frente e colocando um obstáculo na história.
Digamos, por exemplo, que eu esteja contando "então eu enfrentei todo o exército imperial com minha espada enquanto segurava a mão de minha mulher porque ela estava no trabalho de parto dela".
Você pode colocar uma moeda e perguntar "mas como você pôde fazer isso se você é maneta?".
Nesse momento duas coisas podem acontecer: eu aceitar o obstáculo (dizendo, por exemplo, "sim, eu sou maneta, mas estava empunhando a espada na boca") ou recusar (dizendo, por exemplo, "homem tolo, não vê que eu tenho ambas as mãos? Como haveria de ser maneta?").
Caso aceite, eu pego sua moeda. Se recusar, você fica com sua moeda e eu lhe dou uma de minhas moedas. Você pode então insistir com a pergunta, colocando mais uma moeda em jogo, e eu posso recusar novamente, colocando mais uma também, até que um dos lados ceda (ou não tenha mais moedas).

A única interrupção ou pergunta que não é possível é qualquer coisa parecida com "mas vós não morrestes?". Se a pessoa está lá contando, é óbvio que ela não morreu.

Insultos diretos podem ser resolvidos com duelos, que são simplesmente pedra-papel-tesoura (de três). O vencedor fica com as moedas do perdedor, e o perdedor sai do jogo.
Quando você finalmente acabar a história, deve fazer uma pergunta à próxima pessoa à sua direita, até que todos tenham contado uma história.

Quando todos tiverem contado, deve-se votar no melhor narrador e dar todas as moedas à pessoa. Não é possível dar moedas que você tenha ganhado por ser eleito como melhor narrador, apenas as moedas com as quais você começou e/ou adquiriu durante o jogo. Depois da votação, quem tiver mais moedas ganhou o jogo.

eu acho muito legal, mas um "meta-rpg"(não tem nada de perjorativo aqui ok).

é uma forma para contar histórias, funciona muito bem para pequenos grupos de amigos bebados hahaa. especialmente por que sempre tem um para melar a história do outro de forma divertida.

para campanhas longas acho difícil funcionar.

mas para one shots eu recomendo demais!!!

Almirante De Bronze, líder da Esquadra dos Picaretas do Grande Reino da Baixada Santista se apresentando.

Esse jogo é impagável, recomendo muito a todos. Como não requer preparação, é ideal pra se passar o tempo. Jogar em aniversários não tão lotados, por exemplo, é uma boa opção.

Mesmo eu, que nunca tinha jogado antes (e descobri que não sabia improvisar), adorei. por mais que eu não tenha animado muito com minha histórioa fracote, a próxima foi fantástica, e gerou muitos risos. Aconselho a todos que levem ao menos um colega engraçado pra roda. Vai valer o dia.

Quando joguei, não nos prendemos com tanta força á regra de que deveríamos chamar quem estivesse à direita. Seria quem quiséssemos, desde que todos contassem suas histórias.

Comodoro Laurettis, brigada naval siciliana.

É bom demais esse jogo e realmente to com o argh nessa de ficar com vontade de jogar depois de um porre de vinho.

O lance do álcool é mais coquetismo que outra coisa. É perfeitamente possível jogar uma ótima partida sem beber e sem dar de uma "adolexenti phodaum pq bebe".

O lance do álcool é uma ajuda. O álcool não é necessário, eu mesmo só joguei sem beber.

Mas o álcool é sim uma mão na roda. Com o álcool você fala mais besteira, e ri mais fácil. Se o objetivo do jogo é fazer rir, o álcool torna tudo mais fácil.

é exatamente por isso.

Eu gosto do álcool pelo álcool mesmo.

Posso te entender, também é bom pelo poder Photoshop nível épico que ele tem.

Nunca precisei. Sempre peguei os mais gatinhos!

Devo dizer que estou super afim de jogar uma partida disso.

Vou imprimir o textinho das regras e começar a andar com o papel no bolso.

Além disso eu fico bebado com coca cola, alcool é para os fracos.

[EDIT]: Dúvida. Qual a pronúncia correta do nome?

Ninja_manco escreveu:Qual a pronúncia correta do nome?

Ouça aqui.

No link tem pronuncia alemã e inglesa. Vou tentar mandar a alemã porque o barão de verdade era alemão. Só não sei se minha lingua acompanha.

O jogo aqui mostrado foi criado pelo Virtual mesmo? COm base no que, aquele filme de 88?

Valeu galera

Não, é realmente um jogo. A Devir já publicou uma tradução, um tanto difícil de encontrar.

O terrível Conde Víbal se apresentando!!

Sou louco para jogar isso.