Também lembro de ter lido a história do Allef há um "tempão", assim como lembro de ter postado a minha, como um dos poucos posts que fiz, na antiga Spell. Aliás, uma coisa que eu não esperava era a menção daquele tópico, e, mais ainda, do meu nickname, da minha pessoa. =)
Por nada, Allef - enquanto houver paciência nos spellianos repetiremos a história quantas vezes forem necessárias!
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Aos fatos, então!
Sou novo.
E era pivetão quando comecei a jogar, bem depois da separação dos meus pais (que, num futuro próximo, mostraria seu lado bom).
Tenho algumas lembranças muito dispersas, dentre elas, a de uma viagem que fiz com minha mãe e meu irmão. No prédio onde ficamos pra passar alguns dias (Ubatuba, talvez?), apesar de ter somente uns seis andares, continha um grupinho de crianças mais ou menos na nossa faixa etária, com quem, se não me engano, comunicamo-nos o suficiente para sermos convidados a jogar um jogo de tabuleiro na casa de um dos fulanos. Ou talvez só pra ver o jogo, não lembro. O que lembro é de pegar uma das cartas que fazia parte do jogo: e lá estava o nome e a descrição que eu daria, futuramente, a meu primeiro e mais marcante personagem até hoje -
Kanorim.
Eis que o divórcio dos meus pais trouxe-me uma grande vantagem - passei a frequentar a casa de minha avó paterna, onde finalmente entrei em contato "consciente" com o RPG, por ser um local onde a maioria dos netos se reunia - meus primos, eu, meu irmão. E pelo que me lembro foram meus primos que começaram a jogar. Reuníamo-nos em volta do tabuleiro de Hero's Quest, num primeiro momento, para depois de algum tempo explorarmos a caixa preta do que creio ser a quarta versão de D&D.
E jogamos. Meu irmão era o mestre; eu como Kanorim era o Elfo, havia Noking, um Anão, e Helius, um Clérigo, interpretados por dois primos meus - e Cassius, um Guerreiro cujo player aparecia às vezes. E jogamos por um bom tempo, até que a aventura encontrou seu fim quando meu irmão se mudou para Araraquara (interior) por conta da faculdade, e, posteriormente, para fora do país, o que assassinou todas as chances de um possível continuidade à aventura. Mas foi certamente minha melhor experiência, apesar da simplicidade do "matar e pilhar" que usamos em tavernas, florestas, dungeons, montanhas e cidades proibidas.
Na quarta série e quinta série, já sem esse rumo do D&D, para meus amigos de escola mestrei aventuras com sistemas básicos em torno de um d6, que hoje posso definir como uma mescla de GTA com Resident Evil, e jogava pouco (para não dizer nada). Quando mudei de colégio, na sexta série, descobri que a biblioteca da nova escola contava com títulos de RPG, mesmo sendo uma escola católica - lembro que vi nas estantes (mas sequer toquei =/ ) um volume de MAGO - e me interessei pelos livros de aventura solo de, se não me engano, Ian Livingstone. Joguei um deles (
Crypt of the Sorcerer!), e, de repente, percebi que havia me introsado com uma garota dois anos mais velha, também interessada no jogo! Passei a mestrar a aventura solo para ela na maioria dos intervalos, até a chegada das férias - e quando voltamos às aulas, no segundo semestre, ela me apresentara mais duas amigas, pra quem eu mestrei até o fim do ano.
Mudei de casa novamente, e, voltando à minha antiga escola (e perdendo um possível grupo, por conta das distâncias) estava perdido novamente. Conheci o 3D&T quando comprei uma Dragão Brasil sobre Harry Potter, que tinha o Fastplay azulzinho acompanhando, mas só usei-o, de fato, um pouco depois. Assim que li a Dragão percebi que eu estava mais perdido do que pensava: Storyteller? GURPS? Fiquei assustado em saber que tudo isso, que só conhecia ouvindo falar em um lugar ou outro, tinha tanta importância, e eu, tão pouca ciência.
Foi na sétima série que comecei a me envolver um pouco mais; a falta de grupo me fez procurar saídas alternativas, então comecei a jogar nas salas de Bate-papo da UOL. Introduzi um grande amigo ao RPG, e, além de jogar comigo na UOL, também me ajudou a reunir outros dois colegas para que jogássemos na escola. E por mais de um ano jogamos usando o 3D&T, até que o interesse dos outros dois (não eram aficcionados, como nós... hehe) sumiu, e paramos. Meu
comparsa saiu da escola e passei praticamente o colegial inteiro sem experiências RPGísticas significativas.
Tive grandes oportunidades, também. Aprendi o D&D 3ª Edição, usando os livros dos mesmos primos que me "iniciaram", e pude começar o que eu esperava que fossem grandes campanhas - por duas vezes, nos últimos anos, comecei a mestrar para jogadores (em sua maioria) mais velhos que queriam voltar a jogar. Mas ambas as tentativas, apesar da minha dedicação, foram infrutíferas; justamente aquela coisa de faculdade, trabalho, que normalmente fala mais alto.
Quanto ao meu envolvimento com RPG online, envolvi-me com um grupo, um clã-escola, que atua nas salas visando sua melhoria, embora o esforço seja, na maioria das vezes, desprezado, por players "de longa data", inclusive. Parei de jogar recentemente, apenas, por começar a reconsiderar minhas atividades e pensar no vestibular [?].
E a história não acabou. Tive a sorte de conhecer o
John, dentre outros da patota, em uma das iniciativas corajosas da
Cavalaria Lúdica, para recentemente me integrar aos jogos realizados na biblioteca, juntamente d
o Witchfire e d
a Jack. ( O.o )
Não queria aumentar essa
bíblia que escrevi - parece que essa é característica minha - mas queria registrar uma coisa curiosa que às vezes me vem à cabeça: chego a pensar que minha vida RPGística está... sei lá, ao fim. Huahauhaua, é, isso mesmo, apesar de ser moleque e ter acabado de sair do colégio, sinto que está acabando. Ler tópicos como este aqui, e participar, enfim, da Spell, é justamente a prova do contrário - que ela maaal começou...
Grandes abraços!