Castelo Falkenstein - Aventuras na Era do Vapor
Castelo Falkenstein foi um RPG lançado em 1994 pela R. Talsorian Games, empresa responsável também pelo sistema fuzion, cyberpunk 2020 e alguns outros títulos menos conhecidos por aqui (teenagers from outer space para citar um exemplo). O jogo chama a atenção pelo seu cenário (que talvez tenha se tornado o principal expoente do vaporpunk) e seu sistema (um dos primeiros, se não o primeiro, a não utilizar dados, e sim cartas). A devir publicou a versao nacional do jogo em maio de 1998.
O Cenário
Se você já assistiu "James West" e/ou "A Liga Extraordinária" (ou também leu os quadrinhos no caso deste último) você terá um leve idéia de como é o universo de CF. o livro foi redigido de forma a parecer um relato de um amigo há muito tempo desaparecido do autor Mike Pondsmith, chamado Tom Olam. Durante uma viagem de férias na europa, Tom se separou do seu grupo de excursão para esboçar alguns desenhos de uma parte de um velho castelo, quando, de repente, ele foi magicamente transportado para uma europa de um mundo alternativo, na época vitoriana (especificamente no ano de 1870). Seus captores (Um feiticeiro chamado Morrolan e Auberon, o Lorde das Fadas Seelie), buscando algo que pudesse ajudá-los em uma guerra que se aproximava, não sabiam que vantagem aquele simples projetista de jogos poderia oferecer. Em sua jornada pela Nova Europa (nome pelo qual Olam chama o continente), tom encontra várias personalidades da realidade e da ficção de nosso mundo, entre eles sherlock holmes, capitão nemo, abraham lincoln, entre outros. Além das pessoas, Olam nos apresenta em seu relato a estranha tecnologia retrô deste mundo, e nos outros seres "racionais" além dos humanos - Os dragões, descendentes de pterodáctilos que através de magia sobreviveram à queda do meteoro, as Fadas (com F maiúsculo), seres de pura energia (No entanto em formas materiais, baseadas nas lendas humanas), divididos em duas cortes: a Seelie, que preza por uma convivência pacífica com os humanos, e os Unseelie, que desejam destrui-la; o que os impede de fazer isto foi um acordo feito a milênios atrás. Por último temos os inventivos anões, seres que eram Fadas mas que acabaram evoluindo para uma espécie à parte, adquirindo a capacidade de lidar com o ferro frio, que é mortal para as Fadas. Enquanto nos conta sobre estes elementos, olam envolve estas informações com as suas aventuras neste mundo, chegando ao final, após um monte de coisas, em uma guerra onde a Aústria e a Bavária derrotam o exército prussiano (liderados pelo histórico Otto Bismarck, manipulado pelos Unseelie) por muito pouco - em grande parte devido à algo trazido por Olam a este mundo.
O Sistema
Após contar tudo que aconteceu, Tom Olam passa a relatar como ele introduziu o rpg na alta sociedade vitoriana (inclusive ele explica o porquê das cartas: não se trata de uma excentricidade, é que na época vitoriana dados eram coisa de patifes) e nos vai explicando lentamente o sistema do "Grande Jogo" (como é chamado o rpg lá no mundo de Castelo Falkenstein). No geral, o sistema é simples e consistem em adicionar o valor de uma ou várias das quatro cartas que cada jogador tem à mão (valete vale 11, dama vale 12, rei vale 13, o ás vale 14 e o coringa vale 15) ao valor de uma habilidade. os naipes indicam o tipo de ação a ser realizada: físicas, emocionais, mentais ou sociais. se a carta tiver um naipe diferente da ação sendo executada, a carta (ou cartas) tem valor 1. temos regras específicas para combate, duelos (visando a emoção cinematográfica da coisa), magia e invenções. esta parte do livro, diferente da parte da história onde temos páginas coloridas e com uma bela arte, é totalmente em preto e branco e (ao menos na versão em português) com um papel diferente.
Considerações Finais
Para aqueles que gostam de ver um sistema bem integrado ao cenário, ou que gostariam de ver algo diferente, Castelo Falkenstein é uma boa pedida, assim para aqueles que gostaram dos cenários dos filmes citados acima e/ou gostam de uma aventura fora da mesmice medieval, mas sem precisar apelar para uma pretensa seriedade gótica-moderna. Infelizmente o livro já se encontra esgotado, e é bem raro encontrar um exemplar novo. mesmo assim vale arriscar um usado. mesmo que não seja para jogar, ao menos se tem um livro bonito, bem feito e interessantíssimo.
O Cenário
Se você já assistiu "James West" e/ou "A Liga Extraordinária" (ou também leu os quadrinhos no caso deste último) você terá um leve idéia de como é o universo de CF. o livro foi redigido de forma a parecer um relato de um amigo há muito tempo desaparecido do autor Mike Pondsmith, chamado Tom Olam. Durante uma viagem de férias na europa, Tom se separou do seu grupo de excursão para esboçar alguns desenhos de uma parte de um velho castelo, quando, de repente, ele foi magicamente transportado para uma europa de um mundo alternativo, na época vitoriana (especificamente no ano de 1870). Seus captores (Um feiticeiro chamado Morrolan e Auberon, o Lorde das Fadas Seelie), buscando algo que pudesse ajudá-los em uma guerra que se aproximava, não sabiam que vantagem aquele simples projetista de jogos poderia oferecer. Em sua jornada pela Nova Europa (nome pelo qual Olam chama o continente), tom encontra várias personalidades da realidade e da ficção de nosso mundo, entre eles sherlock holmes, capitão nemo, abraham lincoln, entre outros. Além das pessoas, Olam nos apresenta em seu relato a estranha tecnologia retrô deste mundo, e nos outros seres "racionais" além dos humanos - Os dragões, descendentes de pterodáctilos que através de magia sobreviveram à queda do meteoro, as Fadas (com F maiúsculo), seres de pura energia (No entanto em formas materiais, baseadas nas lendas humanas), divididos em duas cortes: a Seelie, que preza por uma convivência pacífica com os humanos, e os Unseelie, que desejam destrui-la; o que os impede de fazer isto foi um acordo feito a milênios atrás. Por último temos os inventivos anões, seres que eram Fadas mas que acabaram evoluindo para uma espécie à parte, adquirindo a capacidade de lidar com o ferro frio, que é mortal para as Fadas. Enquanto nos conta sobre estes elementos, olam envolve estas informações com as suas aventuras neste mundo, chegando ao final, após um monte de coisas, em uma guerra onde a Aústria e a Bavária derrotam o exército prussiano (liderados pelo histórico Otto Bismarck, manipulado pelos Unseelie) por muito pouco - em grande parte devido à algo trazido por Olam a este mundo.
O Sistema
Após contar tudo que aconteceu, Tom Olam passa a relatar como ele introduziu o rpg na alta sociedade vitoriana (inclusive ele explica o porquê das cartas: não se trata de uma excentricidade, é que na época vitoriana dados eram coisa de patifes) e nos vai explicando lentamente o sistema do "Grande Jogo" (como é chamado o rpg lá no mundo de Castelo Falkenstein). No geral, o sistema é simples e consistem em adicionar o valor de uma ou várias das quatro cartas que cada jogador tem à mão (valete vale 11, dama vale 12, rei vale 13, o ás vale 14 e o coringa vale 15) ao valor de uma habilidade. os naipes indicam o tipo de ação a ser realizada: físicas, emocionais, mentais ou sociais. se a carta tiver um naipe diferente da ação sendo executada, a carta (ou cartas) tem valor 1. temos regras específicas para combate, duelos (visando a emoção cinematográfica da coisa), magia e invenções. esta parte do livro, diferente da parte da história onde temos páginas coloridas e com uma bela arte, é totalmente em preto e branco e (ao menos na versão em português) com um papel diferente.
Considerações Finais
Para aqueles que gostam de ver um sistema bem integrado ao cenário, ou que gostariam de ver algo diferente, Castelo Falkenstein é uma boa pedida, assim para aqueles que gostaram dos cenários dos filmes citados acima e/ou gostam de uma aventura fora da mesmice medieval, mas sem precisar apelar para uma pretensa seriedade gótica-moderna. Infelizmente o livro já se encontra esgotado, e é bem raro encontrar um exemplar novo. mesmo assim vale arriscar um usado. mesmo que não seja para jogar, ao menos se tem um livro bonito, bem feito e interessantíssimo.



